Minutos depois, ouvi uma batida na porta. Sabia exatamente quem poderia ser, eu mesma o chamara.
— Entre— Disse a levantar e ajeitar a minha postura e vestido, que ao fazer-lo se ajustou totalmente ao meu corpo.
Abri a porta com um pouco de pressa. Ao fazer, vi um rosto pleno e bonito, que em outras palavras não poderia descrever.
Joseph entrou, um pouco tímido para o normal. Ele sempre ajudou quando mais precisei, e aquele caso não era uma exceção. Ele fechou a porta e caminhou até mim, que permanecia parada com um olhar desesperador. Voltei para minha cama, onde sentei a espera dele.
— Me chamou?— Perguntou, sentando ao meu lado na cama.
— Sim. Tenho um grande problema que precisa de ajuda urgente— Eu lamentava mais do que pedia. O que era verdade, eu necessito de ajuda ainda mais num momento como este.
— Sabe o que isso me lembra?
— Hum!— Perguntei um pouco surpresa pela comparação repentina.
— Daquela vez que você pediu para mim e August tomarmos aquele seu suco misterioso.
— Há sim,— eu disse a recordar-me da premissa é inegavelmente verdade— Você disse que não era para ter essa cor— Falei a rir e imaginar um copo de suco de cor de grama seca com detalhes rústicos da cor cidreira— Depois tomou um gole e ficou com uma dor de estômago por cerca de uns cinco dias, e August não saia do banheiro.
— Sim, foi um bom dia. Ou quase— Disse a repensar no que foi dito— Mas...— Começou a mudar de assunto— diga-me, o que lhe deixa tão aflita?
— E que...— Eu tentava encontrar palavras para relatar meus problemas— Não se assuste— Avisei com antecedência, o que fez ele se preocupar um pouco— Os meus pais querem... que eu me case— Falei com uma tristeza na voz. Ele saltou da cama com um pulo.
— Como assim?— Dei um suspiro de lamento.
— Eles supõem que para sair de uma guerra tenho que me casar. Provavelmente tem a ver com um categoria de ligação de um território.Ou uma parceria.
— Isso não faz o menor sentido— Ele parecia muito irritado— Seja lá o território que vai ser a parceria com o seu, não precisam de um casamento.
— Exatamente, Não constato a necessidade de casar, ainda mais com um desconhecido— A última eu deixei escapar.
— Desconhecido!?— Berrou também surpreso pelo tom de voz que usou.
— Sim...— Bufei— O que eu faço Joseph?— Eu parecia está implorando a ele que me ajuda-se, o que era quase verdade.
Ele parecia pensativo consigo mesmo. Colocando a mão no queixo e olhando para o chão. De repente num sobressalto falou.
— Eu não tenho a mínima ideia do que fazer— para minha tristeza— E se você... fizer um acordo?
— Acordo?
— Sim, tipo prolongar a data do seu casamento, aí faz ele te odiar e desistir. Ou outra coisa do tipo. Pode parecer bobo mas funcionou com a filha dos Timon's— Não sei como ele sabia disso,pelo que sei ela e muito vaga em relação ao cancelamento de seu casamento.
— Não é uma péssima ideia, eu poderia tentar convencer ele a não se casar — E só convencer seja lá quem a fazer um acordo é depois inferniza-lo, assim não vou me casar— Isso e perfeito. Muito obrigada.
No momento em que olhei para Josephe, ele olhava-me de volta.Com um olhar bobo e ingénuo, o que era bem comum dele,
Ele ficou um tempo me encarando, até eu começar a rir da cara de pateta que fazia. Ele acompanhou-me, ri tanto que cai para trás, ele deitou também. Agora eu encarava-o.
— Acredita no que eles fizeram?
— E um pouco estranho vindo deles.
— Como assim?
— Bom, eles não gostam de casamentos arranjados, percebi numa conversa.
— Verdade, eles nunca gostaram disso, que eu me lembre até o casamento deles não foi por contrato. Porque que tem que ser comigo?— Falei com uma tristeza nos olhos.
