Arthur, Rafael e Lucas.

Arthur ficou chocado com a mudança de aparência de Eva, ele só acreditou que era a mesma pessoa porque foi sua mãe quem falou que ela estava muito bonita.

Isabela olhou para Eva e foi desamor à primeira vista, ela mal conseguiu disfarçar. Ela mediu Eva de cima a baixo enquanto ouvia Marieta falar.

(Isabela)_ Prazer. Afilhada não é?

(Eva)_ Prazer. Sim, ela é minha madrinha. - Sem perceber o olhar de ciúmes de Isabela.

(Arthur)_ Você ficou realmente bonita. Está muito elegante.

(Eva)_ Obrigada.

(Isabela)_ O que eu perdi? - Encarando o noivo.

(Arthur)_ O corte de cabelo, elas saíram cedo para cortar os cabelos.

(Isabela)_ Ah! Entendi. - Com um sorriso amarelo.

(Marieta)_ Querem se sentar conosco? - Olhando para os dois em pé.

(Arthur)_ Não, obrigado mãe, vocês já pediram então almoçamos juntos na próxima vez.

Então os dois se sentaram em uma mesa a uma distância não muito próxima. Arthur ficou de frente para mesa de sua mãe, enquanto Isabela ficou de costas sem visão nenhuma.

Arthur não sabe porque, mas Eva lhe prendeu a atenção, a todo momento ele olhava para mesa adiante até que elas se levantaram e saíram.

(Isabela)_ Agora você vai olhar para mim ao invés de ficar cuidando da outra mesa? - Aborrecida.

(Arthur)_ Sim. minha mãe saiu. Eu fico preocupado com ela. Ela veio só com o motorista. Já falei para não andar sem o segurança.

(Isabela)_ A sua... o que mesmo que a moça é sua? Ela cuida da sua mãe.

(Arthur)_ Ela não é nada minha, é afilhada minha mãe.

(Isabela)_ Quantos anos tem essa mocinha?

(Arthur)_ Acho que dezenove. Acho que foi isso que minha mãe disse.

(Isabela)_ Parece menos, achei que fosse uns dezesseis. Parece uma criança.

Os dois terminaram o almoço e depois ela ficou no shopping e ele voltou trabalhar. Ela aproveitou para mudar o visual, cortou o cabelo e fez luzes.

Ela fez algumas compras e voltou para casa, enquanto Arthur teve algumas reuniões de negócios. Ao fim da tarde seus assistentes se reuniram com ele para fechar algumas questões profissionais.

(Arthur)_ Rafael, você conseguiu baixar o preço de produção? O cliente fez uma grande encomenda e quer um desconto.

(Rafael)_ Consegui baixar um pouco, mas não o tanto que me pediu. Cheguei a cinco por cento. Para dar dez, teríamos que tirar cinco da margem de lucro. - Insatisfeito.

(Arthur)_ Nesse caso não Lucas você consegue diminuir o custo com transporte? - Chamando Lucas para a conversa.

(Lucas)_ Posso tentar. Vou ver o tamanho da encomenda e qual transporte seria mais adequado. Tempo de viagem, pessoal ...Então lhe dou um retorno.

(Arthur)_ Agora vamos falar da rede de hotéis. Quem fala primeiro?

(Lucas)_ Eu. Devemos aproveitar a baixa temporada para executar algumas reformas. Pintura, rejunte de azulejo, troca de sanitários, troca de móveis e uma geral nas cozinhas.

(Arthur)_Ok. Temos orçamento? - Fazendo anotações.

(Lucas)_ Sim, fui montando um fundo mensalmente exatamente para isso. Se você autorizar, posso contratar uma equipe hoje mesmo

(Arthur)_ Sim, pode dar início. - Cansado

(Rafael)_ Mais algum assunto? Preciso ir buscar o seu sócio da concessionária de veículos, ele chega daqui a pouco no aeroporto.

(Arthur)_ Você combinou de buscá-lo? Pede a um motorista para ir. Preciso de vocês dois para me ajudar a pensar.

(Rafael)_ Ok, já mandei mensagem para o motorista. - Guardando o celular no bolso.

(Arthur)_Escutem. Estou com uma moça na minha casa. Ela tem dezenove anos e é afilhada da minha mãe. Minha mãe quer que eu dê um emprego para ela, que ensine uma profissão e tal...

(Lucas)_ Qual o problema? A gente vê o que ela sabe fazer e arruma uma vaga.

(Arthur)_ Não é tão simples. Ela nunca trabalhou fora. Morava numa cidade pequena, é tímida

(Lucas)_ Pronto, eu caso com ela Preciso de uma mulher assim. Ela é bonita?

(Arthur)_ É sério. Não estou brincando.

(Lucas)_ Nem eu. Quero casar, ter filhos, já vou fazer quarenta esse ano.

(Arthur)_ Não vou deixar vocês de safadeza com a afilhada da minha mãe - Bravo.

(Lucas)_ Eu falei me casar e não safadeza. Mas é bonita ou não

(Arthur)_ Sim, muito bonita. Se parece um pouco com Isabela, com um toque mais selvagem.

(Rafael)_ Bom se o Lucas não quiser eu quero. Também estou passando da idade de casar.

(Arthur)_ Já estão se aposentando da vida das baladas? Eu não penso em aposentadoria tão cedo. - Rindo.

(Lucas)_ Então vamos para onde? Vamos beber? - Arrumando papéis em uma pasta.

(Arthur)_ Hoje não posso. Minha noiva está em São Paulo. Vou ter que ficar com ela

(Rafael)_ Ontem você levou ela em casa e ainda teve energia para a festinha mais tarde?

(Arthur)_ Sim. Passei a madrugada com uma mulher que não me deixou dormir nada. Hoje preciso dormir, vou ficar com a Isabela

(Lucas)_ Vai ficar com ela só para dormir? - Rindo

(Arthur)_ Sim. Vou dormir com ela.

(Rafael)_ Como se chama a moça? Estou curioso para conhecê-la.

(Arthur)_ Eva. - Olhando feio para o amigo.

(Lucas)_ Eva e o paraíso. - Provocando Arthur.

(Arthur)_ Já está abusando.

(Lucas)_ Estou precisando de uma secretária A minha vai entrar de licença maternidade Podia mandar ela já ir trabalhar para aprender e depois quando a minha sair ela fica.

(Arthur)_ Não. Quero ela longe de vocês dois. Ela é uma garota inocente.

Os dois riram da cara de Arthur. Ele acabou por rir também. Os três saíram juntos e foram para casa de Arthur. Foram para a sala de estar e ficaram bebendo uísque.

Os três conversavam sobre assuntos variados quando Eva entrou na sala e disse:

(Eva)_ Senhor Arthur, a madrinha pediu para perguntar se seus amigos ficam para jantar? Ela já vai mandar servir o jantar.

(Arthur)_ Sim. Eles ficam

(Eva)_ Com licença - Saindo

(Lucas)_ Me apaixonei. Que doce

(Rafael)_ Minha mãe quer uma nora assim.

(Arthur)_ Parem com isso. Ela é muito nova para qualquer um de nós. Não quero que a perturbem.

O jantar foi servido e Eva se sentou ao lado da madrinha, evitando olhar para o lado de Arthur e seus amigos.

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