Júlio, Flashes De Liberdade.
Aquela suposta visita casual revelou-se um prelúdio sombrio para o próximo tormento de Júlio. Enquanto degustavam a sobremesa, Benjamim e Gino discutiam os detalhes de uma cerimônia, que, para Júlio, estava prestes a se transformar em uma cruel encenação.
Benjamim, com um sorriso cínico, anunciou sua intenção:
- Vamos nos casar amanhã, Júlio.
A notícia atingiu Júlio como uma sentença, mas ele permaneceu em silêncio. Benjamim, demonstrando seu controle sobre Júlio, segurou seu queixo com força:
- Acho bom você colocar um sorriso nesse rosto, querido.
A revelação da iminente cerimônia de casamento não era apenas uma união legal, mas um símbolo perverso da dominação de Benjamim sobre a vida e a dignidade de Júlio. O sorriso exigido era mais uma máscara de submissão, uma encenação forçada que encapsulava a crueldade de seu carcereiro. A sombra da tortura física era agora complementada por um tormento psicológico ainda mais profundo.
Porém um lampejo de luz perpassou a mente de Júlio que viu nessa cerimônia uma chance para escapar de Benjamim. Bastava ele dizer não ao juiz e pronto.
alguns minutos depois Benjamim e Júlio retornaram para a mansão. Benjamim pediu para que Júlio fosse levado até o quarto.
Júlio não dormiu nada e na manhã seguinte novamente foi humilhado ao ser despido, banhado e vestido por seguranças. Os seguranças o acompanharam até a sala onde Benjamim o esperava.
Enquanto iam até o carro, Benjamim deixava bem claro que Júlio não tinha escolha e o mais prudente era assinar os documentos sem criar problemas.
......................
A cerimônia era em um salão de festas. Ao ver que havia convidados, Júlio se sentiu mais confiante de que tinha uma chance. Benjamim não faria nada na frente daquelas pessoas.
A celebração havia começado e chegaram aos votos. Quando o cerimonialista perguntou se Benjamim aceitava Júlio, o homem respondeu que "sim", porém quando foi a vez do Júlio:
- Não. Eu não aceito. - falou Júlio.
O celebrante ficou alguns segundos sem reação.
- Ele aceita sim. - Disse Benjamim. - Pode continuar.
O cerimonialista prosseguiu, Júlio não queria assinar o contrato. Benjamim como que se já esperasse por uma atitude daquelas, disse pacientemente.
- Júlio, seja um bom menino e assine.
Benjamim, percebendo a resistência de Júlio, sorriu de maneira sinistra. Ele chamou um dos seguranças e sussurrou algumas palavras, indicando claramente que medidas mais drásticas poderiam ser necessárias.
O segurança, com mãos firmes, segurou Júlio com força, restringindo qualquer possibilidade de resistência. Benjamim, aproximando-se lentamente, mostrou o documento, uma caneta e, com um tom ameaçador, disse:
- Você pode assinar por bem ou por mal. A escolha é tua.
Júlio, sentindo-se encurralado, enfrentou a dura realidade de sua situação. A pressão física e psicológica era avassaladora, deixando-o sem opções aparentes. Com a caneta estendida diante de seus olhos, a escolha entre o tormento imediato e uma possível chance futura de resistência tornou-se um dilema angustiante.
Relutantemente, Júlio cedeu à coerção, assinando o contrato sob a sombra intimidante de Benjamim e seus capangas. O ato de assinar, em vez de ser um consentimento genuíno, tornou-se mais uma prova do poder opressor que controlava cada aspecto de sua existência.
Com o contrato firmado, Benjamim exibiu um sorriso triunfante, ciente de que sua estratégia de manipulação e coação havia alcançado seu objetivo. O casamento forçado não era apenas uma união legal, mas um testemunho da subjugação absoluta de Júlio, selado com a assinatura arrancada em meio à desesperança.
Além do anel que Benjamim forçosamente colocou no dedo de Júlio, Benjamim colocou também uma coleira com sistema de choque controlado por controle remoto.
Após a cerimônia, houve um breve banquete. Então Júlio se deu conta de que todas aquelas pessoas presentes lá não davam a mínima se era uma relação forçada ou não. Aliás, eles pareciam apreciar a forma com que o casamento ocorreu. Júlio percebeu que aquelas pessoas admiravam o controle sádico de Benjamim sobre sua vida.
