capítulo 4

Kim andava de um lado para o outro, impaciente. Desde a noite passada, ele não conseguia contato com seu pai, o que o deixava visivelmente inquieto.

Wat desceu as escadas e observou seu chefe, intrigado.

— O que deu nele? — pensou. — Senhor, aconteceu alguma coisa?

— Não se preocupe, não é nada. Ana?

— Sim, senhor?

— Sirva o café da manhã para o Wat. Fique à vontade, Wat. Preciso sair, mas voltarei em breve. Espere aqui, tudo bem?

Sem entender, Wat apenas assentiu com a cabeça enquanto começava a comer. O garoto então chamou Ana para acompanhá-lo. Após alguma insistência, ela aceitou e sentou-se.

— Ana, não é?

— Sim, senhor.

— Me chame de “você”, Ana. Posso perguntar uma coisa?

— Claro.

— O que houve com o Kim?

— Os pais dele viajaram e, ao contrário do habitual, não ligaram. Ele está preocupado.

— Eles trabalham com o quê?

— São donos de duas propriedades da empresa que o senhor Kim administra, além de uma filial em Nova York.

— E... você acha que eu sou namorado do Kim? — Wat perguntou, surpreso.

— Não por mal. É só que... o senhor Kim nunca trouxe nenhum homem para cá, e muito menos deixou que dormisse em seu quarto. Eu ia perguntar a ele sobre isso, mas como está tão preocupado, deixei passar.

Wat deu de ombros e continuou a comer.

— Ana?

— Hum?

— Obrigado por me fazer companhia. Se quiser passear um dia desses, posso te deixar meu número.

— Tudo bem. Mas agora vou me retirar, tenho tarefas a cumprir. Se precisar de algo, é só chamar.

Wat se levantou da mesa e subiu para o quarto de Kim. Ao entrar, percebeu o quanto seu chefe gostava de motos de corrida. Uma foto em especial chamou sua atenção: Kim usava um macacão vermelho com preto, segurando o capacete com uma das mãos.

O garoto sorriu, encantado.

— Se ele fosse meu, não deixaria escapar... Por Deus, Wat, o que está dizendo?

Ele pegou uma caneta e um pedaço de papel sobre a mesa e escreveu:

"Agradeço a sua gentileza. Preciso ir. Desculpe por não me despedir." — Wat

Saiu do quarto com passos leves, sem que ninguém percebesse, e pegou um táxi até o hospital.

Do lado de fora, Ayan fumava um cigarro. Ao ver Wat, acenou com um largo sorriso.

— O que faz aqui? — perguntou Wat.

— Vim fumar. Estou estressado.

— O que houve? Posso ajudar?

— Já resolvi.

— Que problema?

— Um cara chamado Alex veio me perturbar logo cedo.

— Alex? Esse nome me é familiar.

— Ele trabalha para o senhor Kim. Desde o dia em que entrei na empresa, esse cara não me dá paz.

Wat riu:

— E por que você se irrita tanto quando ele aparece? Talvez ele esteja interessado em você, Ayan. Não desperdice essa chance ou vai acabar sozinho.

— E você fala isso como se estivesse namorando alguém! Desde o ensino médio que não te vejo com ninguém.

— Não quero falar sobre isso. Vai entrar ou não?

— Ei, Gun, não mude de assunto!

— Vamos logo.

---

Kim, ao chegar em casa, foi direto ao quarto à procura de Wat. Ao encontrar o bilhete, sua expressão fechou. Ele se olhou no espelho, observando o próprio rosto machucado. Ana bateu na porta e entrou com um cobertor para trocar. Ao ver o estado do chefe, não hesitou em ligar para Wat.

— Pode sair, Ana — pediu Kim, com a voz pesada.

— Maldição! Onde estão meus pais?! — gritou ele.

O telefone tocou.

— Quem é? — perguntou, com a voz rouca.

— Não me reconhece mais, Kim? Seu amor, Lee.

— Maldito! Foi você quem sequestrou meus pais?!

Lee gargalhou.

— Queria ver se você teria coragem de vir até mim. Você tem uma hora para chegar.

Kim pegou sua arma e saiu do quarto, tomado pela raiva. Ana, ainda na sala, falava ao telefone com Wat.

— Nosso chefe está em apuros!

— O que aconteceu, Ana? Fala logo!

— Ele saiu armado, furioso. Venha rápido. E por favor, não abra a porta para ninguém!

— Estou indo!

Kim dirigia com pressa, o coração em chamas.

— Como ousa mexer com meus pais?!

Após receber a localização por mensagem, pisou fundo no acelerador.

Na floresta, Lee andava de um lado para o outro na varanda de uma casa abandonada, excitado com a ideia de rever Kim. A chuva caía sem cessar.

Quando Kim chegou, saiu do carro tomado pela fúria.

— LEE! — gritou.

— Estou aqui. Solte meus pais e resolvemos isso entre nós.

Kim entrou na cabana. Encontrou Lee sentado com as pernas cruzadas no sofá.

— Está atrasado, Kim — disse ele, olhando o relógio.

— Cadê meus pais?

— Vamos ser diretos: não estou com eles. Usei isso como desculpa para você vir. Está mais lindo do que nunca. O que me deixa furioso é que nunca me assumiu. Preferiu a empresa do papai. Por que não me amou? Por quê?!

— Porque você me traiu com o idiota do Akky. Você sabia que eu nunca perdoaria isso. Você é um mentiroso nojento! Como ousa mentir e me atrair até aqui?

— Eu te amo, Kim!

— Me esquece!

Lee tentou segurá-lo, mas Kim o socou com força no rosto.

— Não me toque nunca mais!

Kim saiu correndo, entrou no carro, as lágrimas já escorrendo. Várias chamadas perdidas de Ana. Ele retornou a ligação.

— O que foi, Ana?

— Seu pai ligou.

— O que ele disse?

— Disseram que perderam os celulares numa trilha. Foi por isso que não entraram em contato.

— E minha mãe?

— Também. Eles estão bem. Devem voltar no domingo à noite.

— Obrigado, Ana. Estou indo para casa.

— Sim, senhor.

---

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Comments

corvo

corvo

Boss tá parecendo do filme as panteras kkkkkk

2024-08-16

0

corvo

corvo

tá meio aleatório certas coisas e eu acho que esse relacionamento entre o kim e o Lee poderia ter uma base melhor sobre oq aconteceu, como se conheceram , e a aproximação de Gun e Ana foi rápida demais acho que deveria rolar mais contato e conversas pra eles ter esse tipo de intimidade , mas a intenção da história é boa e me desculpa se parece rude ou grossa com essas observações mas assim minha opinião que ninguém pediu mas quis te ajudar a melhorar nas suas futuramente, mas se vc está satisfeita com o seu trabalho ok e parabéns até pq imagino o trabalho que vc tem fazendo a história

2024-08-16

1

Cleide Almeida

Cleide Almeida

ainda bm q ñ aconteceu nada cm os pais dele 🙏

2023-08-03

3

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