— Não sei, porém o mais estranho e que você tem seis irmãos, não poderia ser um deles?
— Cinco— falei com uma certa autoridade.
— Hum?!
— Cinco, tenho cinco irmãos.
— Há sim, entendo. Você não vai se casar, não e mesmo?— A sua voz suava com um tom de preocupação indo para decepção.
— Claro que não. Não e como se eu fosse-me apaixonar por um cara qualquer— Falei com confiança e tom de zombar.
— Ótimo— Ele parecia aliviado.
Dei um sorriso carinhoso, ele devolveu com outro.
Joseph sempre foi meu grande amigo, a família dele e líder de dois territórios o que e bem impressionante. Nunca conheci o irmão dele, que e o lider do território de Eridia por ser o mais velho, o que e estranho, sendo que eu passei parte da minha infância com Josephe sem nunca ve-lo.
Olhei para Josephe, que me encarava com um olhar bobo. Eu observava-o até sem querer começar a rir. Ri o suficiente para cair para trás.
Ele deu uma pequena risada e deitou também. Eu olhei novamente com um sorriso e disse.
— Porque voltou?
— Uma parte da minha vinda foi por negócios.
— E a outra?
— Estava com saudades, de você e das suas piadas sem graças.
— Elas não são tão ruins— Fiz uma cara de surpresas era como se 3u tivesse sido ofendida.
— Se você está a dizer.
— O que quer dizer com isso?
— Nada não— Ele fez uma pausa e olhou para a hora— Tenho que ir.
— Vai voltar?
— Não, vou ficar mais uns dias.
Eu assenti com a cabeça e o levei até a porta, antes dele se despedir falei.
— Muito obrigada.
— Tudo pela senhorita— Dei uma pequena risada.
— Você está a falar como as minhas criadas. E eu não gosto quando alguém me chama assim.
— Mas eu sou seu humilde servo o grande senhorita— Disse se curvando. O que me fez rir mais ainda.
— Certo o meu servo, agora dirija até os seus aposentos e descanse. Por agora não necessito de seus serviços.
— Como a senhora desejar— Ele saio a andar.
Entrei novamente no meu quarto. Tentei descansar e aproveitar o resto do meu dia de folga. Mas a sensação de pensar num casamento deixava-me aflita, decidir ir até os meus pais para conversar. E fiz, com muita confiança.
Bati na porta até ouvir uma resposta, mas não houve nenhuma. Então apenas entrei.
Os meus pais estavam fixados no trabalho, ao ponto de nem ouvir a minha chegada.
— Pai, mãe. Precisamos conversar— Admite.
— Angel, você voltou. Que bom! O que quer conversar? Não e sobre o negócio de não querer casamento não é?
— Quero negociar com vocês— O que acabei de falar chamou à atenção do meu pai. Como um governante, ele e ótimo em negócios.
— Comece— Aproximei confiante com o ar de liderança e comando.
— Bom... Eu realmente não quero-me casar— os meus pais suspiraram juntos— Mas posso reconsiderar se eu tiver tempo para conhece-lo, e aceito ficar com ele por um tempo, mas só por um tempo— Eles pareciam impressionados.
— Como aceitou assim tão fácil.
— Vocês estavam certos, esse e o meu território e tenho que servi-lo o melhor possível.
Os meus pais pareciam orgulhosos.
— Angel, vamos fazer uma festa para comemorar seu noivado. E pensamos que seria uma boa ideia convidá-lo. Creio que seja um bom primeiro encontro— disse minha mãe.
— Claro, como desejar.
Sai do escritório, um pouco incomodada por ter que casar. Mas, confiante pelo que está por vim. Sei que não tenho como tirar a ideia de um casamento, mas reprimi-la eu posso.
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Atualizado até capítulo 83
Comments
Nessroyal
Você e muito Gentil. Espero que tenha gostado da obra, obrigada por ler.
2024-01-29
0
Margarida Silva
parabéns 👏 por sua escrita cativante. votos de sucesso renovado
2024-01-25
1