...Anica Narrando...
Cinco longos meses se passaram, e eu fui mantida presa dentro de casa, não saia nem pra ir para a escola. Edgar fez questão de ir até a escola só para buscar as minhas atividades e para entregar as que eu havia feito.
Ele acertou com a diretora da escola que eu ficaria estudando de casa e que todos os dias ele buscaria as minha atividades na escola para eu fazer em casa. Nessas últimas semanas, graças a Deus ele não está mexendo comigo, passa o tempo todo no quarto dele e eu agradeço imensamente a Deus por este livramento.
Toco os meus lábios com as pontas dos meus dedos. Eu sonho todos os dias com o beijo que o Enzo me deu, o beijo dele foi tão bom e ele foi tão gentil...me beijou com calma e sem me machucar. Como ele deve está? Será que ele já esqueceu o nosso primeiro beijo?
Ou ele já está com outra? O meu coração doe só de imaginar ele nos braços de outra mulher, sendo amado por ela...A vida é tão injusta comigo...
Edgar entrou no meu quarto, ele me encarou e então disse antes de sair do quarto:
— Tem uma menina aí querendo falar com você, tem cinco minutos para mandar ela ir embora!
Suspiro pesadamente, ajeito o meu cabelo e escondo os machucados causado por ele. Desço as escadas com lentidão e logo encontro uma garota sentada no sofá da sala, ela estava observando a casa e assim que notou-me ali sorriu e ficou de pé.
— Oi, sou a Joana, estou aqui pra falar sobre o cachinhos dourados.
Cachinho dourados...é o Enzo! Dou um sorriso de felicidade e rapidamente me aproximo dela, a mesma sentou-se novamente e falou baixo.
— Você dirá ao seu primo que nos conhecemos no seu aniversário, aí pergunta à ele se você pode ir na minha casa hoje, pois o cachinhos dourados está lá para te ver.
— Sério? Eu...ele não deixará eu ir...
— Eu peço à ele, o chame por favor. Eu quero ajudar o cachinhos, ele anda muito deprer ultimamente, não para de falar de você.
— Eu estou com saudades dele...obrigada Joana, obrigada!
Abraço a Joana enquanto choro, finalmente poderemos nos ver, poderemos matar esta saudade acumulada. Subo as escadas e vou até o quarto do Edgar. Estou trémula, ainda é muito ruim olhar para ele, ele me dá muito medo... Bato na porta, e após longos segundos, ele abriu a porta e um cheiro ruim de álcool invadiu as minhas narinas, me deixando enojada.
— Fala.
— Edgar...a minha amiga Joana, que saber se o senhor deixa eu ir na casa dela?
— Não! Você não sairá Anica! — Diz bravo.
— Por favor...ela me chamou para almoçar lá, ela é a única amiga que eu tenho agora...
— Você acha que eu sou idiota?!
— Deixa ela ir tio, eu vou cuidar dela!
A voz de Joana soou atrás de mim. Edgar encarou-me com fúria, concordou com a cabeça e eu tive medo, ele vai me maltratar depois...eu conheço muito bem aquele olhar maldoso dele! Joana deu um grande sorriso vitorioso, ela perguntou-me onde era o meu quarto e logo me puxou para dentro dele.
— Você precisa ficar linda, ou melhor, ainda mais linda! E se quiserem ir além, não se preocupe, os meus pais tem camisinha em casa! — Diz com entusiasmo.
— O que?? Não...isso nunca!
Só de imaginar em fazer "aquilo" com o Enzo me deixa com medo. E se eu sentir dor novamente? Eu sou uma imunda agora, tenho certeza que até o Enzo teria nojo de mim...
— Você toma antecepcional...não está muito nova para tomar isso? — Perguntou Joana confusa.
Sinto o meu rosto esquentar e rapidamente guardo o remédio de evitar, sinto-me envergonhada...comecei a tomar antecepcional a alguns meses atrás, pois o Edgar me forçou a tomar remédio para evitar uma gravidez indesejada.
— É por causa da menstruação...
— Um...
Joana não está convencida, mas ela rapidamente mudou de expressão e abriu o meu guarda roupa. Eu não tenho muitas roupas, mas ela conseguiu encontrar um vestido branco.
— Você vai ficar tão fofa nele! — Disse animada.
Peguei o vestido e fui para o banheiro, tirei a roupa que estava usando e usei o vestido. Após esta arrumada e de ter escondido os meus machucados com base, eu sair do banheiro.
— Vamos logo mulher, o cachinhos está doido já!
O meu coração começou a bater com mais força, agora está mais perto que nunca e eu irei vê-lo novamente! Saímos da casa com passos rápidos, fechei o portão e logo começamos a andar em direção a casa da Joana, que ficava na rua dos gravetos.
Quando chegamos na frente da mansão dela, o porteiro abriu o portão enorme e entramos. Fui bem recebida pela governanta dela. Os pais da Joana não estão em casa, pois os seus pais estavam viajando e só chegariam no próximo mês.
Joana foi preparar algo para mim e o Enzo. Ela mandou eu ir até o quarto dela, que ficava na segunda porta à direita. Subi as escadas com lentidão, pois sentia o meu coração errar as batidas a cada degrau que eu subia.
Quando cheguei na frente da porta do quarto da Joana, eu bati na porta e logo depois abrir. Ao entrar no quarto, os meus olhos se encheram de água. Corri para os braços do Enzo e o mesmo me deu um abraço apertado e reconfortante. O cheiro dele invadiu as minhas narinas e logo o mesmo colou os seus lábios nos meus, me deixando agoniada por um tempo.
