Capítulo 3 - Não sou digna

Sophia 

Hoje não é o meu dia, tenho certeza, primeiro acordei atrasada, depois passei a primeira vergonha quando Kayla falou que me ouvia gemer no meu quarto o nome dele, agora ela simplesmente passou de todos os limites aceitáveis de me envergonhar, simplesmente disse na frente daquele homem, lindo e maravilhoso que eu vou sentar gostoso, mas não faria isso eu nunca fui tocada por homem nenhum e não vou sair com qualquer um.

Mais cedo quando ele evitou a minha queda segurando o meu corpo contra o dele, aquele corpo quente me fez sentir que eu estava queimando tenho certeza que ele notou o quanto me afeta, principalmente quando senti o seu membro duro encostando em meu ventre, a primeira vez que eu esbarrei nele, no primeiro dia de trabalho foi a primeira vez que me toquei depois que cheguei em casa, era como uma necessidade, nunca havia sentido isso, foi exatamente como agora eu me senti tão descontrolada que hoje já troquei a minha calcinha umas 3 vezes. Ele me deixa doida é algo que não sei explicar.

Kayla — Vai ser amanhã que você vai sentar em um homem muito gostoso — ela disse e eu maneio a cabeça em negação

Sophia — Para com isso Kayla, você sabe que não é assim, eu não posso simplesmente dormir com um desconhecido — Eu digo firme

Kayla — Mas quem disse que vai ser um desconhecido? — Vejo Kayla chegando perto da porta do vestiário e apontando para fora, foi quando vi, ele ainda estava lá fora, não se mexia, ele estava escutando a nossa conversa? 

Sophia — Ah! Você está falando dele? — Digo e vejo o exato momento em que ele estremeceu, queria que fosse por mim, mas sei que não sou ninguém para ele, eu me apaixonei pelo meu chefe e vejo as inúmeras mulheres maravilhosas que ele sai, mulheres experientes, eu sou apenas uma virgem sem graça.

Vejo ele sair e vou ao corredor vejo quando sobe as escadas pegando o seu telefone, provavelmente vai ligar para uma das mulheres que ele tem.

Kayla — Eu espero que você não esteja se menosprezando mentalmente — ela parece que lê a minha mente — Sim, eu sou a Jean Gray e sei ler Mentes — ela diz dando uma piscada, eu sorrio da sua brincadeira, ela me conhece tão bem.

Sophia — Ta bom amiga, vamos trabalhar porque daqui a pouco o restaurante vai abrir e ainda temos muitas coisas para fazer — ela sai em direção ao salão e eu fico na cozinha, no momento estou como ajudante de cozinha, mas sei que sou tão capaz de ser chefe tanto quanto, ou melhor, que o chefe atual, queria ser tão segura assim também na minha vida amorosa.

O tempo vai passando e sinto que algo vai acontecer, droga, pensei que o que aconteceu mais cedo já estava de bom tamanho, por favor Deus me ajuda, não deixa eu passar mais vergonha, principalmente na frente do meu chefe gostoso, amém. 

Faço uma pequena oração, vou até o banheiro e quando volto vejo todos reunidos na cozinha e o meu chefe olha para mim, como se a vida dele estivesse em cima de uma das mesas de preparo, só então percebo que todos estão me olhando.

Sophia - O que foi? O que aconteceu? — Eu me olho achando que estou suja, então como uma chama sinto as mãos do Mateus nos meus braços o olhar dele estava tão intenso olhava dentro dos meus olhos pedindo socorro, socorro para mim? Claro que não Sophia cai na real.

Matheus — Você vai ser a minha Sous Chef hoje!

Sophia- O. O. O quê? — gaguejei, acho que estou sonhando — Não, eu não posso Senhor.

Douglas — Pode sim, — Olhei e vi Douglas com um sorriso no rosto — Você é a única que pode, você conhece todos os pratos da cozinha melhor que até o próprio Giovanni, e sabemos que você cozinha melhor que ele — ele diz e eu forço um sorriso.

Sophia - Douglas você é o terceiro no comando, não posso fazer isso com você, eu sou só uma auxiliar- eu digo com uma certeza sobre isso

Kayla — Para de frescura e toma o lugar ao qual você pertence, todos nesse restaurante já comeram a sua comida e as reproduções dos pratos que são servidos aqui, e todos concordamos que você é a melhor para esse papel amiga — ela diz me dando coragem eu olho para Douglas que acena positivamente com a cabeça e me volto para Matheus que ainda está segurando em meus braços, o seu olhar é tão profundo ele está tão perto que consigo ver uma mancha azul em seu olho esquerdo, nunca havia reparado, mas é tão lindo, os seus braços começam a se afrouxar e eu assinto com a cabeça para ele — bem quase todos né, o chefinho foi o único que não comeu do que você faz amiga — ela diz e eu sinto meu rosto quente sei que estou vermelha.

Matheus- Quem sabe amanhã eu prove alguma coisa sua - ele diz em um sussurro em meu ouvido e sei que estou mais vermelha que um pimentão - Tudo bem pessoal vamos todos aos seus lugares - as pessoas se dispersam e ele se volta para mim - Quero ver do que você é capaz senhorita Smith - ele diz e sai em direção ao seu escritório, e só agora percebi que estava segurando o ar.

Douglas - Vai dar tudo certo Soso, não fique nervosa, apenas faça o que você sabe fazer de melhor, e estarei aqui te ajudando, é claro que vou adorar você mandando em mim - ele fala e lhe dou um tapa no braço, ele passa o dedo indicador em uma lágrima solitária que rola na minha bochecha.

