Capítulo 4°

...O Sequestro...

Andei por toda a boate desesperada.

Lucy não estava mais ali. E não havia qualquer vestígio de para onde poderia ter ido. Ou melhor, ter sido levada.

Peguei meu celular e disquei o número de Jack.

O mesmo atendeu no segundo toque.

— Alô, Kate? Não me diga que quer voltar a delegacia. Está de folga. — diz ao me atender.

— Levaram a Lucy. Eles a levaram Jack. Eu não sei para onde. Estou na boate Beat Nigth. Já a procurei para todos os lados e não a encontro. — falo desesperada.

— Calma. Por favor se acalme. O que está dizendo? E o que diabos está fazendo em uma boate noturna? Você odeia isso. — me pergunta.

— Saímos juntas. E ela desapareceu. Eles a levaram preciso de ajuda. — respondo.

— Ela pode ter ido ao banheiro Kate, ou saído com um cara. — tenta me acalmar.

— Não. Isso não aconteceu. Um homem me abordou a poucos minutos, disse várias coisas. E no final ela sumiu. Foi uma distração. — conto a ele.

— Tudo bem. Aguente, estou indo. — me responde e desligamos.

Olho ao meu redor.

Não sabia o que fazer, muito menos como agir.

Lucy era a minha responsabilidade e se algo acontecesse com ela eu não saberia como lidaria com aquilo.

Passei as mãos sobre meu rosto.

E quando me virei para ir embora acabei esbarrando em um homem de estatura mediana mas com físico perfeito.

Seus cabelos eram de um preto intenso e algumas mechas caiam sobre seu rosto.

Seu olhar encontrou o meu e então eu me lembrei dele. Não conseguiria esquece-lo mesmo se quisesse, pois o mesmo fez parte de um momento decisivo em minha vida.

— Você. — sussurrei.

Seu olhar continuou fixo ao meu.

— Sabe quem eu sou? — me pergunta sem acreditar.

Ele também se lembrava de mim.

— Sim. — respondo.

Parecia que o tempo havia congelado naquele momento.

Ele estava vivo. Havia sobrevivido ao acidente. E parecia não haver cicatrizes alguma em seu rosto.

— Vai ficar tudo bem... — sussurrou para mim.

As mesmas palavras que eu havia dito a ele enquanto segurava sua mão a cinco anos atrás, quando esperava o socorro depois do acidente.

Eu queria poder dizer muito mais a ele naquele momento.

Dizer que estava feliz por vê-lo vivo e bem. Mas o sumiço de Lucy era mais importante.

Pois tinha medo que algo de ruim acontecesse a ela.

Então me afastei do mesmo correndo para a saída o deixando sozinho na pista de dança.

Quando sai porta a fora avistei o carro de Jack.

Corri até ele.

— Jack. — disse ao me aproximar.

— Kate o que aconteceu? — me pergunta.

— Precisamos ir para a delegacia e rastrear o celular de Lucy. Precisamos encontrá-la. Eu te conto tudo no caminho. — respondo.

Ele assente e entramos em seu carro.

— Disse que um homem abordou você. Quem era esse? — me pergunta enquanto dirigia.

— Eu não sei. Nunca o tinha visto em toda a minha vida. Mas ele sabia quem eu era. Me chamou de detetive. — respondo.

Jack me olha.

— Algum caso mal resolvido? — indaga.

— Somos detetives Jack. Todos nós temos casos mal resolvidos. Mas eu me lembraria dele se tivesse algum. Sabe que eu nunca me esqueço de um rosto. — digo nervosa.

— Ok, se acalme. E me diga, o que ele disse exatamente? — menciona.

Me recordo das suas palavras.

— Ele disse que eu não o conhecia. Mas que iria conhecer. Disse também que eu salvei uma vida que não deveria ter sido salva, por estar em um lugar que não deveria estar. — começo a contar.

— E depois? — questiona.

— Eu o confrontei. Em seguida disse para jogarmos um jogo. — respondo.

— Como assim um jogo?

— Disse que como eu salvei uma pessoa estando no lugar errado na hora errada, que eu tinha 48 horas para fazer o mesmo e salvar Lucy. — digo.

— São pistas. De onde ela está. — Jack diz.

E estava certo.

Para salvar Lucy eu precisava me lembrar do que aquele homem estava falando.

Se eu me lembrasse de quem, eu recordaria o lugar e encontraria Lucy e a salvaria.

Mas a pergunta era: Quem eu salvei que deveria estar morto?

Chegamos a delegacia e fomos direto para a sala do capitão.

Não batemos a porta, pois eu estava desesperada e o tempo estava contra nós.

— Capitão, precisamos de liberação para usarmos os rastreadores. — Jack diz ao mesmo chamando sua atenção.

Ele nos olhou surpreso.

— Mas o que diabos está fazendo aqui, Kate? — me questiona.

— Acredite em mim, eu não estaria aqui se não precisasse. — o respondo. — Lucy foi sequestrada enquanto estávamos na Beat Night. Eles a levaram e eu tenho apenas 48 horas para salva-lá. — completo.

O capitão me olhava sem entender.

— Como assim sequestrada? Aquela garota que mora com você? Já cogitaram que ela pode ter ido ao banheiro ou ter encontrado um namoradinho e saído da boate? — questionou.

— Sim, eu poderia ter cogitado isso se um psicopata maluco não tivesse me abordado no meio da pista de dança, e ter me dito que eu não deveria estar ali e que salvei uma pessoa que deveria estar morta. Em seguida eu o confronto e ele me propõe um jogo e minha melhor amiga desaparece. Acha isso muita coincidência? — digo desesperada.

O capitão então se cala durante alguns minutos.

Seu olhar muda com o que eu havia dito. Era como se ele soubesse de alguma coisa.

— Façam o que for necessário. Mas espero que isso seja apenas um mal-entendido. Me informem a cada passo que derem. — nos pede.

Assentimos e caminhamos para a saída de sua sala.

Fomos direto para o esquadrão de rastreamento. Passei o número de Lucy para o rastrearem, mas o mesmo estava fora de rota e sem sinal.

— Desligaram o celular dela, ou jogaram fora. Vão ter que agir como a moda antiga. Juntar as pistas e tentar driblar o tempo. Minha sugestão é que recrie os passos da sua amiga. — Matt diz quando tenta mais uma vez rastrear o celular de Lucy e não obtém sucesso.

— Vamos voltar a boate e acessar as câmeras de segurança. — falo.

Aquele deveria ser o primeiro passo, haviam câmeras naquele lugar, algumas delas deveriam ter pegado o cara misterioso e quem quer que tenha levado Lucy.

— Certo, vou conseguir a ordem. — Jack menciona se afastando de mim.

— Vou me trocar. — digo.

Matt me olhava.

— Sei que não é hora nem momento, mas deveria se arrumar mais vezes Kate. Fica bem de vestido. — acaba dizendo.

O encaro.

— Tem razão, não é o momento. — respondo e saio de perto dele.

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