Eu podia notar o qual necessitado ele estava daquele beijo, as mãos dele estavam no meu rosto e quando as nossas línguas se encontraram, o meu subconsciente deu um branco e eu não conseguia ter mais medo, eu apenas tinha desejos e mais desejos.
O gosto de menta dos lábios do Enzo me deixou com um fogo desconhecido abaixo da minha barriga. Enzo desceu os seus beijos para o meu pescoço e enquanto ele beijava o meu pescoço, ele dizia entre sussurros:
— Eu sentir tantas saudades de você meu amor, pensei que eu fosse enlouquecer...
— Enzo...me beija, me beija de novo!
Pedi e o mesmo subiu os seus beijos para os meus lábios. Ele me dava selinhos enquanto me encarava. Os seus olhos estavam cheios de água, a sua felicidade era tão grande que o mesmo começou a chorar enquanto me beijava.
— Eu te amo tanto Ani, eu te amo...
— Eu também te amo...
Nos beijamos com mais paixão ainda e logo sentir que o Enzo estava bem animado e por algum motivo, eu não me sentir incomodada, muito pelo contrário, eu estava me sentindo desejada pela primeira vez e estava gostando daquela sensação.
O jeito que o Enzo me beija não me dá nojo, os toques dele deixa-me com desejo e não medo.
Nos afastamos ofegantes, eu descansei a minha cabeça no peito dele enquanto pensava se continuar mentindo para ele é o certo. Eu preciso contar o que o Edgar faz comigo, mas tenho medo que ele realize as ameaças e acabe matando o Enzo.
Eu não seria eu mesma se algo acontecesse com ele, eu nunca me perdoaria se o Enzo morresse. Enzo me puxou para a cama, ficamos sentados de mãos dadas e logo o mesmo perguntou:
— Soube que você não está indo para a escola, está tudo bem com você?
— Sim...— Minto, pois não estou nada bem.
— Ani — Enzo fez uma pausa, ele apertou a minha mão e encarou o chão por um tempo, depois de um silêncio torturante, ele finalmente abriu a boca para falar — eu não gosto do seu primo. O jeito que ele te olha é tão obsessivo que eu fico me perguntando se ele não faz nada com você! — Diz chateado.
— Não pense tal besteira! o Edgar só é um pouco chato, mas ele nunca me...ele nunca fez nada comigo!
A minha voz falhou no final, mas eu julgo que fiz o Enzo acreditar nas minhas palavras. Se o Enzo descobrir o que realmente acontece comigo dentro daquela casa, eu tenho certeza que ele mata o Edgar com as próprias mãos e eu não quero estragar a vida dele por minha causa.
Enzo suspirou, ele me empurrou na cama e logo veio por cima de mim. Depositou um beijo nos meus lábios e disse, enquanto passava a sua mão no meu rosto.
— Vamos parar de falar dele e vamos matar a saudade.
Eu não quero que o dia de hoje passe, quero ficar aqui pra sempre nos braços do Enzo, sendo beijada e amada por ele, apenas por ele...
Passo minhas mãos pelas costas do Enzo, ele ficou no meio das minhas pernas e alisou as minhas coxas, enquanto saboreava os meus lábios num beijo gostoso e cheio de desejo. Meu interior arde de prazer, enquanto sinto o seu membro pulsando por cima da sua calça moletom de cor preta.
Solto um gemido de prazer e logo sinto os beijos do Enzo no meio dos meus seios, ele estava louco para abaixar a alça do meu vestido, mas parecia está com medo de fazer aquilo. Enzo tornou a beijar os meus lábios, ele apertou a minha cintura e pressionou ainda mais o seu membro na minha intimidade, fazendo eu soltar outro gemido durante o nosso beijo de língua.
— Os seus gemidos são ótimos de se ouvir — Beija o meu pescoço — se eu pudesse, eu ficaria o dia todo nos seus braços.
— Eu também, está com você é muito bom.
— Quem diria que um dia estaríamos aqui né? — Diz ele então rir.
— Você era tão chato quando criança, se eu soubesse que um dia eu iria me apaixonar por você, eu teria te tratado com mais carinho. — Digo e o mesmo me dá um selinho demorado.
— Eu não era chato amor!
— Não, era insuportável! — Ri enquanto o mesmo fazia bico, dizendo que estava magoado.
— A eu era? Pois, vou te mostrar o insuportável!
Enzo começou a me fazer cócegas e eu rapidamente comecei a gargalhar enquanto o mesmo ria.
— Para....haha...para Enzo! — Digo já quase sem fôlego.
— Enzo?? Não conheço nenhum Enzo! — Diz por fim.
— Para....para amor!
Enzo parou de me fazer cócegas, ele encarou-me enquanto eu recuperava a minha respiração, depois ele passou a sua mão por meu corpo e logo beijou os meus lábios. Após longos minutos, ficamos deitados na cama abraçados, e sem perceber, a Joana bateu na porta e entrou com uma bandeja cheia de aperitivos.
— Atrapalho o casal?
— Não...— Digo.
— Sim! — Fala Enzo por fim.
— Desculpe, mas vocês precisam comer algo né...— Diz com malícia.
— Joana! — Falamos juntos, fazendo a morena rir do nosso espanto.
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Atualizado até capítulo 34
Comments
Sara Rodrigues
eu acho que ela tem que contar para o Enzo sim!
sei que é difícil ,mas as vezes temos que enfrentar nossos medos pra conseguir alcançar nossa vitória
2024-03-22
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