Capítulo 3

Finalmente, chegaram as 18:00. Há meses que Fulvia tinha deixado tudo pronto para a sua retirada, então, com tudo em ordem, foi dizer a Santiago que se retirava.

—Presidente Flabel, estou me retirando. Já entreguei meus ativos e documentação em ordem, como requer o regulamento — disse ela com intenção de sair correndo, o que devia ter feito, já que Santiago se aproximou dela e a levantou de repente, levando-a para o quarto de trás. Eram óbvias as suas intenções. Flavia foi devorada de novo, desde as 6 da tarde até uns minutos antes da meia-noite. Santiago não conseguia soltá-la. Flavia tomava essa posse como um brinquedo que se deve jogar fora e não se conforma, assim se sentia com ele, mas Santiago não pôde evitar terminar dentro dela e marcar sua delicada pele de forma descarada, algo que ele tinha proibido. Não lhe importou nada naquele momento.

—Bem, pode ir. Lembre-se de que vai cheia da minha semente e, se abrir as pernas para outro hoje, saberá que já esteve sujando sua boceta suja mais do que deveria. Agora vá, feche o escritório quando terminar — disse, terminando de se vestir e saindo do lugar. Flavia, que mal conseguia se mover depois da maratona, se levantou dolorida. Ela se vestiu como pôde e saiu do lugar a passos lentos. Era a última vez que era tomada assim, que era ferida em seu amor próprio dessa maneira, não voltaria a acontecer.

Flavia chegou depois da meia-noite, cansada. Aleida estava lá sorridente até ver seu semblante e correu para vê-la. Saul já dormia e Aleida a esperava para informá-la de que tudo estava bem.

—Flavia, o que você tem? Está pálida e isso no seu pescoço? Fizeram algo com você? Alguém te agrediu? — disse Aleida preocupada.

—Não, Aleida, não se preocupe. Só quero descansar, amanhã falamos da sua proposta, acho que é melhor eu ir com você — disse resignada, só queria dormir e acordar para transformar tudo o que tinha acontecido em um pesadelo, algo que nunca tinha acontecido.

No dia seguinte, Flavia acordou um pouco tarde, seu gordinho já estava parado à beira de sua cama, olhando-a expectante enquanto abraçava seu urso de pelúcia.

—Mamãe, você está bem? Não quero que fique doente, Saul te ama muito, vai cuidar bem de você — disse, colocando sua mãozinha na testa de sua mãe, que se levanta com peso. Ela se sente melhor, mas é como se o peso do mundo baixasse de seus ombros. Desde que saiu da empresa, ela sente que precisa de um longo descanso, uma soneca de muitos dias.

—Meu amorzinho, claro que estou bem, só cansada, mas devemos tomar café da manhã, vamos — disse com um sorriso, mas o menino a deteve com suas pequenas mãos.

—Não, mamãe, tia Aleida está preparando o café da manhã, só descanse, Saul cuida de você, tá? — disse Saul para ir embora, não sem antes dar um beijo amoroso em sua mãe e sair correndo para buscar seu café da manhã.

Flavia o viu sair como um raio e sorriu enquanto lágrimas saíam de seus olhos. Finalmente tinha terminado, finalmente tudo tinha acabado, embora agora carregue uma vida em seu ventre, só saber que eles a odeiam tanto que não teriam problema em ignorar tudo sobre ela, inclusive o menino em seu ventre.

Flavia não conseguia parar de chorar, não queria que Saul a visse chorar, mas precisava, tinha sido um ano de aguentar, de resistir, de amar e odiar, finalmente tinha terminado, era hora de avançar.

Aleida entrou tentando não ser intrometida, mas ao vê-la chorando, imediatamente pediu a Saul que fosse fazer um desenho lindo para sua mãe e se recuperasse logo, só assim não a veria naquele estado.

—Flavia, o que aconteceu com você? Ontem à noite você me preocupou, estava pálida, desarrumada, viam-se aqueles chupões no seu pescoço, sua dificuldade para caminhar, me diga a verdade, alguém te agrediu? — disse Aleida abraçando Flavia, que não para de chorar, mas ela negou, não queria contar ainda, não queria falar do que tinha tido que fazer neste último ano, ela era a amante de Santiago Flabel, o CEO mais importante da cidade, que está noivo de Leonor Trading, ainda não queria dizer tamanha coisa à sua amiga, embora Aleida tenha quarenta anos, é a amiga mais leal que Flavia teve e a irmã mais velha que sempre quis ter.

—Aleida, não é assim, já te contarei o que aconteceu, agora te digo que vou com você, eu e meu gordinho vamos com você, ontem terminou meu contrato, então te ajudarei na fazenda dos seus pais, quero ter uma vida simples e tranquila — disse Flavia, ainda sem conseguir parar suas lágrimas, ela precisa tirar tudo para fora, ela precisa sair dessa cidade, da vista dessas pessoas.

*_*

Um mês depois, no escritório de Santiago Flabel, a mãe do jovem está indignada.

—Santiago, é o cúmulo que trate Leonor dessa forma, já estão noivos há algum tempo, sabe que é o melhor para as duas famílias e as empresas, deveria tratá-la melhor — disse Silvia olhando para seu filho com reprovação, as constantes queixas de Leonor sobre a forma fria e desinteressada de Santiago eram irritantes, Santiago não suportava Leonor e era por duas razões, a primeira é que ela tinha promovido esse compromisso que a ele não interessava, a segunda era que Santiago não gostava de qualquer mulher, era um homem de fobias peculiares, os perfumes, as vozes, as texturas da pele de uma mulher o irritavam se não fossem de seu agrado, Leonor tinha todos os defeitos.

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