Capitulo 05 A criança perdida

Quando saiu do bar, Natália estava feliz sentido um grande alívio no seu coração, porque não seria mais humilhada por aquela gente.

Hoje ela decidiu se demitir, porque percebeu que o dono do lugar era tão ruim quanto os outros.

Ela tinha certeza que o trabalho de hoje teve algo a ver com Jane.

"Pelo menos sai daí hoje com o meu salário, e duzentos e treze de caixinha, ufa." Natália andava para a estação e pensava.

"Snif! Snif! Snif!" Natália passava pela lateral isolada da estação, quando ouviu um choro baixo.

Ela levantou a cabeça procurando de onde vinha o som.

Claro que a sua intenção era desviar e evitar problemas.

"Buahh! Buahh!" Era a voz de uma criança e dessa vez, foi um choro alto.

Natália reparou que muitas pessoas passavam por ali, e fingiam não ver a criança assim como ela estava pensando em fazer.

Mas se repente, Natália parou de frente do local, sem desviar o olhar da criança, ela a encarou.

"Essa menininha não parece ser uma criança de rua, as suas roupas embora estejam um pouco sujas, são de boa qualidade e os sapatinhos é até de uma marca infantil famosa na TV." Natália analisava e estava pensativa, ainda sem vontade de ajudar a criança.

"Será que ela se perdeu? Ou alguém a deixou aqui?" Natália pensou nas possibilidades que podiam ter acontecido com a criança.

Ela não gostava de problemas, mas também não podia ignorar a menina que não parecia ter mais de cinco anos.

"Oi bebê! Você está perdida? Quer que eu chame o tio da polícia para achar os seus pais?" Natália se aproximou da menina, que ainda chorava e perguntou.

A menina encolheu-se com medo.

Natália fez cara feia, ela não queria assustar a criança, mas também não tinha muita paciência para adular ninguém.

"Ei garota! Levanta a bunda daí e venha comigo! Olhe ali do outro lado da rua. Está vendo bem ali na frente, tem uma base da polícia. Vamos lá procurar os seus pais." Natália respirou fundo e tentou ser paciente ao falar e mostrou para a garotinha onde estavam os policiais.

A menina que ainda chorava, levantou do chão e assentiu com a cabeça, segurando a mão de Natália para atravessar a rua com força.

"Qual o seu nome?" Natália perguntou

"Lu Yao!" A criança respondeu.

"E o nome da sua mamãe e do seu papai?" Natália continuou a perguntar.

"Peraí! A mamãe Daniela, o papai é Lu Hanchuan." A garotinha era bem esperta para a sua idade e respondeu.

"Quantos anos você tem Yaoyao?" Natália continuou a conversar com a menina.

"Tenho isso!" Respondeu à criança, mostrando quatro dedos para ela.

"O tio deve tá procurando eu também!" A menina disse de repente.

"Qual o nome do seu tio?" Natália olhava para a menina, e soube que a criança era de descendência asiática

"É Lu Tianming! O meu tio é muito forte." A menina disse, os seus olhinhos cheios de admiração, quando falou sobre o seu tio.

"Os seus parentes são da China ou do Japão?" Natália perguntou para a menina depois de ouvir os nomes dos seus parentes.

A que ela achava mais fácil era o nome de Daniela.

A criança ficou confusa e não conseguiu responder.

"Ok bebê! Chegamos! Vamos lá!"

Natália falou e puxou a menina para falar com um policial, quando percebeu que ela não sabia como responder.

"Vai que ela começa a falar das cores das bandeiras! Aí eu que não vou conseguir responder." Natália pensou.

"Com licença! Encontrei essa menina perdida, ela disse..."

Natália se aproximou e relatou tudo o que ela havia perguntado à menina, para os policiais.

"Temos que ir até a delegacia e verificar se alguém está procurando." O policial falou.

"Tudo bem! Vocês podem levá-la." Natália disse, querendo ir embora.

Ela odiava mais coisas problemáticas.

"Não! Eu não quero ir com eles." A menina chorou, se agarrando à Natália.

Natália sentiu uma dor no seu joelho ferido, assim que a garotinha abraçou a sua perna, e se segurou para não chutar a criança para longe.

