5 Tristeza, Tudo errado

Grazi não consegue se controlar, as lágrimas incessantes, a dor profunda em seu peito, ela quer gritar mas não tem forças, a única coisa que tanto quer é ver seu amado pai, desesperada ela sai correndo, pega um táxi e minutos depois chega ao hospital.

Ao chegar ela é levada até a sala onde sua mãe segura a mão do marido em profunda tristeza, Miguel está tão quieto imóvel e Grazi sente o coração congelar no mesmo instante, ela se aproxima devagar e então vê o pai abrir os olhos.

— Te amo mi hija... — Miguel se erguendo com esforço e beija a testa da filha.

— Mi papá, te amo. — Grazi o abraça e sente os braços do pai cair pesado.

Grazi se ergue olhando para a mãe que está com os olhos marejados, os médicos entram e confirmam que agora seu pai foi a óbito. Nesse momento as duas se abraçam em prantos e Grazi se joga sobre o pai chorando e gritando por ele como uma criança. Teresa não consegue nem mesmo consolar a sua filha, a dor é tão grande e como ia dar a notícia, sua pequena menina não merecia tanto sofrimento, as lágrimas são o único alívio diante de tanta dor.

As horas seguintes não foram as mais fáceis, Teresa cuida de toda a papelada, Grazi corre atrás do que é preciso para velarem seu pai, seu grande herói, ela tenta falar com Bel mas sem sucesso, pelo jeito está sozinha de novo sem amiga, numa profunda tristeza ela escolhe alguns itens e marca o horario do enterro, sua mãe escolhe a roupa e ambas levam para a funerária, sem famílias e muitos amigos, o velório é curto, apenas alguns vizinhos e Carmem aparecem.

— Meus sentimentos menina — Carmem a abraça e Grazi chora.

Teresa tenta ser forte pela filha, seu coração se parte em pedacinhos ao ver sua pequena tão desolada, não podem adiar mais, é hora do enterro, conforme o caixão descia as duas em prantos chamam por Miguel.

— Papá, mi papá — Grazi falta gritar.

— Mi amor, te amo — Teresa fala mais baixo.

A cena de cortar o coração, vendo a dor e o sofrimento no olhar das duas, os poucos ali presentes se comovem e as abraçam, dá para perceber o amor da pequena família, o cuidado que tinham um com o outro e agora as duas perdiam seu maior alicerce, mãe e filha só tem uma a outra para acalentar o coração doloroso pela partida repentina do grande amor e pai.

O enterro termina e mãe e filha continuam algumas horas ali chorando sobre o túmulo abraçadas, ninguém se atreve a tirá-las pois entendem que precisam viver esse momento, quando enfim as duas se levantam Carmem as leva para casa. Ao chegar Teresa muito cansada vai tomar um banho e dormir, Grazi fica em seu quarto pensativa, agora sem o pai ela precisa ser forte e cuidar da mãe, decidida ela vai até o quarto e seu coração se aquece vendo a mãe tão serena dormindo, ela beija o rosto da mãe e sai do quarto, depois poderiam conversar melhor, na sala Grazi pega um quadro da família e deita no sofá, adormece abraçada ao pequeno retrato.

Longe dali Luigi está mais relaxado, já faz uns dias que sai com a Isabel e ele percebeu que a moça gosta mesmo do seu amigo e os dois são bem parecidos em alguns gostos, já que seu pai parou de enxer o saco e Isabel colabora bem para isso, hora de ajudar ela a conquistar seu amigo, ele está distraído quando seu telefone toca, é seu pai.

— Filho temos uma festa hoje.

— Mas pa....

— Sem discussão, aquela menina não vai ser sua namorada mesmo. — Seu pai fala e ele se assusta.

— Do que está falando pai?

— Não importa, esteja aqui as 17h.

Luigi desliga furioso e manda mensagens para Isabel mas a moça não responde, ele liga e dá caixa postal, quando parecia bem tudo dá errado, o que mais iria acontecer, perdido em pensamentos ele não percebe Juan entrar.

— Terra chamando Luigi, acorda cara.

— Vai começar toda a tortura de novo. — Luigi fala e Juan entende.

— Nem me lembre, não aguento mais ir em festas ou encontros, mas acho que encontrei uma garota diferente, o problema é que essas sempre somem. — Juan zomba e eles riem.

— Isso é verdade, ia te falar de uma moça, mas ela parece ter desaparecido. — Luigi fala e Juan fica curioso.

— Quem ela é?

— Uma das fujonas, pelo que ela me disse.

— Uma pena, mas e você não viu nenhuma interessante ainda? — Juan fala mas recebe uma mensagem. — Essa não.

— O que foi Juan?

— Meu pai me intimou para um jantar em casa.

— Boa sorte amigo. — Luigi fala e riem.

Luigi continua estudando e Juan vai embora, um tempo se passa e ele recebe uma ligação da mãe pedindo para vê-la. Luigi se arruma e vai para casa. Ao chegar sua mãe o abraça.

 — Meu filho eu tive que te chamar, seu pai está nervoso. — Angela fala aflita.

— Vou falar co ele mamma. Fique calma — Luigi beija a testa da mãe e vai para o escritório.