As conversas e risos ao redor tornaram-se um eco distante para Júlio, que se sentia isolado em meio à multidão que ignorava sua angústia. Cada olhar lançado em sua direção carregava a marca da indiferença, reforçando a solidão de sua situação.
Benjamim, enquanto desfrutava do banquete, lançava olhares triunfantes na direção de Júlio, como se cada garfada fosse uma confirmação de seu controle absoluto. O ambiente festivo tornou-se um teatro de crueldade, onde Júlio era a figura trágica, aprisionada em um enredo que não escolheu.
Após o banquete, Benjamim aproximou-se de Júlio, sussurrando ameaças veladas em seu ouvido:
- Não se esqueça Júlio: você me pertence e qualquer tentativa de resistência será respondida com consequências ainda mais severas.
Júlio, agora casado de forma forçada, sentiu o peso do compromisso imposto sobre ele. Cada passo naquela mansão transformada em prisão era uma lembrança constante de sua impotência.
A noite avançava, mas para Júlio, cada momento era uma eternidade, uma jornada tortuosa em um matrimônio que não era seu. Benjamim, satisfeito com o desenrolar de seus planos, decidiu levar adiante a noite de núpcias de forma sádica, intensificando o tormento de Júlio.
Benjamim conduziu Júlio até um quarto ricamente decorado, onde velas criavam uma penumbra que ecoava a atmosfera sinistra da situação. O quarto, concebido para celebrar o amor, tornou-se palco de uma tragédia pessoal para Júlio.
Aos olhos dos outros, era uma noite de celebração. Para Júlio, era uma descida ainda mais profunda para o abismo criado por Benjamim. O tormento físico e psicológico que ele havia enfrentado até agora parecia apenas um prelúdio para o que viria a seguir.
Benjamim, com um sorriso cruel, disse:
- Espero que esteja pronto para a consumação do nosso amor, Júlio.
Júlio, ciente da perversidade por trás das palavras, tentou resistir, mas estava completamente à mercê de seu carcereiro. A noite de núpcias, que deveria ser um momento íntimo e especial, tornou-se um ato de violência disfarçado de intimidade.
A porta do quarto se fechou, deixando Júlio sozinho com seu algoz. O ambiente carregado de tensão tornava cada som um eco doloroso da sua impotência. O que se seguiu naquela noite foi uma brutalidade que Júlio jamais imaginara, uma forma de tortura que atingiu o âmago de sua humanidade.
As horas arrastavam-se, cada segundo marcado pela dor física e emocional. Quando a manhã chegou, o quarto estava impregnado com a sombra dos eventos da noite anterior. Júlio, arrasado, encarava a realidade de um casamento que não era apenas uma farsa, mas uma prisão perpétua.
O dia seguinte amanheceu, mas para Júlio, não trouxe alívio. A cruel noite de núpcias deixou cicatrizes profundas, e ele se via preso em um pesadelo do qual não conseguia acordar. Cada pensamento de resistência era agora obscurecido pela sombra de uma submissão forçada.
Júlio estava exausto. Ele queria dormir e não acordar mais. Benjamim, porém, tinha outros planos
- Levante Júlio. Eu não vou repetir.
Júlio sentou na cama. Seu rosto estava inchado tanto pela violência que sofreu quanto pelo choro.
- Vamos!
Júlio, exausto e emocionalmente dilacerado, sentiu-se compelido a obedecer às ordens de Benjamim. Levantou-se com dificuldade, suas pernas tremendo sob o peso da angústia. O olhar de Benjamim era um lembrete constante de sua impotência.
Benjamim, satisfeito com a demonstração de controle, conduziu Júlio a uma sala imponente, Benjamim ordenou que Júlio se sentasse. A atmosfera era tensa, e Júlio podia sentir o peso das ameaças não ditas pairando sobre ele.
- Júlio, é hora de você entender que toda resistência só vai tornar as coisas piores para você. Aceite seu destino, e talvez possamos tornar as coisas mais suportáveis.
Júlio, ainda tentando manter vestígios de dignidade, olhou nos olhos de Benjamim e murmurou com firmeza:
- Eu nunca aceitarei isso. Você pode me forçar a estar aqui, mas nunca terá meu consentimento.
Benjamim, por um momento, pareceu ponderar sobre a resposta desafiadora de Júlio. Contudo, sua expressão logo se transformou em um sorriso calculista.
- Muito bem, Júlio. Se é assim que quer jogar, prepare-se para enfrentar as consequências.
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