Segunda consta que a infância de Adella foi feliz até um ponto em questão.
Enquanto passeava com os irmãos pelas plantações de oliveiras, eles a ensinando como tirar a oliva do pé sem a machucar, em êxtase pela sua liberdade recém-adquirida ela cantava com alegria.
Juan já era um moço, considerado um homem pela família, é o que se chama bom-moço. Ele não bebe, não fuma e não causa brigas, como muitos jovens da sua idade. Criado numa família com bons princípios, o mais velho dos quatro irmãos, aprendeu desde cedo a temer a Deus e ao braço pesado de seu pai. Não desrespeita aos mais velhos, não gasta mais do que ganha, não anda descalço e não come sem lavar as mãos. Alto, forte e de sorriso largo, Juan é justo e honesto, e mesmo com seus atributos físicos, sabe que é bonito, mas não faz mau uso disso. Como bom-moço que é, tem namorada exclusiva com quem pretende se casar e a quem é fiel, Juan sonha um dia formar sua família sem ambições.
Porém, a felicidade reinou pouco, e quando digo pouco foi mais para Adella que ainda era pequena, pelo menos até os seis anos de idade de Adella, até a sua mãe engravidar novamente do seu sexto filho, após perder dois, o quarto e o quinto, engravidou de novo do sexto. Não muito justo... Porém, desta ela manteve um repouso absoluto em casa.
E neste ano 1925, quando Adella já está para completar seus seis aninhos de idade. Sua mãe começou a dar à luz. Adella ficou contente porque acreditou que seu presente seria um irmão. Mas como na gravidez da filha mais nova. Maria estava tendo dificuldades nesse parto. E ela não estava conseguindo fazer forças até desmaiar. As parteiras se preocuparam e chamaram o patrão e pediu que ele decidisse se iria querer a criança, porque teriam que cortar a barriga dela para tirar o bebê ou os dois morreriam.
Adella mesmo sendo muito pequena escutou o que a mulher disse e virou ao seu irmão mais velho Juan.
"Vamos perder nosso irmãozinho?!" Juan já tinha doze anos.
Antônio, o irmão do meio, era já considerado um rapazinho, com seus oito anos de idade, estudava e trabalhava com o pai e o irmão nas horas vagas.
Mas o medo de Juan não era perder o irmão, era perder a querida doce mãe.
" Não sei Adella!" Ele falou com a voz embargada pelo choro. Adella segurou em suas pernas o abraçando e o irmão Antônio fez o mesmo se juntando a eles.
Javier vendo a cena se comoveu, mesmo que doesse no fundo de sua alma, o dever era salvar a criança. Ele poderia ir chamar um novo médico, com carro novo que tinha comprado, porém não daria tempo de chegar na cidade, demoraria demais e o filho também morreria. Então a decisão foi tomada e a criança nasceria.
Maria até que aguentou muito mesmo desmaiada. As parteiras tradicionais daquele local, fizeram de tudo para salvá-la, mas Maria perdeu muito sangue e acabou falecendo. E uma das alegrias da casa se foi.
O velório no dia seguinte foi triste e penoso para todos os moradores daquela fazenda Santmartin, mais doloroso ainda para a pobre criança que acabara de nascer e não conheceu a mãe. Diego esse seria seu nome.
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Atualizado até capítulo 84
Comments
LadySillver34
pobre criança 😔
2023-04-04
1
LadySillver34
Ah! eu discordo,
pra me a mãe é mais necessário nesse caso que eles já tinham outros filhos...
é algo, bem doloroso, uma 3scolha😭😟
2023-04-04
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LadySillver34
Javier é nome francês né?
2023-04-03
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