Capítulo 4 — Um tour

Naquela mesma noite, sobre aquela lua reluzente, sons de passos estrondosos ecoavam sobre aquela floresta, perturbando o sono dos jovens guerreiros caçadores de bruxas.

A fogueira acessa era um chamariz para os monstros da noite, então manejando suas armas, os jovens ficaram em prontidão, na posição de defesa, esperando um ataque vindo de qualquer direção que fosse; como assim aprenderam em seu treinamento.

Os monstros qua antes estavam longe, agora pertos, assumiam formas diferentes, um gorila gigante com asas de morcegos e grandes dentes, com uma enorme cauda e alguns gigantes de três metros com apenas chifres de cervos.

— Haja criatividade para transformar pessoas em tais coisas horrendas, essas bruxas não tem limites, não? – questionou Grias, seu olhar negro estava afiado, enquanto empunhava fortemente sua lança cuja ponta afiada era bainhada por um chama avermelhada.

— Acho que não – Selena sorriu, ela que empunhava fortemente seu arco e flecha, recuava sua mão dominante para trás, enquanto mirava as testa daquelas ferras selvagens e irracionais, que um dia teriam sido humanos.

As espadas de Grias e Agatha variavam entre os tons azuis e avermelhados e brilhavam intensamente, dando luz a aquela floresta repleta de escuridão.

— Pessoal, vamos acabar logo com esses monstros, eu quero dormir – Zero bocejou e Agatha soltou uma leve risada, seguindo alguns segundos depois ao ataque do monstro que tinha a aparência de gorila e asas de morcego, com sua espada flamejante antigiu o peito peludo verticalmente e espalhou suas chamas entorno do corpo que imediatamente caiu, começando a se debater de dor. Para acelerar o processo de cremação, Agatha saltou por cima, cravando sua espada em chamas no rosto do monstro.

Por outro lado, Selena a portadora da arma arco e flecha simplesmente atirava para os monstros que ao serem acertados pela ponta de suas flechas em chamas, eram consumidos imediatamente e viravam cinzas em questão de segundos. Zero apenas atirava sua lança horizontalmente, espalhando suas chamas sobre os corpos dos monstros que cortava e, por fim, Grias o portador da espada de chamas avermelhadas cortava com rapidez os gigantes com apenas chifres de cervos, transformando todos em cinzas em questão de segundos.

As espadas anti-bruxas também tinham a função de cremar todo corpo para que nada sobrasse e que nenhum corpo dos monstros derrotados pudesse apodrecer e acabasse por gerar algum tipo de vírus nocivo aos humanos.

Após a derrota dos monstros, os caçadores voltaram a tenda para assim poderem descansar e acordarem novamente com energias renovadas. Dessa vez a fogueira havia sido apagada para que nenhum outro monstro que estivesse nas redondezas voltasse a perturbar o seu sono.

Depois de uma noite longa, não tardou até que sol nascesse, trazendo consigo um novo dia. Com os gritos dos galos selvagens a ecoarem por toda floresta, os caçadores de bruxas logo acordaram e como não havia nada para comer, decidiram arrumar sua tenda e suas coisas, seguindo até um vilarejo que os pudesse acolher.

Depois de uma longa caminhada chegaram a um desfiladeiro e em baixo se avistava um vilarejo com casas de madeiras e pessoas se movimentando de um lado para outro; algumas em suas bancas, então decidiram descer o desfiladeiro e seguir ao vilarejo.

A correria das crianças, pessoas com cestas de frutas e um sorriso formado em seu rosto, era toda a alegria que aquele vilarejo exalava, mas devido as bruxas aquilo sempre era tirado dos humanos. Os quatro caçadores de bruxas continuaram a caminhar pela cidade, mas logo foram interceptados por dois guardas do vilarejo que os tiveram como forasteiros.

Seus capuzes eram estranhos e suas armas também, ao que parece aquele vilarejo nunca teria sido atacado por uma bruxa – esse era o pensamento que tinham os caçadores de bruxas ao verem aquelas pessoas admirarem as armas que carregavam em suas mãos.

Os caçadores de bruxas foram levados imediatamente a sala dos chefe dos aldeões, onde prestariam conta sobre sua presença naquele vilarejo.

— Muito bem, o que forasteiros como vocês querem em nossa vila?

— Nós somos caçadores de bruxas – respondeu Agatha, mas a resposta dada pela jovem foi motivo de altas risadas por parte do chefe aldeão.

— Bruxas isso não existe, minha jovem.

As bruxas que adoravam mostrar sua superioridade aos humanos, não apareciam a todos humanos, apenas a alguns, o que deixa muitas pessoas em dúvida sobre a existência das bruxas.