Quando eu comecei a trabalhar aqui ele dava em cima de mim todos os dias mas depois acabamos nos tornando amigos, amigos de verdade tanto que eu sou sua conselheira às vezes, hoje ele sempre me diz que eu fui a paixonite que virou irmã e nunca isso tinha acontecido e realmente eu gosto dele assim como um irmão.

Matheus- Então vamos parar a conversa fiada e vamos trabalhar - nem percebi quando ele voltou, Douglas foi para a sua posição e eu também, agora na posição de Sous Chef.

A noite estava indo muito boa, até Keyla entrar e dizer que um cliente estava falando coisas que ela não entendia, parecia ser Francês. Matheus saiu para tentar descobrir o que o homem queria depois voltou para me chamar.

Cliente : Bonjour jeune demoiselle, je voulais vous féliciter, je viens ici depuis longtemps, mais aujourd'hui ce plat m'a fait repartir dans ma France adorée, vous avez des mains en or, continuez comme ça.

(olá minha jovem, eu queria te parabenizar, eu já venho aqui a bastante tempo, mas hoje esse prato me fez voltar a minha amada França, você tem mãos de ouro, continue assim)

Mateus tenta me dizer o que o cliente disse, ele até consegue mas algumas palavras não estão corretas, sim eu sou fluente em Francês.

Matheus - Você quer que eu diga alguma coisa para ele? - Eu apenas faço que não  com a cabeça e me viro ao cliente.

Sophia- Bonsoir, merci pour le compliment, et vous pouvez être sûr que je m'efforcerai toujours de m'améliorer chaque jour.

( Boa noite,  eu agradeço pelo elogio, e pode ter certeza que vou sempre me esforçar para melhorar todos os dias)

Faço uma reverência e vou saindo chego próximo a porta da cozinha muito feliz por receber um elogio de um cliente e sinto que sou puxada para uma porta mais a frente, o seu corpo colado no meu a sua respiração ofegante, os seus lábios tocando nos meus e sua língua pedindo passagem, ele gemeu em meus lábios com a minha falta de ação, só então percebi o que estava acontecendo, eu não tinha forças contra ele então apenas correspondi aquele beijo, as nossas línguas fazendo uma dança sensual ele me puxou para mais perto foi como se quisesse fundir os nossos corpos em um só, ele me colocou sobre algo que não sei o que era e apertou a minha bunda com força eu gemi em sua boca, e ele soltou um grunhido como um animal e eu estava dando adeus a minha ultima calcinha do dia, ele colocou a mão entre os botões da minha douma enfiou a mão por baixo da minha blusa, eu estava sem sutiã, a blusa era apertada na parte cima com um bojo bem fino o que me deixava feliz pois os meus seios eram grandes mas bem firmes a ponto de me permitir não usa-los, ele apertou o meu seio, os seus beijos foram descendo pelo meu pescoço eram tão urgentes, tão necessitados, então ele parou, minhas mãos estavam em meus cabelos que já estavam uma bagunça, ele já estava com seus lábios  em meu colo, ele balançou a cabeça em negação e depositou um beijo suave no ultimo lugar que seus labios percorreram, ele retirou a sua mão de dentro na minha douma começando a abotoa-la, me retirou de cima do balcão, eu não estava entendendo, ele estava tão apaixonado agora a pouco mas parou, ele não me olhou nos olhos, apenas ajeitou a minha roupa e o meu cabelo e saiu do comodo que agora reconheço como a cozinha de apoio, mas que só foi usada 2 vezes nesses 3 anos que o restaurante estava aberto.

Saí da cozinha de apoio e fui em direção a cozinha principal mas fui interceptada pela minha amiga.

Kayla — Sophy, o que houve? - ela pergunta mas eu não respondo, não porque eu não quero, mas porque eu não consigo, eu estava no céu mas agora parece que fui jogada aos leões e fui despedaçada em milhões de pedaços, ele me rejeitou, ele simplesmente me fez entender que não sou nem digna de tê-lo nem que seja uma vez- Sophia você está me deixando preocupada.

Sophia  — Vou chamar o Douglas para ir a boate amanhã com a gente - Não era isso que eu ia dizer, eu ia dizer que estava bem, que ela não precisava se preocupar, que só fiquei emocionada com o elogio do cliente, mas que merda você está fazendo Sophia? 

Kayla — Agora sim, você vai sentar a noite toda com o segundo homem mais gostoso do restaurante - ela diz, mas não era isso que eu estava pensando, não era com ele que eu queria… me perder? Sim, porque no momento estou perdida, ela sai em direção ao salão eu olho na direção que ela saiu só então percebo que ele estava na escada ouvindo, ele tem ouvido muito as minhas conversas ultimamente, ele me olha com decepção, raiva, angústia, mas eu não entendo, eu estou me sentindo decepcionada, eu estou com raiva, eu que estou angustiada, abro a porta da cozinha e entro, dando graças a Deus que o último pedido já havia sido entregue antes de tudo isso acontecer, encontro as pessoas limpando e vou ajudá-las. 

Chego em meu apartamento e a primeira coisa que faço é entrar em meu quarto e ir diretamente para meu banheiro me jogar dentro da banheira vazia eu retiro as minhas roupas e jogo de qualquer jeito no chão do banheiro, abro as torneiras e vou alternando para que a água fique numa temperatura agradável, dando graças a Deus que Kayla não veio comigo, segundo ela precisava ir na cada de outra amiga pegar uma roupa emprestada para amanhã porque não ia conseguir comprar uma roupa nova a tempo, precisava de pelo menos três dias para escolher uma roupa nas lojas.

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