A noite com o Leandro foi realmente inesquecível, diferente de tudo o que já fiz na vida. Desde a química, os toques, os beijos, o sexo, até os carinhos e cuidados antes de pegarmos no sono, exatamente tudo o que aconteceu aqui, neste quarto, ficará presente em meus pensamentos durante muito tempo.
Acordo primeiro que ele e fico observando-o enquanto ele dorme. Leandro está deitado de costas, com o braço direito sobre o peito e o esquerdo estendido ao meu lado. Me aproximo dele e encosto a cabeça no seu ombro, sentindo o seu calor e o seu cheiro. Admiro o seu rosto sereno, os seus lábios entreabertos, os seus cílios longos, os seus cabelos bagunçados.
Por mais que eu quisesse ficar mais tempo, o furacão chamado Ricardo LeBlanc, mais conhecido como meu pai, com certeza está me esperando em casa, ansioso para saber por que não voltei ontem. Levanto a mão e acaricio o seu rosto, fazendo-o abrir os olhos devagar. Leandro me olha com um sorriso sonolento e me puxa para mais perto, beijando-me suavemente.
— Bom dia, minha Bella — ele diz com a voz rouca, e eu sorrio ao ouvi-lo me chamar assim.
— Bom dia. Sua Bella? — pergunto com curiosidade.
— Pode me chamar de convencido, mas depois dessa noite você será minha — ele afirma com confiança e me beija novamente. — Imagino que você precise ir embora, mas podemos tomar um banho e um café da manhã antes de voltarmos à realidade?
— Bem, de qualquer forma corro risco de vida apenas por ter dormido fora, então que eu esteja satisfeita e bem alimentada quando isso acontecer — brinco com ele.
Leandro sorri e me pega no colo, me levando até o banheiro. Aproveitamos cada minuto do banho, trocando carícias e beijos ardentes, e não demora para que os nossos corpos se unam em um só.
Após um bom café da manhã, nos preparamos para irmos embora. Durante o caminho até a minha casa, ele acaricia meus dedos e dá leves beijinhos neles enquanto dirige. Depois de alguns minutos ele estacionou em frente ao meu condomínio, pois não quis arriscar que o meu pai me visse sair do carro de um desconhecido.
— Eu adorei essas últimas horas, Bella — ele acaricia minha bochecha com a ponta dos dedos e me beija calmamente.
— Eu amei, daria tudo para voltar ao início.
— Infelizmente isso não consigo fazer — ele sorri e me entrega o celular — Mas se quiser, me dê o número do seu celular, e eu prometo que repetiremos tudo o que fizemos essa noite sempre que você quiser.
— Aqui — devolvo o celular para ele — Vou esperar ansiosamente pela sua mensagem.
Ele me olha com curiosidade.
— Bella, qual seus planos para as festas de fim de ano?
— Já está me convidando para passar o natal com você? — sorrio sem esconder a minha surpresa
— Depende, você aceitaria?
— Seria uma ótima ideia, mas meus pais vão viajar para a casa dos meus avós, e eu prometi ir com eles.
— Que balde de água fria — Ele faz careta — Bem, me mande a localização e eu passo lá para te dar um beijo pessoalmente.
— Os meus avós moram em Marselha — abro um sorriso amarelo ao notar seu olhar decepcionado — Mas podemos nos ver por chamada de vídeo, que tal?
— Acho que isso é melhor que não te ver, mas esteja ciente que ano que vem você passará comigo.
— Combinado! — respondo e dou um beijo nele, que retribui com intensidade — Se continuar me beijando desse jeito, vou te pedir para voltarmos para o hotel.
Ele solta uma risada e percorre o olhar malicioso pelo meu corpo.
— É uma tentação, mas não quero te causar maiores problemas. Quando viaja?
— Em dois dias.
— Então tenho tempo de te ver novamente.
— Com certeza! Agora preciso ir.
Nos despedimos e saio do carro, sentindo uma pontinha de tristeza em ter que voltar para a minha realidade, depois dessas últimas horas tão maravilhosas. Entro em casa e encontro os meus pais sentados à mesa tomando café. A fisionomia nada agradável do meu pai deixa clara a insatisfação do meu sumiço.
— Posso saber onde você estava, Isabella? — Meu pai pergunta num tom sério e aponta para uma das cadeiras.
— Bom dia, mãe! Bom dia, pai! Estava na casa da Júlia, óbvio. — respondo com ironia.
— Por que não avisou, filha? — minha mãe intercede.
— Porque decidimos em cima da hora, mãe. Afinal, o local da festa era mais perto da casa dela.
— Você disse que iria vir embora porque não se sentiu bem, e simplesmente some. — meu pai reclama.
— Preferi ir embora com a Júlia porque ela me acompanhou até lá. Nada mais justo, não acha?
— Eu não pedi que você levasse a sua amiga. Até porque o motivo pelo qual te levei para a festa foi socializar com seus novos colegas de trabalho. — Ele bufa e me encara sério. — Principalmente com o Diego, que tentou ser simpático ao se prontificar a em te ajudar, e você desfez.
— Desfiz porque ele tentou ser tudo, menos simpático, pai. O cara foi totalmente invasivo ao me segurar. E o senhor cooperou! Enfim, eu preciso subir, tomar um banho e arrumar as minhas malas. Porque nem o local onde vou comemorar o natal posso escolher.
— Não vai tomar café conosco, filha? — Minha mãe me dá um sorriso simpático ao notar o meu desconforto.
— Obrigada, mãe, mas eu tomei café com a Júlia.
Forço um sorriso quando vejo o olhar de reprovação do meu pai e saio da sala de jantar. Subo para o meu quarto e me livro do salto e do meu vestido. Sorrio ao sentir o perfume de cedro do Leandro, que ainda se faz presente nele.
Enquanto deixo a água escorrer, sinto no corpo as marcas da intensa noite passada. E um sorriso bobo se faz presente no meu rosto. Não faço ideia de quem ele seja, mas sei que conseguiu despertar em mim algo novo.
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Atualizado até capítulo 51
Comments
Edilene Sousa
gostei da confiança dele. ANO QUE VEM PASSARÁ COMIGO
2024-07-14
1
Helen Oliveira
Aposto que Leandro será concorrente da empresa do pai rsrs
2023-09-11
2
Fernanda Carvalho
Terá fotos para melhorar minha imaginação? kkkkkk
2023-07-30
2