Capítulo 4

Já faz 2 mêses que as aulas começaram e minha vida está uma porcaria tanto em casa quanto na escola. Meu pai não deixa eu sair de casa e na escola não posso mudar de cadeira e sempre estou brigando com Tobias que não para de atormentar o pobre do garoto estranho.

Desço para a cozinha e encontro minha mãe.

-Oi filha quer me acompanhar em um chá com bolo?

-Claro mãe. Sento-me a mesa.

-Como foi na escola hoje? Já fez muitos amigos?

-Foi legal,mas eu não fiz amigos não. Tô com saudades dos meus amigos antigos.

- Eu sei querida,mas agora nossa vida será aqui então tente se acostumar.

- Eu vou tentar. E a senhora fez amigas por aqui?

-Bom eu fiz sim,a dona Amélia Barreto é muito gentil e ela quer conhecer você, ela tem um filho chamado Eduardo ele também estuda na mesma escola que você porém ele é meio estranho então não sei se vocês se dariam bem.

-Ela mora aqui por perto?

-Sim,ela é nossa vizinha e mora do outro lado da rua,seu pai é amigo do marido dela então fomos lá ontem.

-E a senhora foi lá hoje?

- Claro que não Trina,seu pai não gosta que saíamos de casa.

-Mas ele nem liga para nós, só vive ocupado com o trabalho dele.

-Ele quer apenas nosso bem filha.

-Mãe eu não quero ficar presa dentro dessa casa o dia todo,então o papai vai ter que se acostumar a não nos vê aqui o dia inteiro esperando ele terminar de trabalhar.

-Filha como esposa dele eu tenho que obedecer.

- Claro que não mãe, nós vivemos no século XXI e as mulheres podem fazer oque bem entendem. Papai está virando a cópia do vovô porém nem eu e nem você vamos ser submissas igual a vovó.

-Trina sabe que seu pai não gosta de ser desobedecido.

-Pois ele vai ter que se acostumar. Ele não nos trouxe aqui para ter uma vida nova? Eu quero ter uma vida feliz e se para isso eu tiver que desobedecer ele eu vou.

-Filha você tem razão, mas eu amo seu pai.

- Eu sei mãe,apenas vamos lá na casa da sua amiga por favor.

-Está bem vamos.

Vamos em direção da casa da dona Amélia e mamãe toca a campainha. Uma senhora muito simpática abre a porta.

-Olá em que posso ajudar?

-Vinhemos fazer uma visitinha para a Amélia. Dis mamãe.

-Podem entrar, ela está no Jardim com o filho.

Entramos na casa e vamos seguindo a senhorinha até o jardim,logo vejo uma senhora de cabelos pretos sentada em uma mesa e olho para o lado,não acredito em quem vejo o garoto que parece vampiro da sala de aula ainda está de óculos escuros então o nome dele é Eduardo.Chegamos e a dona Amélia da um sorriso enorme.

-Janete querida,que bom que veio me visitar.

- Minha filha queria sair um pouco de casa,então vim apresentar ela a você.

-Essa é sua menina,muito prazer querida.

-Prazer senhora. Digo sorrindo.

-Esse é meu filho Eduardo. Dis ela apontando o menino vampiro.

-Oi. Digo olhando pra ele.

Ele não me responde,apenas me olha de cima a baixo dá um sorriso e nossa o sorriso dele é muito lindo. Levanta e vem na minha direção, pega minha mão e puxa para mim acompanhar ele. Me despeço e vou com ele.

Subimos uma escada e ele não dis uma palavra até que chegamos perto de uma porta enorme e ele solta minha mão e abre a porta. Logo noto que é uma biblioteca, entro e olho ao redor tem tantos livros diferentes e interessantes.

-Seu nome é Katrina né. Dis Eduardo .

Olho para onde ele está, sentado no sofá vou e sento-me na poltrona á frente dele.

-Sim. Por que me trouxe para cá?

- Eu sei que gosta de ler.

-É eu gosto sim.

Ficamos em silêncio por um tempo e eu fico encarando ele.

-Por que você está me olhando assim?. Pergunta ele.

-Assim como?

- Como se tentasse me desvendar.

-Na verdade eu estou mesmo rsrs.

-Quer me perguntar alguma coisa?

-Várias coisas,posso?

-Claro,se eu tiver com vontade de responder eu responde. Dis arrogante.

-Porque você usa óculos escuro e essas roupas que fazem você parecer um vampiro?

-Você acha que eu pareço um vampiro?

-Você não respondeu minha pergunta.

- Eu gosto de usar essas roupas e assim todos ficam longe de mim por medo ou por pensarem que não sou ninguém,nenhum daqueles idiotas sabe que eu sou um Barreto se soubessem me tratariam melhor,mas prefiro que me tratem como o Tobias me trata.

-Eu não tenho medo de você,mas porque não se defende dele?

-É mesmo Katrina você não tem medo de mim? Não me defendo porque eles não merecem minha preocupação.

- Não,eu não tenho Dudu.

-Você me chamou de Dudu?

- Sim,seu nome é Eduardo então seu apelido é Dudu. E você pode me chamar de Trina.

-Por que eu chamaria você assim?

-Porque a partir de amanhã eu vou me sentar com você no refeitório todo dia.

-Tá maluca,a gente nem se conhece e você e eu não vamos nos sentar juntos amanhã.

-Vamos sim. Eu nunca tenho onde almoçar porque as mesas estão sempre ocupadas e a sua sempre tem apenas você.

-Não vamos sentar juntos. Dis arrogante.

-Isso é oque vamos vê Eduardo Barreto.

Levanto e dou um beijo na bochecha dele,saio da biblioteca e encontro minha mãe se despedido da dona Amélia.

Chegamos em casa e subo para o meu quarto, tiro minhas maquiagens das gavetas e as coloco na minha penteadeira. Agora eu vou ser uma nova Katrina Brandão e parar de ter medo e fazer oque eu quiser. Vou tentar virar amiga de Eduardo mesmo que ele queira distância,ele é o tipo de amizade que eu preciso.

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