Era uma vez, em um reino antigo dominado por um imperador chamado Fu Xi, que reinava com sabedoria e justiça. Embora fosse amado por seu povo, Fu Xi era um homem solitário. A maior parte de seu tempo era dedicada a estudar e cuidar dos assuntos do reino, deixando pouco tempo para se dedicar a sua vida pessoal.
Certo dia, enquanto caminhava às margens do Rio Amarelo, Fu Xi viu uma figura magnífica emergir das águas. Surpreso, o imperador observou o dragão vermelho se erguer majestosamente e bater suas grandes asas. Fu Xi ficou impressionado com a beleza do dragão e decidiu seguir sua trilha.
O dragão levou Fu Xi por uma trilha menos percorrida, até um lugar profundo e escondido no coração das montanhas. Lá, coberta por videiras e flores, havia uma caverna enorme. O imperador ficou espantado quando viu o dragão desaparecer dentro da caverna, mas sua curiosidade o levou a segui-lo.
Dentro da caverna, Fu Xi viu tesouros inestimáveis e artefatos maravilhosos que o dragão guardava com carinho. O dragão se apresentou a Fu Xi, explicando-lhe que ele era uma divindade, e que sua função principal era a de zelar pela prosperidade do reino e pela abundância de chuvas.
O dragão convidou Fu Xi para sentar-se e ofereceu-lhe comida e bebida. Fascinado pela criatura mística, Fu Xi ficou a conversar com o dragão durante dias, aprendendo sobre sua sabedoria ancestral e observando sua imensa habilidade em controle e equilíbrio. Com o passar do tempo, uma amizade surgiu entre Fu Xi e o dragão vermelho.
Como os dias passavam, Fu Xi sentia cada vez mais a falta do dragão. Sentia-se atraído por sua beleza e sabedoria, e pensava nele constantemente, mesmo quando estava longe de suas terras.
Um dia, o dragão surpreendeu Fu Xi ao contar-lhe que amava profundamente o imperador. O imperador ficou chocado, pois não havia pensado nessa possibilidade até esse momento. No entanto, assim como o dragão, Fu Xi encontrou-se cada vez mais atraído pelo encanto da criatura.
O imperador sabia que qualquer relação entre uma divindade e um humano era estritamente proibida, mas ele não conseguia ignorar seus sentimentos pelo dragão. Com o passar do tempo, os dois se tornaram inseparáveis, passando horas a fio a se abraçar e a trocar juras de amor.
Entretanto, essa felicidade não duraria para sempre. O conselheiro do imperador, uma figura invejosa e ambiciosa, descobriu sobre a relação entre Fu Xi e o dragão vermelho. Usando isso como uma oportunidade para conquistar o poder, o conselheiro lançou uma série de acusações contra o imperador, o acusando de trair o reino e quebrar as leis sagradas que governavam a terra.
Os seguidores do conselheiro começaram a espalhar boatos e intriga contra Fu Xi, e logo toda a terra estava ciente das relações proibidas do imperador. O conselheiro aproveitou a reação do povo para fazer um golpe de estado e tomar o controle do reino.
Enquanto o imperador Fu Xi era exilado nas montanhas, o dragão vermelho ficou preso em sua caverna, incapaz de intervir ou ajudar o amante. Passando anos a fio sofrendo com a solidão e a saudade, Fu Xi esperava por um sinal do dragão. Mas, afinal de contas, a divindade não podia interferir nos assuntos dos mortais.
Anos se passaram, e nenhuma notícia chegou ao imperador. Ainda assim, ele esperou e, finalmente, um dia, o dragão apareceu novamente, emergindo das águas do Rio Amarelo.
A criatura disse ao Imperador que, embora não pudesse mais interferir em sua vida, seus sentimentos ainda eram tão fortes quanto no dia em que se conheceram. Mas, essa vez, foi o Imperador que olhou para o dragão e disse-lhe que seu amor era inabalável, inquebrantável, e que, mesmo que tivessem estado separados por anos, nunca havia deixado de tê-lo em seus pensamentos.
E assim, o dragão e o imperador compartilharam um momento de amor e devoção intensa, antes que a criatura desaparecesse novamente nas águas do rio. Fu Xi sabia que jamais voltaria a ver seu amado dragão, mas carregava-o consigo em sua mente e coração pelo resto de seus dias.
Assim, a lenda de Amor Proibido do Imperador e do Dragão Vermelho Chinês persistiu através do tempo e se tornou uma lenda para o povo chinês, um símbolo de amor, sacrifício e devoção para todas as almas corajosas que decidem seguir seus próprios caminhos, independentemente das consequências.
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Atualizado até capítulo 24
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