No dia seguinte, Verônica acorda cedo, enjoada, e com uma dor de cabeça horrível, decide pegar seus documentos na gaveta, e uns trocados que sua mãe deixava em um vasinho para alguma emergência, iria ao pronto-socorro, no centro da cidade, depois da aula, ia conversar com sua amiga Juliana, para que qualquer coisa se não conseguisse chegar antes de sua mãe, e esta ligasse, diria que estarem fazendo trabalho, e que qualquer coisa dormiria em sua casa.
No caminho viu Caveira, a olhando de longe, ao vê-lo desviou o olhar, e apressou o passo para a escola, para, evitá-lo, apesar do mal-estar que estava sentindo, ao chegar assiste às aulas com certa dificuldade, quando toca o sinal da penúltima aula, sabia que iriam sair cedo, e se apressa a levantar:
— Verônica, vamos para minha casa, fazer o trabalho, minha mãe vai estar esperando-nos com o almoço. — diz a amiga.
Caramba, havia esquecido deste detalhe, a mãe de sua amiga, sabia que irem fazer trabalho, teria de ir almoçar lá, e quando a mãe dela saísse, para levar o irmãozinho ao médico, daria um jeito de sair, logo depois, mas precisava chegar antes da mãe desta, mas não sabe como faria, pois estava pretendendo sair da comunidade, em um ônibus para passar no médico sem que ninguém soubesse.
— Vou, sim, mas uma pergunta antes. – diz Verônica.
— Pergunte. — diz a amiga receosa, pensando que talvez Verônica possa ter descoberto seu plano.
— Que horas sua mãe sai para o médico? — pergunta Verônica.
A amiga responde, respirando aliviada:
— Ela vai nos dar o almoço, e acredito que irá sair ao meio-dia. Mas, por que pergunta?
— É que vou precisar de um favor seu, e ninguém pode saber. — diz Verônica a amiga.
— Qual é? — pergunta a amiga.
— Vou precisar sair da comunidade, para resolver um problema, e precisava que me desse cobertura.
— Ai, não sei não, Vê... — diz a amiga receosa.
— Por favor é muito importante. — diz Verônica manhosamente.
— Não é para encontrar com nenhum garoto, né? — diz a amiga, fazendo graça.
— Não, é que... Bom promete que não conta para ninguém? — Pergunta Verônica.
— Prometo. — diz a amiga.
— Tô achando que estou com alguma doença grave, e... Bem não quero preocupar minha mãe antes de saber, por isso pretendia, tentar ser atendida em um pronto-socorro fora da comunidade. — diz Verônica.
— Porque você pensa isso? — pergunta a amiga preocupada.
— É algo que não posso falar, você vai me ajudar ou não? — pergunta Verônica preocupada.
— Tá eu te cubro. — diz a amiga, pensando
Elas chegam em casa, almoçam enquanto a mãe de Juliana se veste, e arruma o menino, sua amiga manda uma mensagem via WhatsApp para Caveira, avisando que ficasse a postos, para entrar assim que ela saísse, pois Verônica queria sair antes do previsto, então tentaria deixá-la distraída para que saísse sem que Verônica percebesse, e queria que Caveira entrasse, enquanto está estivesse distraída:
Quando a mãe da amiga sai:
— Pode me arrumar uma roupa emprestada, não é bom eu ficar rodando com o uniforme. — diz Verônica.
— Claro. — as duas vão para o quarto, e a amiga seleciona uma roupa para que Verônica vestisse, tentando que está demorasse um pouco mais. — Não é melhor tomar um banho para se refrescar antes?
— Não posso perder tempo. — diz Verônica.
— Vou deixá-la aqui para se trocar. — diz Juliana.
Verônica tira o uniforme, e enquanto estava se trocando sua amiga sai e Caveira já a estava esperando na porta:
— Ela está no quarto. — diz a menina.
— Ótimo, assim não terá para onde correr. — diz Caveira.
Ele entra e se dirige ao quarto, bate na porta, e recebe a resposta:
— Entra, já acabei de me trocar. — diz Verônica.
Ele entra, Verônica se vira, e ao vê-lo fica estática e pálida:
— Precisamos conversar Verônica. — diz Caveira com o semblante sério e preocupado.