Todo o seu corpo estava machucado, e ela só queria ir para casa, ela não queria problemas.

"Se eu soubesse, não teria parado!" Ela arrependeu-se de ter o coração mole, com crianças e animais.

"Eu tenho que trabalhar o meu lado perverso melhor." Ela pensou, antes de entrar no carro da polícia com a garotinha.

"Podemos passar numa lanchonete, e pegar alguma coisa para ela comer. Suponho que deve estar faminta." Natália disse ao policial.

"Tudo bem!" O policial concordou

...****************...

Na delegacia

Já passava das oito da noite, e o tempo esfriou.

Natália ainda esperava uma resposta dos policiais, com a menina que dormia agora nos seus braços.

"Jovem! Qual o seu nome mesmo?" Um policial aproximou-se, e perguntou mais uma vez.

"Natália Azevedo." Respondeu ela.

"Ok! Venha comigo." Ele a chamou.

Na sala, o delegado a olhou de cima a baixo com desdém e desconfiança.

"Você disse que encontrou a menina na estação. Que conveniente não. Uma garota como você, achar por um acaso uma criança asiática perdida do nada." O delegado falou de forma agressiva.

Natália não tinha medo e respondeu.

"Se está duvidando de mim, vá até lá e pergunte você mesmo, puxe as imagens das câmeras da rua, ou pergunte a ela, afinal esse deve ser o seu trabalho certo?. Não tenho nada a ver com isso, e sou menor de idade. Que direito o senhor tem de falar assim comigo sem provas?" Natália falou agressivamente também.

O delegado não imaginou que a pequena garota na sua frente seria tão durona.

"Não foi ela, tio! Foi a babá mau que me deixou para ficar com o namorado." A menina acordou e ouvindo a conversa dos dois, falou quem a deixou na rua.

Natália sorriu maliciosamente para o delegado.

Tipo, você ouviu isso! Hahaha."

"O seu olhar para ele estava cheio de zombaria.

O delegado pigarreou e disse. "Os pais dela devem estar chegando, aguardem mais um pouco."

