Capítulo 4

Barcelona, Espanha

Alerrandro Matiné acordou com uma forte dor de cabeça. Depois de um banho rápido, seguiu para a cozinha, onde encontrou Maria. Ela era sua empregada, mas ele a considerava parte da família.

"Alerrandro, meu menino, já acordou? Então, venha aqui tomar café da manhã," Maria Eduarda o convidou.

"Tem o que de bom hoje, Maria? Eu já estava com saudade da sua comida. E pode tirar esses dias de férias. Vou fazer uma viagem e não sei quando volto," ele avisou, tomando um assento à mesa.

"Está bom," ela disse, com a resignação de quem já o conhecia bem. "E nem vou perguntar para onde você vai, porque você nunca fala."

Assim que Alerrandro terminou o café, seu celular tocou. Era Felipe Santana.

"Ei, Alerrandro, está acontecendo alguma coisa no seu território. Os homens que estavam cuidando do lado Sul não responderam minha mensagem," Felipe relatou.

"Entendi. Então, manda um grupo verificar o que está acontecendo e me encontrar na empresa. Estou indo para lá agora," Alerrandro ordenou.

Tempos difíceis estão por vir. Ele refletiu, a preocupação com a queda de seu império ressurgindo. O derramamento de sangue não vai parar. Tenho que ter certeza de que ninguém vai derrubar meu império.

Na empresa:

Felipe e Vinícius já estavam reunidos quando Alerrandro entrou na sala.

"Já falei com o Alerrandro, ele está vindo para cá agora mesmo," Felipe dizia ao irmão de seu chefe.

"Então, o que você ia dizer mesmo?" Vinícius perguntou. "Deve ser importante, já que você nunca me chama."

Na mesma hora, Alerrandro cruzou o umbral da sala.

"Bom, já estão todos aqui," ele anunciou. "Vou avisar que vou fazer uma viagem para o Brasil. O desgraçado que ferrou nosso pai está lá."

"Como assim, mano? Vou com você!" Vinícius se levantou. "O Felipe pode tomar conta de tudo enquanto nós não estivermos aqui. E também, quem vai assegurar que você não passe do limite? Eu vou."

"Então, Alerrandro," Felipe interveio. "Eu vou preparar o jatinho particular e vou falar com alguém de confiança no Brasil para ajeitar a estadia de vocês lá."

"Não esperava menos de você, Felipe," Alerrandro afirmou. "Então, vamos, Vinícius. Quanto mais rápido possível chegarmos lá, mais rápido poderei fazer esse cara me devolver o que é meu."

Alerrandro e Vinícius seguiram de carro para o aeroporto de Barcelona para embarcarem no jatinho particular.

Dentro do jatinho, a aeromoça informou: "Senhores, o tempo de viagem é de 10 horas e 50 minutos de Barcelona até São Paulo."

A vingança de Alerrandro estava a caminho.

Brasil, São Paulo

Luana Rodrigues acordou cedo. Sua amiga ainda estava dormindo. Após cuidar de suas necessidades, ela foi para a cozinha, onde encontrou seus pais.

"Como dormiu, minha menina? Tenho um presente para você," Júlio Rodrigues a saudou, com um sorriso. "Graças às suas ideias de decoração, a festa está ficando muito bonita."

"Bom dia, pai! O senhor sabe que sempre pode contar comigo," Luana respondeu, sorrindo.

"Filha, seu pai deixou seu presente lá na garagem," Fernanda Rodrigues, a mãe, a informou.

"Não é o que estou pensando, é? Ah, meu Deus!" Luana exclamou, correndo em direção à garagem, a expectativa a dominando.

Ao chegar, ela viu o presente. Seu pai, que a havia seguido, a abraçou.

"Sua mãe falou que você queria um carro, mas quando eu vi a moto, eu não pensei duas vezes. Então, eu comprei," Júlio explicou.

"Obrigado, pai! Amei o presente! Vou dar uma volta agora mesmo," Luana disse, radiante.

Nesse momento, Alissa Albuquerque apareceu na garagem, e as duas amigas, animadas, saíram para estrear a nova moto.

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