— Quer dizer que esse vilarejo nunca foi atacado? – perguntou Zero, este que se apoiava em um banco esquerdo com o Grias, seu companheiro, enquanto que Agatha sentava no banco direito junto de sua companheira, Selena.

— Não, nunca vimos, mas é inegável que corra boatos sobre elas e sobre os monstros que elas tem feito pelo caminho, mas para não criar pânico na nossa população preferirmos não acreditar nisso – o chefe aldeão falou, puxando seu bigode que tinha um tom acinzentados de um lado para o outro.

— Escuta senhor, a qualquer momento essa vila pode ser invadida, tal como a minha foi, é importante consciencializar a população sobre o perigo eminente – disse Agatha em um tom grave, se levantado do seu banco, ela não queria que nada daquilo que tivera acontecido com o seu vilarejo, acontecesse com esse vilarejo. Pensar que aquela toda felicidade, se tornaria em tristeza em questões de segundos, a deixava angustiada.

Mas o chefe aldeão não levaria sua fala em consideração, tamanha era sua teimosia, afinal como acreditar em seres ao qual ele nunca tivera presenciado na sua vida.

— Não, é não, eu não quero criar pânico por nada. Se quiserem ficar por aqui, terão que seguir as regras e permanecer quietos – o chefe aldeão levantou-se de sua cadeira e começou a caminhar lentamente; com a sua bengala em direção a porta. Os jovens caçadores nada puderam fazer, se não, seguir as regras do chefe aldeão.

Então foram hospedados em uma pequena pousada naquele pequeno vilarejo onde teriam que pagar dez moedas de bronze por cada pessoa, mas como não tinham dinheiro nenhum, teriam que acordar logo cedo para trabalhar e ganhar dinheiro para pagar a sua hospedagem.

— Olha esse quarto em que nos hospedaram, é sério que isso tudo vale dez moedas de bronze por pessoa? – reclamou Grias olhando para o estado degradável do quarto em que se encontravam; madeiras rachadas, apenas duas camas com colchões pouco macios e uma janela no meio da parede lateral direita.

Os caçadores teriam que dividir aquele único quarto sozinhos e mesmo assim pagar valores individuais, o que os deixava irritados com o chefe aldeão e com o gerenciador da pousada. Obviamente que na vila haviam pousadas e quartos melhores, mas como forasteiros e sem dinheiro, teriam que desfrutar das péssimas condições dadas a eles e sem reclamar, pois era um caridade feita.

— Bom, quem são o que irão dormir na cama? – perguntou Zero que tinha o seu corpo encostado naquela parede de madeira, enquanto cruzava os seus braços.

— Eu e Agatha é claro – Selena falou se atirando na cama, mas devido ao seu peso sobre ela, as madeiras desgastadas acabaram por se quebrar e cama por se desfazer, o que foi motivo de risada para os restantes caçadores.

— Só pode estar de brincadeira – Grias franzia as sobrancelhas em uma expressão de furor  — Eu é que não pago por dormir nesse chiqueiro. No templo tinha quartos bem melhores.

Agatha apenas observava o pôr do sol, enquanto os jovens caçadores discutiam quem dormiria na última cama restante.

"Agatha" – uma voz ecoava e ela sentia calmamente um puxão de orelhas que a fez despertar imediatamente daquele transe em que a jovem estava.

— Oi? – ela soltou um leve sorriso — Então, vocês já decidiram quem vai ficar com a última cama?

— Com você – respondeu a Selena e em seguida, colocou a mão em seus ombros, a puxando a cama em que ela dormiria, por sorte aquela não se desfez o que permitiu a jovem um descanso um pouco confortável. A noite chegou, trazendo para o quarto uma escuridão intensa, apenas o brilho da lua adentrava a janela, iluminando um pequeno espaço. Agatha repousava calmamente sobre a cama, enquanto que os outros dormiam em alguns lençois estendidos no chão, colocando sua cabeça sobre um amontoado de trapos que havia em uma gaveta no quarto.

Os armamentos dos caçadores de bruxas começaram repentinamente a exalar um brilho luminoso. Essa era uma das grandes peculiaridades da arma, quando uma bruxa ou algum monstro criado por bruxa estava por perto, elas brilhavam intensamente em colocações diferentes na esperança de despertar seus portadores.

Agatha abriu os olhos e levantou sua mão para cima, pegando a sua espada que magicamente foi ao seu encontro.

— Acordem! – ela gritou e os seus companheiros acordaram — Parece que temos alguns monstros para caçar – dito isso todos se dirigiram a janela e puderam contemplar de olhos arregalados uma bruxa voando sobre o céu noturno, enquanto o luar fazia destaques às sua vestes totalmente violetas com um chapéu de palha azul escuro.

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