— Não tenho nada, para falar com você. — diz Verônica, rispidamente fazendo menção de sair.
Só que Caveira lhe bloqueia o caminho com o corpo, terminando de entrar no quarto e o trancando:
— O que você pretende? — diz Verônica, tentando se mostrar firme, mas estava com medo de Caveira, ele estava parecendo assustador.
— Disse que precisamos conversar, e não irá sair enquanto não o fizermos — insiste Caveira, sério.
— E eu disse que não quero... E vou gritar se não me deixar sair — responde ela nervosa.
— Verônica, não grite por favor. Só preciso saber... você está bem? — pergunta Caveira, tentando parecer calmo, apesar da preocupação.
— Não, não estou bem… Mas não quero falar com você, a duas semanas que estou tendo pesadelos e não consigo dormir direito, desde da noite do julgamento... tudo por sua culpa... não consigo tirar da cabeça a cena daquela noite — grita ela furiosa.
— Dá para não gritar? Vim de boa falar com você, me desculpa por essa noite, não foi minha intenção... só queria que se sentisse segura, e visse que ninguém sairia impune se mexesse com você... E que poderia contar comigo, queria que visse que quem te feriu estava morto. — diz Caveira.
Nesse momento, ela põe a mão na boca, passando mal.
— O que você está sentindo? Tá tudo bem? — diz Caveira se aproximando e pondo a mão no ombro dela.
— Sai de perto de mim seu monstro… — diz Verônica tentando empurrá-lo para longe sem sucesso.
— Pô mina, quero teu bem, vou te levar para o hospital. — diz Caveira
— Não preciso de sua ajuda, me deixa, em paz, não quero te ver mais — diz ela tentando levantar as mãos para empurrá-lo para longe, nervosa.
— Olha aqui estou tentando ajudá-la — diz Caveira a empurrando para cima da cama, e se colocando por cima dela, para imobilizá-la, e segurando-a pelos pulsos, para que parasse, de brigar com ele.
Nesse momento, olha para os olhos dela, sente seu coração disparar, e algo nele pulsando, fica paralisado pelo que estava sentindo, mas ela o estava olhando de volta, com ódio. Então não resiste e a beija, introduzindo sua língua na boca dela, e sente um gosto tão doce, que o estava deixa doido.
Verônica de início retribui o beijo, pois mesmo estando com ódio dele pelo acontecido, ainda sentia algo mais e estava com o coração a mil, mas ao perceber o que estava rolando morde o mais forte que pode o lábio inferior dele, que se afasta imediatamente, mas sem sair de cima dela:
— Aí, menina, precisa fazer isso? — diz Caveira soltando uma das, mão dela, e levando a boca, onde ela o havia mordido e lhe feito um corte com o dente.
— Você me beijou a força. — grita Verônica, furiosa.
— Certo eu mereci, mas vim para dizer, que você precisa ir ao médico, pois vejo que não está bem, e eu posso levá-la. — diz Caveira, olhando para ela ali deitada.
— Não preciso, de você já disse... — diz Verônica, com raiva.
— Menina, você quer que sua mãe saiba? Pensa, se sair comigo, ninguém irá abrir o bico para fofocar, pois nenhuma das garotas que sai comigo, é falada no bairro… Posso te levar onde você quiser, apesar de já imaginar o que está acontecendo, e te trazer antes que sua mãe possa perceber que saiu da comunidade.
Ela o olha em silêncio por um segundo, e decide aceitar:
— Está bem, mas você jura mesmo que não irá dizer nada para ninguém? — pergunta Verônica, com a raiva diminuindo.
— Se fosse dizer algo, não ia oferecer ajuda. — diz Caveira, saindo de cima dela.
Ela se levanta e endireita sua roupa, Caveira destranca a porta e sai seguido por ela, os dois saem da casa em direção a um beco onde ele havia deixado o último carro que havia descolado, ela segue o caminho todo em silêncio.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 57
Comments
Jossileide cardeal
bom como ela se diz tão amiga da outra já era pra ela ter contado o segredo sobre a gravidez
e ao caveira tmbm que tanto ajuda ela
2023-07-22
4