Diário De Um Morto. (Lágrimas)
Sangue no papel.
_Capítulo contendo cenas de violência_
Era sábado, o sol brilhava em um lindo amanhecer.
Enquanto todos dormiam na vizinhança, Shine arrumava suas coisas, bem distante de tudo e todos.
Uma mala de mão, calçava suas botas.
Shine Clen.
Tô esquecendo alguma coisa?
Ele se encara no espelho. Estava com uma roupa camuflada, calça folgada, chapéu e óculos escuros.
Shine Clen.
Incrível como fico bom com qualquer coisa!
Ele pegou suas coisas e saiu.
Se encontrava em uma cabana velha no meio do bosque.
Só se via árvores por toda parte, e um lindo lago congelado mais a frente. Ele encarou o lago e fez sinal de cruz.
Shine Clen.
Amo quando o céu tá com indícios de chuva!
Falou enquanto observava uma nuvem de chuva se aproximando.
Enquanto isso em outro lugar, o despertador que marcava 6:00 horas tocou.
Mirian.
Verônica, hora de acordar!
Verônica.
Já estou pronta!
Mirian.
Bom, as vezes me esqueço que você acorda primeiro que o despertador!
Mirian.
Você vai para aula de música sozinha hoje está bem?
Verônica.
Ta bem maninha. Eu já me acostumei com o caminho não se preocupe!
Mirian.
Ok, fique bem! O café da manhã é torrada e nada mais. Tá complicado, ainda não recebi o salário desse mês!
Verônica.
Espero que dê tudo certo maninha! Te amo, boa sorte no trabalho.
Enquanto muitos tem uma vida boa, Verônica não teve essa oportunidade.
Uma mãe viciada, e um pai alcoólatra quê descontava nas filhas.
Ele bebia para fugir de sua vida difícil. Embora isso não fosse desculpa para bater e humilhar suas filhas.
Sempre que bebia batia nelas ou brigava, e ele odiava que a mais nova sempre chorava muito alto.
E em uma de suas brigas, findou acarretando um acidente grave. Um erro que deixaria marcas para sempre, marcas em verônica.
Sr.Borges.
Pare de chorar!!
Sr.Borges.
Eu disse pra parar!!!
Naquela pequena e apertada lavanderia, uma fatalidade estava prestes a acontecer.
Aquele que devia ser o responsável por cuidar e educar, enfelizmente não fazia sua obrigação. Ele era um merda, e ate mesmo ele e todos sabiam disso. Na sua testa era como se tivesse escrito lixo.
Ele andou ate ela bem irritado. Sem pensar duas vezes, cometeu seu pior pecado, o seu maior erro.
Verônica caiu no chão enquanto o armário se desestabilizou e caiu. Seu pai ainda correu o segurando, mas os produtos nele cairam. E um dos produtos químicos de limpeza o qual tava com a tampa frouxa despejou.
O líquido entrou em contato com Verônica, caindo em seus olhos. Caindo e tirando o brilho dos lindos olhos de uma pequena e inocente criança.
Queimava, e não adiantava limpar. O que foi feito não seria desfeito.
O que aconteceu não tinha como mudar.
Sr.Borges.
Amor!!! Vem ajudar!!!
Hoje em dia ela vive com sua irmã.
As duas moram em um apartamento apertado, mas que não trocariam por nada no mundo.
Verônica.
Tetris. Tetris, vem cá garoto!
Verônica.
Oi garotão! Vamos sair? Vamos, lindão?
Ela fazia carinho no grande e imponente Pitbull.
Minutos depois já saia de seu apartamento. Andava com ajuda de Tetris e uma bengala.
Verônica.
Vamos com calma garotão! Diferente de você eu não consigo ver o mundo.
Algumas pessoas saiam de seus apartamentos. Encaravam a pobre garota com olhares de pena e alguns com olhares de ódio.
Stra.Violetta.
Verônica, ei Verônica. Quando sua irmã vai pagar o aluguel? Já vão fazer duas semanas que está atrasado!
Disse uma mulher de expressão ranzinza, que era a síndica.
Verônica.
Olá senhora Violetta! Desculpe mas não posso ajudar, isso é apenas com minha irmã mesmo.
Stra.Violetta.
Olha como fala com os mais velhos! Seus pais não te deram o devido respeito?
Tetris parecia não gostar dela, ela por vez assustada recuou para trás.
Stra.Violetta.
Esse vira-lata é vacinado?
Verônica.
Sim, ele já tomou todas! E damos medicamentos pra acalmar ele.
Stra.Violetta.
Tá dando certo?
Verônica.
Sim ele tá mais calmo quando preso no apartamento! Isso evita dele comer o sofá e rasgar as almofadas.
Stra.Violetta.
Hum. Sei... Vê se avisa sua irmã!
Ela os encarava chateada, por vez entrou trancando a porta com força.
Verônica continua seu caminho.
Ela não tinha tanta dificuldade em se mover aos arredores, já estava acostumada com tudo.
O velho buraco no chão, o desnível na calçada da padaria, ou ate mesmo a velha pedra no caminho onde ela tropeçou varias vezes.
Verônica.
Ai! Tá de brincadeira? Tem alguem movendo ela? Ela sempre está em um lugar diferente!
