Maísa...
Ontem foi o pior dia da minha vida, Diego voltou a noite para me ver, mas não quis falar com ninguém. Estou destruída por dentro, a vergonha de ter sido tão humilhada, parece ainda queimar meu rosto. O pior é a preocupação de ter que encontrar emprego. Foi tão difícil conseguir esse trabalho, agora terei que começar do zero, mais uma vez tenho meus sonhos frustrados, pela maldade e injustiça do mundo. Toda vez que passo por situações difíceis, tenho um pesadelo horrível, minha mãe grávida comigo em seus braços, corre por uma mata fechada, cercada de muitas árvores e mato. Em determinado momento, ela caí e vemos sangue em sua roupa, não sei mais o que acontece, pois toda vez nesse momento acordo toda suada.
Luna, foi a única que recebi aqui no meu quarto, ela passou a noite aqui, me consolando. Ela tenta ser forte, mas ontem a noite, não suportou ver meu sofrimento e choramos juntas abraçadas.
Acordo e minha pequena está ao meu lado, acariciando meus cabelos.
Luna: Bom dia, irmãzona!
Maísa: Espero mesmo que seja um bom dia, irmãzinha!
Luna: Vai ser, tenho certeza!
Maísa: Não tenho forças para levantar dessa cama e enfrentar o mundo lá fora!
Luna: Tem sim! Você não é qualquer uma, é Maísa Souza, a mulher mais forte e determinada que conheço! Não vai permitir que isso te pare!
Maísa: Tem razão! -sorri fraco. -As coisas nunca foram fáceis para nós, e isso não será nada diante do que já passamos!
Luna: Assim que se fala! Agora vou preparar o café da manhã pra gente!
Concordo, levanto, vou ao banheiro faço a minha higiene, me troco e vou para a cozinha ajudar Luna. Vejo a bolsa de Natália, em cima do sofá.
Maísa: Natália dormiu aqui, essa noite?
Luna: Não faço ideia, mas pelo visto sim, né?! Sua bolsa está aí desde que vim pra cá!
Natália entra toda feliz na cozinha.
Natália: Bom dia, meninas! Como está, Má?
Maísa: Bem melhor!
Natália: Espero que não se importe, Maísa! O chefe me ofereceu o seu lugar de gerente e não pude recusar, sabe como esse emprego vai me ajudar com meus pais!
Não vou mentir, que senti vontade de chorar, não porque senti inveja, mas porque lutei tanto para conquistar meu lugar ali dentro, e quando finalmente as coisas se ajeitam sou obrigada a abrir mão de tudo.
Luna: Como pode ser tão falsa, Natália?! Esse cargo é da minha irmã, se fosse amiga de vedade, tentaria provar a inocência dela, não aceitando o seu lugar!
Natália: Olha só Luna, não fiquei maluca ainda para dispensar um emprego tão bom! Sua irmã foi despedida, eu não!
Maísa: Por favor, Luna! Nada de discussão, a Natália tem razão, não poderia perder a oportunidade, deixa isso quieto! Tenho certeza que em breve vou encontar alguma coisa!
Natália: Não será nada fácil, amiga!
Luna: o que quer dizer com isso?
Natália: Sua irmã foi acusada de roubo, não terá mais boas referências! Ela também nem precisa, tem o Diego que pode a bancar!
Maísa: Não quero e não vou depender de Diego para nada! O dinheiro é dele não meu!
Natália: É uma boba mesmo, por isso que sofre! Diego quer casar com você, quem me dera ter um homem rico, que me amasse desse jeito!
Maísa: Pensei que estivesse namorando!
Natália: Terminamos ontem! Ele não quer me levar a sério, e não o quero pela metade!
Luna: Diego quer minha irmã só pra ele, como se fosse uma prisioneira! Não quer que ela trabalhe ou estude! Quer apenas que seja sua esposa, como se fosse um troféu... e que ela cuide dele, da casa, dos filhos! Os pais dele nem gostam dela!
Maísa: Diego sabe muito bem o que quero e se quiser permanecer comigo, tem que aceitar que não vou depender dele! Sonho sim em construir uma família, mas também quero ter uma carreira!
Ela revirou os olhos e tomou seu café em silêncio.
Logo que saiu, eu e minha irmã nos arrumamos, ela foi para o hospital e eu fui procurar trabalho.
Rodei a cidade toda a procura de trabalho, mas não consegui nada, todos pedem recomendação e quando ficam sabendo o que aconteceu, negam de imediato, principalmente nas agências de emprego.
Voltei para casa a noite, além de estar exausta, com dor nos meus pés, uma tristeza dominava o meu ser.
Logo que entrei, Diego estava sentado num dos sofás, Natália preparava o jantar, algo raro de se ver. Ele veio até mim, depositou um selinho em meus lábios pediu desculpas pelo que falou ontem e me puxou para sentar no sofá com ele.
Diego: Onde estava, amor? Te liguei o dia todo, estava preocupado!
Maísa: Procurando emprego, deixei o celular em casa!
Diego: De novo com isso, Maísa?
Maísa: Estou muito cansada para discutir, Diego! Sabe que eu sou assim e se não está satisfeito é melhor terminarmos! -disse irritada e me tranquei no meu quarto.
Toc, toc, toc... Ouço batidas na porta.
Diego: Maísa, me perdoa! Vamos conversar, por favor!
Maísa: Não estou com cabeça para nada, Diego! Vai embora, amanhã conversamos!
Ouço ele bufar, desfere um soco na parede, logo em seguida escuto a porta bater.
Vou para o banheiro, tomo um banho longo que se mistura com as lágrimas, me seco e deito na minha cama.
Luna: Má! Sou eu, abre a porta!
Totalmente sem forças, peço para que me deixe sozinha. Confesso que estou muito fraca, nem tive tempo de me alimentar hoje, e minha vontade é apenas dormir.
Pego no sono e acordo com Luna me chamando.
Maísa: Como entrou?
Luna: Chave reserva! Trouxe comida para você, pode ficar tranquila que já me certifiquei, e não está envenenada! -disse divertida.
Maísa: Você não tem jeito, irmãzinha! -sorri fraco.
Me sento na cama, enquanto como, conto-lhe como o dia foi desanimador.
Luna: Não fique assim, mana! Tenho certeza que vai dar tudo certo!
Maísa: A mensalidade da faculdade vai vencer em alguns dias, e não sei o que fazer!
Luna: Qualquer coisa, tranco ela e...
Maísa: Nem pense nisso! Agora que começou a fazer estágio, não pode parar! Vou dar um jeito!
Conversamos mais um pouco, depois me convenceu a assistir um filme com elas na sala para distrair a cabeça.
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Atualizado até capítulo 141
Comments
Elenice Martins
ela é feia ,troca a protagonista
2025-02-17
1
Josi Gomes
ESSAS SÃO AS LEMBRANÇAS, QUANDO A MÃE DELAS , ESTAVA FUGINDO DO PAI DO VALENTIM
2025-03-13
4
Mary Fronckowiak
ela é muito tontaaaaaa
2025-02-06
0