Felipe Narrando
Saímos da sala do diretor, e vi Gilda carregando Colin para o quarto. Peguei o elevador, e cheguei no quarto da paciente Gertrudes, a mulher ainda permanecia deitada mas com os olhos abertos
- como foi o descanso senhora Gertrudes ?, vamos para a próxima etapa da sua rotina - falei ajudando ela a se levantar
Olhei na prancheta e a próxima coisa da lista era levar a mulher para receber massagem. Coloquei os chinelos nela, e sentei ela na cadeira de rodas, entrei no elevador e apertei o botão do sétimo andar, quando as portas se abriram, dei de cara com um corredor extremamente diferente dos que eu já estava acostumado.
Alguns enfermeiros já havia me falado sobre as maravilhas do sétimo andar, mas como eu nunca tive um paciente, nunca frequentei esse andar, pelo menos até agora. Parei uma mulher que me encarou
- onde que fica o setor de massagens ?- perguntei encarando ela, que apenas apontou para uma porta
Me aproximei da porta e dei algumas batidas, e logo e aberta por uma mulher
- eu vim deixar a senhora Gertrudes na massagem
- ok, pode deixa-la comigo. Daqui a trinta minutos volte para buscá-la - falou ela fechando a porta
Peguei o elevador novamente e apertei o botão do segundo andar, estava curioso para saber como estava indo os cuidados de Gilda com Colin.
As portas se abriram e eu segui até o quarto vinte e dois, ao entrar percebo que Colin estava no banho, me aproximei da porta, e me surpreendi com o que ouvi
- até que você não tem um corpinho ruim, vai ser perfeito para mim passar o meu tempo- falou Gilda dando uma leve gargalhada
Sai do quarto, eu não conseguia acreditar no que tinha acabado de escutar. Segui até a sala do diretor e acabei entrando sem bater
- o que deseja senhor Felipe ?- perguntou ele me encarando com a cara fechada
- senhor diretor, por favor, me deixe ser enfermeiro particular do paciente novo - falei quase implorando
- por que quer tanto isso ?
- não sei, algo nele me chamou atenção- falei pensando
- senhor Felipe, como eu já disse, você vai continuar no posto em que eu te coloquei desde o começo- falou ele me encarando
Sai da sala totalmente impaciente, e foi nesse momento que eu tive uma grande ideia. Em todos os quartos tem câmeras, e eu imaginei que pudesse existir alguma escondida nos banheiros ou coisa parecida.
Subi de escada, pois a sala das câmera ficava no andar seguinte, entrei na porta com o número trinta, caminhei um pouco e logo dei de cara com vários monitores
- bom dia Francis, você pode me ajudar com algumas coisas ?- perguntei chamando a atenção do homem que estava bem focado no monitores
- bom dia doutor Felipe, em que posso te ajudar ?
- eu sei que em todos os quartos tem câmeras, será que nos banheiros não tem nenhuma, escondida ou coisa parecida
- bom, então, eu já falei para o diretor colocar uma câmera escondida nos banheiros, mas ele fala que é a privacidade dos pacientes. Mas por que quer saber disso, presenciou algum ato fora do comum ?- perguntou ele tombando a cabeça de lado
- não
- se você tiver visto algo parecido. Procure gravar com outros meios, por que se for apresentar para o diretor, vai precisar de provas concretas - falou ele sorrindo
- muito obrigado Francis, até logo - falei saindo da sala
Já tinha dado o horário de buscar a paciente Gertrudes, peguei o elevador e logo estava no sétimo andar, e logo dei algumas batidas na porta.
A mulher da massagem me entregou a paciente. Olhei na prancheta atrás de sua cadeira, e não tinha nenhuma rotina até as cinco da tarde, então levei a paciente para a sala no terceiro andar, lá também estava Colin, ele estava sentado no sofá olhando para a janela.
Me aproximei dele e me sentei em um pufe que tinha ao lado do sofá.
- oi Colin, como você se sente ?, eu sou o doutor Felipe, é um prazer te conhecer- falei sem obter respostas
O homem olhou para mim, e ficou me encarando. Colin tinha os cabelos ruivos, algumas sardas no rosto, e uma boca extremamente rosinha
- não se preocupe, eu vou conseguir tirar você dos cuidados da Gilda - assim que falei ele me deu um sorriso
Isso raramente acontecia com pacientes que estavam sedados, eu achei estranho, mas resolvi ignorar. Nesse momento Gilda aparece
- o que está fazendo aí ?- perguntou ele colocando a mão na cintura
- estou apenas conversando com o paciente novo - falei me levantando
- se me de licença, o senhor Colin precisa comer alguma coisa agora - falou ela ajudando o homem a se levantar e saindo dali de onde estavam
Andei pelo corredor, e em um dos quartos estavam um monte de enfermeiros, provavelmente estavam acalmando um paciente agitado. Sabia disso por conta dos gritos, vindo tanto dos enfermeiros quanto do paciente.
Desci as escadas, e entrei em minha sala. Passei o resto da manhã organizando o resto dos papeis. Quando estava quase perto do meu almoço, o telefone em minha mesa toca novamente, peguei o mesmo e levei até o ouvido.
Telefone ☎️
- senhor Felipe, antes que vá para seu almoço, não se esqueça de alimentar a paciente Gertrudes
- mas a enfermeira chefe que alimenta ela - falei franzindo o cenho
- a enfermeira chefe faz isso quando não tem ninguém aos cuidados dela. E hoje ela está por sua conta e risco, então não discuta comigo, vá alimentar a paciente
- como quiser senhor diretor- falei revirando os olhos
☎️ Telefone
Sai da minha sala, e subi de escada mesmo para o terceiro andar, chegando lá, em uma mesa tinham algumas marmitas com comida, peguei uma delas e me aproximei da paciente Gertrudes. Procurei Colin por ali, mas não estava, acho que a Gilda preferiu dar comida para ele no quarto.
- esta na hora do seu almoço senhora Gertrudes- falei dando um meio sorriso
Me sentei em um pufe que tinha na frente dele, e aos poucos fui dando o purê de batata que tinha na marmita. Bom, as marmitas do hospital eram constituídas de duas coisas, algumas vezes eram purê de batata com carne moída, e outras vezes era macarrão com algum tipo de frango, cozido ou frito.
Após alguns minutos terminei toda a marmita, limpei a boca da paciente com um guardanapo que havia pegado.
- agora eu vou me alimentar, mais tarde eu volto para continuarmos com a sua rotina senhora Gertrudes- falei me levantando
Joguei a marmita vazia no lixo, e segui para fora do hospital. Há alguns quilômetros dali tinha um restaurante, e era nele que eu sempre fazia minhas refeições.
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Atualizado até capítulo 50
Comments
caroline souza
Misericórdia a louca já estava acordada. Nem um sossega leão botou a criatura para dormir mais tempo
2025-04-08
0
Sofi ♥️
Agora a coisa estranhou, por que diabos, Deus é mais,ele sorriu já que o sedativo faz um treco que é bem difícil de acontecer e vocês entenderam,como?
2024-08-22
2
Santos 💗
😳🤢🤢🤮🤮🤮😡😡 mulher nojenta
2024-05-08
6