Cap. 4

Quando Rafael chegou a mesa, encontrou os pais tomando café da manhã e se juntou a ele.

_ Bom dia pai. Rafael cumprimentou o pai, e como sempre, encontrou o Otávio tomando café e lendo o jornal impresso que ele não abria mão de ler.

_ Bom dia… Respondeu Otavio escutando um barulho alto dos motores dos carros passando em alta velocidade na rua, o  que acabou com seu humor naquela manhã. _ Será possível que o sindico desse  condomínio ainda não tenha  tomado uma providência para acabar com esses rachas que andam acontecendo na nossa porta? Será que eu terei que abrir outra reclamação. Falou deixando o café e o jornal de lado.

_ Eles se acham os donos de tudo, pai.  Moramos em um condomínio de luxo, e eles  filhinhos de papai, e sentem que podem fazer tudo, que ninguém pode falar nada contra eles.

_ Mas não podem...

 _Acho que o senhor se esqueceu que um deles, o que anda na Ferrari vermelha, é filho de juiz, e quando ele foi preso com drogas, saiu em menos de vinte quatro horas da cadeia. Lembrou Rafael.

_ Mas esse bando de irrespondaveis não podem continuar fazendo rachas em frente a nossa casa, provavelmente estão bêbados ou drogados. Eu vou continuar a denuncia-los, até eles pararem, mesmo que tenha que enfrentar o tal juiz, tenho dinheiro e não vou aceitar isso.

_ Boa sorte para o senhor. Respondeu Rafael enquanto tomava um pouco de suco.

_ E você não é muito diferente deles, andando naquela moto em alta velocidade, deveria usar o carro que eu comprei para você.

_ Pai, eu não tenho nada a ver com esses rachas, eu apenas gosto de andar de moto, são coisas completamente diferente. E quanto a usar o carro que o senhor me deu, pelo menos se fosse um carro menos chamativo.

_ O que tem de errado em usa uma lamborghini, é um carro que condizente com a condição financeira da sua família.

_ Não vou discutir com o senhor. Rafael não gostava de ostentar como os pais. Apesar de ter apenas 22 anos, ele ja havia passado por varias experiencias ruins com pessoas que so se aproximaram dele por interesse ao saber de quem ele era filho, e o patrimônio que ele herdaria no futuro.

Depois do café Rafael foi para faculdade em sua  moto, o que deixou o pai contrario, mas andar de moto, era o único momento que Rafel se sentia livre, por isso gostava tanto dela. Quando estacionou na faculdade,  suspirou tentando encontrar forças para uma nova etapa que estava iniciando.

_ Olha só quem está aqui…  Rafael escutou uma voz conhecida.

_  Ah, eu não acredito te encontrei no primeiro dia aula. Rafael cumprimentou com um abraço Felipe, um velho amigo de escola que não via a algum tempo.

_Felipe, o que você faz aqui? Pensei que  você já estaria formado.

_ Não, eu não sou tão inteligente quanto você. As disciplinas de cálculos me pegaram de jeito e estão me segurando aqui. Falou rindo.

_ Quem mandou você estudar engenharia?

_ Mas é você, o que está fazendo aqui? Não me diga que  parou de fingir que é burro e finalmente passou no vestibular? Perguntou rundo. _E não negue, sei que foi mal nas provas do vestibular de propósito, eu estudei com você, você era bagunceiro mas era o melhor aluno da turma.

_ Dessa não consegui com fugir... os meus pais compraram uma vaga para mim, provavelmente eles pensam que eu não era capaz de conseguir entrar na faculdade por conta própria... eles não conseguem entender ou aceitar que eu não quero estudar aqui.

_ Olha, tenho certeza que vai gostar da faculdade, é uma das melhores do país, E em qual período você está?

_ Depois da adaptação do currículo,  vou começar o sexto período de economia, sendo que eu estaria formado na outra faculdade que é tão boa quanto essa.

_ Não vou dizer nada, sei como é a sua relação com os seus pai. Mas mesmo com o seu desanimo, será bom ter você por perto.

_ Digo o mesmo, e sempre bom encontrar um amigo.

_ Agora uma curiosidade, por que você está vestido assim? Camisa social, blazer...

_ Tenho trabalhando com o meu pai, então depois da faculdade vou para a empresa.

_ E você está gostando do trabalho?

_ Olha, gostar até que eu gosto, não vou mentir, mas a pressão que eu sinto sobre mim, que eles esperam que eu seja no futuro me incomoda muito.

_ Entendo. Bem, agora eu tenho ir, a faculdade de engenharia fica no final do campos.

_Ok, e Felipe, pode me dizer onde fica o prédio da Faculdade de Economia, não faço a mínima ideia de onde ela fica.

_  Você deu sorte, o prédio de  economia fica do lado da faculdade de arquitetura e dos ateliers  de artes,  lugar onde só tem mulher gata, e quando elas souberem quem você, quem é os eu pai, vão cair aos seus pés. Filipe tinha malícia na voz.

_ Não estou aqui por causa de mulher, quero apenas me formar, ou tomar uma decisão sobre o meu futuro, decidir o que quero da vida... e por isso, não vou deixar ninguém saber quem é o meu pai.

_ Se é o que você quer... vai perder as gatas... mas se mudar de ideia, quando as gatas começarem a te cercar, pode me apresentar como seu amigo. Brincou Felipe rindo. _ Ou você já tem alguém?

_ Não, eu não tenho ninguém... Respondeu pensando em Bia.

_ Vou fingir que acredito. A faculdade de economia  fica seguindo por  esse caminho… Apontou. _ Nos vemos por aí, e se precisar de mim, só me procurar.

_ Eu sei...  Rafael se despediu de Felipe e  seguiu para a escola de economia. Caminhava pelos aulos sem entusiasmos.

_ Bia... Rafael olhou para os lados ao escutar um nome que nos últimos meses não saiu da sua cabeça.

_ Ah, Rafael, quantas Bias existem no mundo? Falou consigo ao não ver Bia. Quando Rafael se virou para seguir para o prédio de economia, acabou esbarrando em alguém fazendo a pessoa deixar o celular cair no chão.

_ Desculpe, estava distraído. Pediu se abaixando para pegar o aparelho no chão. _ Se tiver estragado... Rafael parou de falar quando viu em quem havia esbarrado. _ Bia... disse sentindo o coração disparar da mesma forma de quando a viu pela primeira vez no restaurante, e nos lábios um sorriso começou a se formar.

_ Você me conhece? Perguntou Bia quando Rafadisse o seuseu nome olhando para ela.

(Imagens retiradas da internet)

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