Stephon...
Florença, capital de Toscana, na Itália...
Fui convidado por meus amigos a ir ao bordel, jogar tempo fora, e daqui posso avistar eles com várias mulheres no colo.
Reviro os olhos e caminho até eles, peço uma bebida.
— Stephon, você sabe que agora que você é o Dom, precisa de uma esposa, né? — Gerard, meu primo e também subchefe me indagou.
Porém eu o olhei com tanta fúria, que se não fosse o meu primo teria metido uma bala no meio da sua cabeça.
— Eu acabei de enterrar a minha esposa, não vou colocar outra mulher no seu lugar! — Rosnei pra ele, que não se abalou pelo meu tom duro e frio, mas os demais soldados se encolheram de medo.
— Stephon são apenas negócios, conhece as regras. Os capos do conselho, já estão pressionando. — Eliseo, meu consegliere e também primo rebate, no mesmo tom duro que o meu.
— Mandem vim falar comigo, claro se tiverem coragem. — Zombo.
Todos sabiam seus lugares, sabiam que eu era o topo dessa fodida máfia italiana. Sabem que se me desafiar, não sairá vivo.
— Agora se me dão licença senhores. — Me levanto alisando meu terno Armani. — Preciso ir embora, meu filho me espera.
Deixo pra trás meus dois amigos, sendo seguido por meus soldados que fazem a minha retaguarda.
Não queria nem ter saído de casa, sinto que estou traindo minha mulher. Eu não deveria viver e sim ela, mas decidi dar ouvido aos meus amigos, e vim até a um dos bordeis que tínhamos, contudo foi um erro.
...----------------...
Em casa vou até o quarto do meu filho, dispenso a babá, e vou até o berço do Ângelo.
Ele me olha com seus olhos idênticos ao da mãe.
Já tem 3 semanas que sua mãe se foi, entretanto parece que foi ontem.
Pego meu filho no colo, encostando ele em meu peito.
Ângelo tem a capacidade de domar os meus demônios, quando estou com ele em meu colo é como se ele os acorrentasse. Tão pequeno, tão indefeso, ele é a melhor coisa que já fiz. Aqui eu posso chorar a vontade, estou no refugio do nosso quarto, eu e ele.
De repente Ângelo, fica impaciente e começa a resmungar.
— O que foi mio Figlio? — Pergunto, como se ele pudesse me responder com apenas 3 meses. — Está com fome? — Continuo conversando com ele, já me dirigindo para a cozinha, para preparar seu leite.
Faço sua mamadeira, certificando no pulso se a temperatura está boa, e tento dar a ele, mas o mesmo expulsa o leite pra fora, me dando a certeza que não é fome.
Vejo se está molhado ou se me presenteou com uma fralda recheada, mas ele está limpinho e seco.
— Eu não sei o que fazer pra te ajudar filhão, o que você tem amigão. — Benicio chora sacudindo as perninhas e sua pele branquinha vai ficando vermelhinha.
— Será que você está doente? — Pergunto olhando pra ele. — Sua mãe saberia lidar com você. — Começo a me desesperar, pois o choro vai ficando mais alto e ele está muito mais nervoso.
Com medo que ele possa estar doente, peço ao meu soldado para chamar um dos médicos do hospital dos Fratarolli.
Não podia sair no meio da noite com meu filho tão pequeno, não nesse mundo que eu nasci.
— Quero vocês aqui em cinco minutos, senão você é um homem morto Mariano. — Falo para o meu soldado, não suportava ver meu filho chorando.
E como se temesse a morte, Mariano chegou rapidamente, seguida de uma medica.
— Descubra o que ele tem? — Entrego meu menino em seus braços. — Acho bom fazer um diagnostico correto, ou não voltara mais para a casa. — Rosno para a medica.
Atentamente examina meu menino, mesmo ele esperneando e chorando, a mão da mulher está tremendo, sabe que eu cumpro todas as minhas ameaças, sou o grande executor Stephon Fratarolli, em minhas mãos carregam o sangue de muitos homens.
Fiz meu nome, muito antes de me tornar o Dom, com apenas 16 anos já carregava mais morte nas costas do que se pode imaginar, então ganhei respeito ainda na adolescência.
E hoje que detenho o poder de todo o império, eles temem ainda mais a mim.
— Senhor Fratarolli, ele está com cólicas, é bem comum em crianças pequenas, não se preocupe. — A mulher diz me cobiçando com o olhar.
— E o que eu faço? — Ignorando o jeito que me olha.
— Você dará algumas gotinhas desse remédio. — Ela escreve algo no papel e me entrega, que eu automaticamente entrego ao meu soldado, que sabe o que precisa fazer.— E pode fazer massagem na barriga dele, assim. — Ela me ensina e eu presto atenção em seus movimentos. — E você pode deita-lo de bruços em seus braços. — Ela me explica e pego meu pequeno que está mais calmo.
Deito meu menino em meus braços, e embalo ele de um lado ao outro.
— Stephon... — A mão suave da médica cobriu meu braço, claramente com segundas intenções.
— Não lembro de dizer que poderia me chamar pelo primeiro nome e muito menos que tinha autorizado tocar em mim. — Digo usando meu tom mais gelado que tinha.
A mulher rapidamente recolheu a mão, e me olhou com aqueles grandes olhos assustados.
— Saia! — Esbravejei. — Vito, leve a medica até sua casa. — Peço ao meu outro soldado.
Que imediatamente escolta a mulher para fora do meu quarto.
— Pronto meu filho, o nosso refugio está livre do inimigo, somos só nós dois. — Falo para o meu menino que agora dorme tranquilamente, deposito ele suavemente na cama.
Lentamente tiro minha roupa, cansado desse dia infernal e sabendo que amanhã não será diferente.
Como eu sinto falta dela, olho seu nome tatuado em meu peito, Giorgia se destaca em torno do sol, pois ela era meu sol, seu brilho conseguia chegar no mais escuro e profundo coração.
Mas isso foi tirado de mim e nem que seja a ultima coisa que eu faça nessa Terra, mas eu vou matar todos eles.
Deixando minha vingança de lado, eu tomo um banho, coloco uma cueca, bermuda e deito ao lado do meu filho.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 88
Comments
Rosângela Santos
Que mafioso feio!
2025-04-10
0
Edilene Sousa
é ÂNGELO ou BENÍCIO?????🤔🤔🤔
2024-02-01
2
🌹 Ana Paula
Volta da rua lugares cheio de bactérias.
Antes de pegar filho no colo, tomar um banho e descartar as roupas paizão.
Homens sendo homens.
2024-01-29
0