Continuou seu caminho, um pouco chateada.
Já passava no antigo bar de Jazz onde abria bem cedo.
Verônica.
*Para*...*Escuta*
Ela podia escutar os aplausos, e o doce som do Trompete.
Era mágico, pois em sua mente quem tocava era ela, e àqueles aplausos eram todos direcionados a ela.
Ela parou por um momento, fazia carinho nas bochechas de Tetris.
Verônica.
Um dia Tetris! Um dia serei eu recebendo os aplausos.
Ela então contínuo seu caminho...
Ela enfim passava pela rua da tormenta, assim como ela apelidou o lugar.
Era uma rua onde possuía um parquinho que dava passagem ao parque. E uma pista de esqueite e uma quadra.
Além de um fliperama mais a frente ao lado de um bar famoso por deixar crianças beber.
Verônica.
/Pelo cheiro de cigarro, tenho certeza que já chegamos!/
Era um bairro barra pesada, drogados, ladrões, moradores de rua e traficantes.
Todo tipo de gente junto das pessoas de bem.
Mas o pior era a garotada...
?:::
Hahaha. Ei ceguinha olha aqui! O Cris colocou outro piercing no mamilo!! Hahaha.
Ele levantava a camisa, amostrando os piercings em seus mamilos. Porém para eles Verônica era surda e muda.
Cris.
Olha aqui! Tá vendo?! Hahaha.
As provocações e risadas já eram de costume. Ela pensava que se não falasse nada, e não desse bola, uma hora ou outra eles iriam se cansar.
Edy.
Ei seus merdas! Quantas vezes vou ter que repetir que não quero vocês incomodando a gatinha?
Cris.
Calma ai, Edy... Só estamos brincando!
Cris.
Vamos galera, já perdeu a graça!
?:::
Edy estraga prazeres!! Blehh... *Da a língua*
Ele se direcionava a Verônica, a encarava preocupado.
Edy.
Está tudo bem gatinha?
Verônica.
Ah-, bem... É, s-sim! Eu estou bem Edy, não precisa se preocupar comigo.
Edy.
Como não? Eu me importo com minha futura noiva!
Ela ficava com o rosto vermelho. Ele por vez sorria gentilmente.
Edy.
Vai, vamos! Se não a gente vai chegar atrasado, e se sabe como o professor é.
Edy era um antigo colega, vivia a elogiando, e sendo gentil. Verônica gosta muito dele, o respeita, ainda mais quê...
Um som belo e suave era escutado no lugar.
Alguém tocava uma bela canção no piano velho de aula.
Edy era o melhor pianista daquela pequena escolinha de música.
Verônica sorria alegremente curtindo cada momento, sentindo ao máximo a melodia.
Verônica.
/Sempre tão lindo!/
Ele tocava com vontade e suavidade, tocando de alma.
Fazendo todos sentirem as notas, e fazendo o pobre coração de Verônica acelerar e relaxar.
Verônica por vez pegava seu Trompete.
O som era atropelado, as notas saiam em desordem. O professor a encarava.
Só podia pensar, Trompete não é para ela.
Mas Verônica não desanimava, apenas tentava novamente.
A chuva do lado de fora se iniciava, abafando qualquer som. Até mesmo o do seu Trompete.
Que desafinava ainda mais...
Shine Clen.
Haha!! Peguei!!
Shine estava em meio a chuva, as pressas se jogou de um barranco. Deslizando pelo barro, corria com um rifle em mãos.
Shine Clen.
Eu sabia! Sabia que tinha um por aqui. Que pena, você não teve sorte!
Ele andava ate um Alce que se debatia no chão .
Ele se aproximando do animal, o encarava.
Shine Clen.
/Sabe qual é a melhor sensação?/
Ele se abaixava bem na frente do animal que já desfalecia, ele o encarava nos olhos.
Shine Clen.
/Eu sempre fico excitado! É tão bom ver a vida de alguém se esvaindo./
Shine parecia gostar daquilo. Encarando o animal de frente, se animando com a dor e agonia que ele sentia.
Enfim seus olhos perderam o brilho.
Shine Clen.
Hora de diminuir a tensão! Eu preciso disso, tive uma semana de merda.
Shine Clen.
*Pega uma faca*
Shine Clen.
Aquela professora maldita. Dizendo o que eu devo ou não fazer! Me arrastando pros problemas dos outros.
Shine Clen.
Que semana complicada! Desculpa carinha, mas a culpa é dos merdas e lixos ao meu redor. Mulheres movidas por desejos levianos, e pessoas escrotas tentando ganhar com a desgraça dos outros.
Ele então esfaqueia o pescoço do animal.
Logo se irritando ainda mais, começou a apunhalar o pobre animal morto.
Sangue respinga para todo lado.
Shine Clen.
Hehe. Hehehe! Hahahaha!!!
Ele rasgava o animal ali mesmo. Se animando cada vez mais, ficando ainda mais insano.
Shine Clen.
Merda. Sua professora de merda! Quem pensa que é pra tentar fuder comigo? Me envolvendo com outros merdinhas. Quem pensa que é pra mandar em mim?!!
Ele escutava risadas, alguém vinha em sua direção.
Comments
_XManuK_
É um sequestrador chegando corre 💀
2023-11-24
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