Já são nove da manhã quando o despertador insiste em acordar-me.
Valério: Já vou, já vou!
Levanto-me e jogo o despertador para na gaveta.
O meu celular começa a tocar, penso se ele está trabalhando com o despertador para me arrancar dos meus sonhos mais deliciosos.
Caminho de toalha até o sofá onde meu celular está olhando para tela, vejo a foto de Vitor me ligando.
Atendo a ligação.
Valério: Fala!
Vitor: Sai pra fora, vim te buscar.
Valério: De novo com esse papo de querer me levar pro trabalho?
Vitor: Te devo essa, se lembra?
Vitor se refere ao dia em que salvei ele te levar uma dura de seu pai por está com substâncias que deixaria o sr. Xavier enlouquecido.
Valério: Já to descendo.
Me arrumo rapidamente, o banho pode esperar eu retornar, nem estou cheirando mal e tomei banho ontem, durante a noite.
Chego em frente ao carro de Vitor. Um carro que deixa qualquer com inveja.
Bato no vidro, e Vitor destrava a porta.
Valério: E ai?
Vitor: Oi, vamos?
Valério: Tenho outro remédio?
Vitor: Seu trabalho nao é tao ruim assim
Valério: Não, não é, mas você sabe que eu queria tá fazendo outra coisa.
Vitor: O que? Ficar deitado o dia todo dormindo e sonhando os seus sonhos com o nosso antigo professor?
Valério: Não tá errado.
Vitor: O que viu nele em?
Valério: Vi muita coisa.
Vitor: Falo além daquilo que ele tem nas calças.
Valério: Ah, ele é um gato.
Vitor: Precisa casar, arrumar alguém que lhe tire esse homem da cabeça.
Valério: Você?
Vitor: Que? Do que tá falando?
Vitor chega na loja da minha mãe
Valério: Não, só que você não aceitou bem que eu não aceitei o seu beijo no nosso baile.
Vitor: Isso é passado.
Valério: Então você não me quer mais?
Vitor: Sai do meu carro!
Valério: Tchau.
Saio do carro de Vitor e entro na loja, a minha mãe está parada na minha frente com os braços cruzados
Elena: Você está atrasado, Valério. De novo.
Valério: Desculpa?
Elena: Porque você não se esforça? Você já tem 31 anos meu filho, precisa tomar um rumo na sua vida. Eu e o seu pai não somos eternos, quando a gente não estiver mais, o que será de você meu filho?
Valério: Isso vai demorar pra acontecer mãe.
Elena: Mas você vai esperar mesmo acontecer pra tomar uma atitude m
Valério: Mãe, eu já te ajudo com a loja, a senhora não reconhece isso?
Elena: Reconheço, mas eu quero que você seja mais responsável. Arrumar alguém que te ame e que te cuide.
Valério: Não, tô de boa.
Elena: Ta de boa? Acorda Valério, e arruma alguém para se casar. Você precisa disso.
Valério: Estão cansados de mim?
Elena: Não é isso
Um cliente passa pela a porta, impedindo a minha mãe de me continuar enchendo com esse assunto
Elena: Depois conversamos
Valério: Tanto faz
Vou arrumar as roupas dos ferros.
E enquanto faço isso, eu penso no que Vitor me disse e me sinto em um golpe, pois seria coincidência ou combinado entre ele e minha mãe, nao seria possivel os dois querem falar do mesmo assunto e ainda no mesmo dia, que grande chatice.
Terminando de arrumar algumas roupas, eu olho para a minha mãe no caixa, ainda com o mesmo cliente que não pude perceber antes, mas é Arthur.
O que ele veio fazer aqui? Ele odeia roupas baratas.
Penso em me aproximar, mas prefiro esperar ele sair da loja, e assim seguir ele pela a calçada.
Fico de olho e demora apenas alguns segundos para que Arthur saia com a sua sacola.
Na calçada.
Valério: Ei!
Arthur se vira
Arthur: Valério!
Valério: O que faz aqui?
Arthur: Então é verdade que você trabalha aqui?
Valério: Sou filho da dona.
Arthur: Bem que você parece com ela.
Valério: Veio atrás de mim?
Arthur: Sim, me encontra nesse endereço hoje a noite?
Arthur me entrega um cartão.
Valério: Ok!
Arthur: Até lá então
Arthur me olha com um olhar de bobo.
Valério: Até lá!
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Atualizado até capítulo 130
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