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Comments

Vaninha Rosa

Vaninha Rosa

tem policiais folgados mesmo

2023-09-13

11

Ana Melo

Ana Melo

A maioria julga pela aparência

2023-08-29

1

Ver todos
Capítulos
1 Capitulo 1 Mais um dia de trabalho
2 Capitulo 2 Queda merecida
3 Capitulo 3 A greve de metrô
4 Capitulo 4 Natália pede demissão
5 Capitulo 05 A criança perdida
6 Capitulo 06 Natália perde a paciência
7 Capitulo 07 Você está por sua conta
8 Capitulo 08 Devolva as minhas coisas
9 Capitulo 09 Você é a mãe que me criou
10 Capitulo 10 Uma família harmoniosa
11 Capitulo 11 Conversas
12 Capitulo 12 Bila diz algumas palavras
13 Capitulo 13 Denunciando os pais
14 Capitulo 14 Discussões
15 Capitulo 15 Ensinando uma lição
16 Capitulo 16 O escândalo
17 Capitulo 17 Cortar laços publicamente
18 Capitulo 18 Cortando laços perante a lei
19 Capitulo 19 Um presentinho de leve
20 Capitulo 30 Quem nós ofendemos?
21 Capitulo 21 Apoio e segredo do passado.
22 Capitulo 22 O primeiro dia de trabalho
23 Capitulo 23 Um mês depois
24 Capitulo 24 O professor Elias ranzinza e barriga negra
25 Capitulo 25 Como irritar alguém até cuspir sangue
26 Capitulo 26 Como irritar alguém até cuspir sangue (2)
27 Capitulo 27 Surge problemas
28 Capitulo 28 Defendendo a nora
29 Capítulo 29 Revelando a verdade
30 Capítulo 30 Um ódio intenso
31 Capítulo 31- Arrombando a porta de alguém
32 Capítulo 32 - Assunto absurdo
33 Capítulo 33 Vida que segue certo?
34 Capítulo 34 - O dossiê agora fez sentido
35 Capítulo 35 - Preconceituosa
36 Capítulo 36 - O assalto
37 Capítulo 37 - Recusada
38 Capítulo 38 - Uma história de amor
39 Capítulo 39 - Suspeitas
40 Capítulo 40 - Mentira absurda
41 Capítulo 41 - Eu pareço uma idiota?
42 Capítulo 42 - A caixa que marca vidas
43 Capítulo 43 - Família e Amizade
44 Capítulo 44 - Demanda, conflitos e o desejo de Robson
45 Capítulo 45 - Eu conheço bem a minha garota
46 Capítulo 46 - Vontade de bater em alguém
47 Capítulo 47 - Eu ti odeio
48 Capítulo 48 - Rede de mentiras
49 Capítulo 49 - Só queria saber o porquê
50 Capítulo 50 - Alvoroço
51 Capítulo 51 - Montando o palco
52 Capítulo 52 - Vida privada exposta
53 Capítulo 53 - Chorando de alegria
54 Capítulo 54 - Fofoca
55 Capítulo 55 - Não merece ser membro da nossa família Lu
56 Capítulo 56 - Em busca de problemas
57 Capítulo 57 - Em busca de problemas (2)
58 Capítulo 58 - Ela zombou
59 Capítulo 59 - Guto e Nádia
60 Capítulo 60 - Raiva e Doçura
61 Capítulo 61 - Tia Leonor é um chefão
62 Capítulo 62 - Uma nova jogada
63 Capítulo 63 - SURPRESAAAA
64 Capítulo 64 - Pensamentos intrigantes
65 Capítulo 65 - Barrados
66 Capítulo 66 - Noiva de Rui
67 Capítulo 67 - Plano B
68 Capítulo 68 - Limpando o quintal
69 Capítulo 69 - O tempo passa rápido demais
70 Capítulo 70 - Eu me sinto enojada
71 Capítulo 71 - Problemas na empresa
72 Capítulo 72 - Realmente corajosos
73 Capítulo 73 - Rápido, eficiente e implacável
74 Capítulo 74 - Ingratidão
75 Capítulo 75 - Estado crítico
76 Capítulo 76 - Sem dinheiro
77 Capítulo 77 - Eu aceito!
78 Capítulo 78 - Do céu ao inferno
79 Capítulo 79 - Aprendendo através da dor
80 Capítulo 80 - As pessoas mudam
81 Capítulo 81 - Os velhos estão de volta
82 Capítulo 82 - Fim de ano novamente - Uma família grande e barulhenta
83 Capítulo 83 - A gente colhe o que planta
Capítulos

Atualizado até capítulo 83

1
Capitulo 1 Mais um dia de trabalho
2
Capitulo 2 Queda merecida
3
Capitulo 3 A greve de metrô
4
Capitulo 4 Natália pede demissão
5
Capitulo 05 A criança perdida
6
Capitulo 06 Natália perde a paciência
7
Capitulo 07 Você está por sua conta
8
Capitulo 08 Devolva as minhas coisas
9
Capitulo 09 Você é a mãe que me criou
10
Capitulo 10 Uma família harmoniosa
11
Capitulo 11 Conversas
12
Capitulo 12 Bila diz algumas palavras
13
Capitulo 13 Denunciando os pais
14
Capitulo 14 Discussões
15
Capitulo 15 Ensinando uma lição
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Capitulo 16 O escândalo
17
Capitulo 17 Cortar laços publicamente
18
Capitulo 18 Cortando laços perante a lei
19
Capitulo 19 Um presentinho de leve
20
Capitulo 30 Quem nós ofendemos?
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Capitulo 21 Apoio e segredo do passado.
22
Capitulo 22 O primeiro dia de trabalho
23
Capitulo 23 Um mês depois
24
Capitulo 24 O professor Elias ranzinza e barriga negra
25
Capitulo 25 Como irritar alguém até cuspir sangue
26
Capitulo 26 Como irritar alguém até cuspir sangue (2)
27
Capitulo 27 Surge problemas
28
Capitulo 28 Defendendo a nora
29
Capítulo 29 Revelando a verdade
30
Capítulo 30 Um ódio intenso
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Capítulo 31- Arrombando a porta de alguém
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33
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35
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Capítulo 40 - Mentira absurda
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