capítulo 4

Giovanni estava se encaminhando para o escritório de Mauro que a governanta lhe indicou quando uma mocinha linda saiu aos prantos do escritório dele e trombou com ele e ele teve que firmar seu corpo pela sua cinturinha fina para que ela não caísse no chão e agora ela estava ali mais branca do que já era lhe olhando com aqueles olhos verdes lindos que refletiam tristeza e medo ao mesmo tempo, e toda trêmula em seus braços.

____Por favor me solte!pediu Aurora baixinho respirando com dificuldades pelo medo que sentia devido ao trauma que ela sofreu a 3 anos atrás.

____Tudo bem. Eu vou soltá-la, mas antes me diga porque está com esse rostinho lindo tão triste? Perguntou ele olhando em seus olhos verdes mergulhando seus olhos castanhos claros neles.

____Eu não vou lhe dizer nada! Me solte! Disse ela em um ataque estérico se debatendo nos braços dele para que a soltasse e depois batendo em seus ombros fortes.

____Xiii! Calma, eu vou soltá-la. Disse ele a soltando aos poucos porque ela parecia ponto de desmaiar. Aurora assim que ele a libertou e a olhou para seu rosto confuso sem entender o motivo por ela está tão aflita. Mas ela não disse nada, apenas correu escada acima sem olhar para trás. Giovanni ficou olhando aquela jovem linda subir a escada e pensou que algo grave deveria ter acontecido para ela está daquela forma e ele embora não fosse um homem dado a sentimentalismo desejou sinceramente que ela ficasse bem, por outro lado, ele pensou que podia ser alguma crise de adolescência ou uma birra de menina rica e mimada porque o pai lhe negou algo, mas o que mais lhe deixou intrigado foi ela ficar trêmula em seus braços e o medo, medo não, pavor que vou em seus olhos que, por sinal eram lindos e inocentes. Ele parou de pensar em tudo aquilo e seguiu para o escritório de Mauro. Bateu na porta e ouviu a voz dele lhe dizendo para entrar.

__D'Angelo é um prazer recebê-lo. Disse Mauro com toda aquela simpatia que ele sabia que era forçada porque se ele não fosse quem era e ele não precisasse de seu dinheiro nem o receberia em sua casa.

___Por favor, sente-se, eu estava ansioso para sua chegada. Está é a minha esposa Inês. Disse ele apresentando sua esposa, uma mulher bonita de pele morena, alta e elegante, aparentando ter uns 45 anos e tão cheia de joias que parecia uma árvore-de-natal com tantos enfeites. Ela lhe cumprimentou com um sorriso também muito forçado e ele se sentou na cadeira em frente a Mauro.

__Quero me desculpar, sei que me atrasei, mas o trânsito como sempre estava caótico. Disse Giovanni escondendo que perdeu a hora porque a noite passada bebeu demais da conta, mas fazia isso apenas por cordialidade por que ele sabia podia demorar o tempo que quisesse que ele o receberia da mesma forma, pois via nele a sua tábua de salvação para lhe livrar da falência.

___A minha filha, sua futura noiva, já chegou logo cedo e ela está ansiosa por conhecê-lo. Tenho certeza que vai gostar dela, a Aurora além de ser linda é uma moça doce e muito bem-educada. Disse Mauro como se tivesse vendendo a filha para ele, o que o tornava patético e fazia Giovanni enxergar o caráter baixo que ele tinha capaz de praticamente vender a filha para esse livrar da falência. ___Por falar em sua filha, eu não sabia que tinha além dela uma filha adolescente. Comentou Giovanni casualmente.

___Mas eu tenho apenas uma filha e ela tem 17 anos, mas já tem um corpo de mulher, ela não tem nada de adolescente. Disse Mauro estranhando o que ele disse.

___Então quer dizer que a filha que eu descobri que você tem é aquela menina que passou correndo por mim aos prantos na sala agora a pouco. Mas que piada de mau gosto é essa? Perguntou Giovanni, agora muito irritado e se sentindo enganado.

___Sim, deve ter sido ela. Mas a Aurora como eu falei não é nenhuma criança, ela é jovem eu sei, mas não tem nada de menina, qualquer um da para ver isso, fora que ela também é muito madura e sensata para sua idade. Disse Mauro e agora Giovanni via nos seus olhos castanhos gananciosos o medo de que ele desistisse do acordo que fizeram.

___Mesmo que pareça uma mulher, ela estava tão aflita que esbarrou em mim e quase caiu no chão e eu nem reparei nisso, apenas na sua aflição e tristeza, o que deixa claro que ela não quer se casar comigo e eu entendo o motivo ela ainda é uma adolescente com muitas coisas para viver e curtir não vai querer se amarrar a um casamento com um homem 15 anos mais velho que ela deve ter até um namorado esperando por ela em algum lugar. Disse Giovanni calmamente mais muito chateado por esperar que sua noiva fosse uma mulher com pelo menos uns 26 anos e encontrar uma menina de 17.

___Eu posso lhe garantir senhor D'Angelo que a minha filha não tem namorado nem nunca teve, ela vivia em um colégio de freiras e inclusive queria se tornar uma até que falamos da proposta do senhor e ela desistiu vindo para cá imediatamente firmar o compromisso com o senhor. Disse Inês com. Um sorriso de falsa gentileza, mas também temendo que Giovanni voltasse atrás.

___Sabe o que eu penso que vocês estão forçando a pobre garota a desistir do que ela quer para se casar comigo e salvar a pele de vocês para continuar levando a vida de luxo que levam, agora entendo porque ela estava chorando daquele jeito. Pois eu não vou cometer a mesma crueldade que vocês com ela, o nosso acordo está desfeito, se a moça não quer eu não quero ser o culpado por estragar seus planos e impedir que ela seja o que quer ser. Passar bem. Disse Giovanni levantando muito zangado e com nojo daqueles dois gananciosos movidos a dinheiro querendo sacrificar a felicidade da filha para não decretar falência e perder a vida luxuosa que tinham.

____Senhor D'Angelo não é nada disso, espere eu… Disse Mauro saindo logo em seguida atrás de Giovanni que não lhe deu a mínima atenção e saiu da casa indo até a sua limousine e mandando o motorista dar a partida e pegar a estrada até a metalúrgica onde ele iria resolver alguns assuntos e procurar outra mulher de boa família que queira se casar com ele, não uma menina que ainda por cima quer se tornar freira e definitivamente não servia para ser sua esposa porque em matéria de sexo o que menos ele queria era uma santinha em sua cama porque com certeza ele iria corrompê-la com as coisas pecaminosas que gostava de fazer na cama colocando todo seu lado dominador para fora.

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