capítulo 05

caminharam em direção a uma vila humana, lanryr com cara de poucos amigos ele odiava os humanos fossem machos ou fêmeas ele não gostava, foram eles os responsáveis pela morte de sua mulher, mas tinha uma certa dó da pequena humana de cheiro estranho, tanto ela quanto ele perdera alguém que amava para essa raça maldita.

_porque sua mãe foi acusada de bruxaria? Perguntou Luna, querendo entender o que se passava na cabeça dos humanos matar a sua própria raça.

_Minha mãe era parteira e tinha um bom conhecimento de plantas. Falou dando uma pausa lembrando da mãe e sentindo o seu coração doer._ A Nossa casa fica próximo a vila daquele lado. Falou apontando o dedo na direção sudeste de onde estavam._Um dia o senhor feudal responsável pelas nossas terras mandou vir buscar minha mãe porque a sua esposa estava para parir e precisaria de ajuda, minha mãe foi, mas ele havia batido na esposa e o neném nasceu morto, ele para se eximir da culpa mandou chamar o bispo e o frei acusando minha mãe de bruxaria. Falou sentindo as lágrimas caírem._ Eu estava pegando água no riacho quando vi eles pegarem a minha mãe e minha irmã, também vi quando eles amarraram minha mãe em uma cruz e atearam fogo eu corri para ajuda lás, mas escutei quando minha mãe gritou para eu fugir, mesmo queimando ela gritava para eu fugir, um dos soldados veio atrás de mim para me pegar quando entrei correndo na floresta, ele alcançou-me e eu o enfrentei não sei como, mas mesmo assustada e com medo eu o venci e o matei, por medo de terem outros soldados atrás de mim eu continuei-me embrenhado ainda mais para dentro da floresta caminhei por cerca de dois dias até ser cercada por aqueles monstros. Falou sentindo medo de sua irmã já ter sido morta como a mãe dela fora.

_E o seu pai, porque ele não ajudou a sua mãe e a sua irmã? Perguntou Luna com o coração apertado de dó pela jovem a sua frente.

_Meu pai faleceu a dois anos com a peste, só ficou minha mãe, minha irmã e eu, trabalhávamos com plantação e venda de frutas do nosso pomar, minha irmã como tinha muita habilidade com a pesca ela sempre pescava para o nosso consumo e para vender na vila.explicou Abgail.

_Mas eu sei que machos humanos não permitem que as mulheres sejam donas de terra e nem podem trabalhar com vendas, como vocês fizeram. Questionou lanryr duvidando da fala da jovem.

_Ninguem sabia que meu pai havia morrido, como só o meu pai pegou a doença e só ele morreu nós o enterramos e fazíamos de conta que ele ainda estava vivo e sempre que íamos vender algo ou que alguém ia à fazenda dizíamos que o meu pai não estava ou que estava ocupado em outro lugar, ninguém nunca duvidou. Explicou o olhando nos olhos, o olhar dele a incomodava de uma tal forma que parecia queimar sua pele.

_Vamos parar próximo ao rio, amanhã entraremos onde antes era suas terras para ver se conseguimos alguma pista de onde fora levada sua irmã. Disse Luna, sentindo o olhar de reprovação de lanryr a suas costas.

A noite estava Clara pela luz da lua cheia, a fogueira acessa servia de proteção contra os animais noturnos que pudesse querer se aproximar, lanryr acordou de sobre salto no meio da noite e ao olhar envolta não viu a jovem humana isso o incomodou, levantou e seguiu rumo ao lago de água clara, que até parecia prateada devido à luz da lua, ao olhar para a água viu a jovem nua de costas para ele os seus cabelos longos até a altura das nádegas redondas e pernas bem torneadas ombros estreitos e cintura fina para uma humana ela era muito perfeita de corpo, lanryr ia se virar para voltar a dormir quando ouviu um cantar baixo e melodioso que o fez vira se novamente para a jovem, Abgail ainda de costas parecia diferente agora a sua pele brilhava como se a luz da lua refletisse nela e a sua voz mexia com o íntimo de lanryr parecia estar atraído por aquela mulher, começou a caminhar em direção a água quando ela parou de cantar e mergulhou submergindo nas águas do lago, fazendo lanryr voltar a si, ele voltou correndo para junto da fogueira sem entender o que havia visto e sentido a minutos atrás.

_Quem realmente é essa garota humana? Perguntou a si mesmo, será que ela seria uma ameaça disfarçada? E se fosse porque meia noite não a atacou, pelo contrário a protegeu?