Assim que seu pai o vê suspira aliviado.

— Ainda bem que você veio. — António fala nervoso e pelo semblante Luigi vê que é sério.

— O que está acontecendo pai?

— Alguém está me roubando, aliás é a empresa nova que você irá presidir.

Luigi fica tenso, seu pai lhe entrega uns papéis e ele senta para analisar, depois revisa uns e-mails e levanta furioso.

— Como aquele infeliz pôde fazer isso? — Luigi fala e seu pai não entende — Você colocou o Javier para trabalhar na empresa?

— Sim, o pai dele pediu um emprego.

— Ele está desviando dinheiro para uma outra conta que deve ser dele mesmo, pode deixar que eu cuido disso, já que você me quer na direção eu assumo a partir de agora. — Luigi está sério e seu pai olha orgulhoso.

— Ótimo, faça o que quiser, e agora vamos falar dos seus encontros, até agora não vi tanto interesse da sua parte, o que aconteceu com aquela moça?

— Não sei pai, e para falar a verdade estou me cansando disso.

— Então procure melhor onde você está acostumado, você precisa se casar meu filho. — António fala sério e Luigi não discute.

— Ok Sr Martin, posso ir?

— Vai se arrumar, temos uma festa. — António ordena.

Luigi suspira e apenas sobe para o seu quarto, sabe que não adianta discutir e ainda tem o problema da empresa que agora é dono, CEO, presidente, não importa, apenas tinha que tirar seu primo de lá e tomar a frente do negócio. Depois de tomar um banho relaxante ele se veste como manda o figurino e desce, sua mãe vem em sua direção.

— Boa sorte meu filho.

— Obrigado mamma, vou precisar mesmo, será uma longa noite. — Luigi sorri beijando sua testa.

A festa mal começa e Luigi já não aguenta e agora nem Juan pode lhe fazer companhia, mais uma bela moça se aproxima e ele educadamente a leva para dançar. As garotas faltam fazer fila para dançar com Luigi, além de ter beleza também tinha muita riqueza e ali os pais estão procurando fortunas para se aliar. Algumas horas se passam e já entendiado Luigi chama o pai.

— Estou indo embora, fiz o que você queria pai, mas eu estudo cedo. — Luigi fala sério.

— Ok filho, mas amanhã você tem um encontro. — António fala e se despedem.

Luigi chega no seu quarto do alojamento e se joga na cama, nem percebe que Juan não está, o cansaço é tanto que adormece.

O dia começa e Luigi percebe a ausência do amigo, ele se arruma e vai para a primeira aula do dia.

Longe dali Grazi acorda e vai ver a mãe, Teresa ainda dormia profundamente, ela entende pois sua mãe passou todos os dias com o pai no hospital, Grazi se aproxima e beija o rosto da mãe, vai para a cozinha e prepara o café da manhã, como está de luto não vai para a faculdade, minutos depois sua mãe aparece e a abraça.

Teresa observa a filha na cozinha, olha na sala e sente o vazio imenso que a falta de seu marido faz, ela precisa ser forte pela filha, mas não está sendo fácil lidar com essa dor profunda em seu peito.

— Mamãe vamos comer, a senhora parece tão fraca. — Grazi olha procupada.

— Estou bem, é só o cansaço e a falta do seu pai. — Teresa força um sorriso e as duas sentam para comer.

Elas desfrutam da refeição em silêncio e depois saem, ainda tinham algumas pendências para resolver sobre a morte de Miguel, papéis para assinar, e em cada lugar que iam ambas se esforçam para ser fortes uma pela outra, não se permitiam chorar e aguentam firmes, voltam para casa já no fim do dia, Teresa prepara uma sopinha e jantam em silêncio, Grazi arruma tudo e vão para seus quartos.

A porta se fecha e Grazi deita na cama em prantos, usa o travesseiro para abafar o som e chora desconsoladamente, o dia foi uma completa tortura, cada vez que sua mãe tinha que assinar algo ou falar do marido ela segurava sua mão e sentia o esforço que fazia para não chorar, Grazi promete a si mesma ser forte por sua mãe e não permitir que uma lágrima sequer caia na frente de Teresa e assim ela conseguiu o dia todo, mas agora ali na solidão do seu quarto já não aguenta mais, de tanto chorar ela adormece.

No quarto ao lado Teresa deita e lágrimas silênciosas banham seu rosto, como ela conseguiu o dia todo ser tão forte não sabe, mas sua filha precisa da mãe, o lado da cama vazio e frio a faz lembrar no abraço aconchegante de seu marido e mais lágrimas rolam, seu coração está em pedaços, ficar sem seu grande e único amor assim de repente, Teresa ouve o choro abafado e desesperado da filha e sente uma profunda dor em seu peito, ela levanta e vai até o quarto de sua amada filha que já dorme, o travesseiro molhado e ela beija sua testa.

— Lo siento mi hija, te amo. — Teresa sussurra e sente as mãos macias de Grazi em seu rosto.

— Mamá te amo. — Grazi abre os olhos sonolenta e abraça a mãe.

Os dias passam e a dor da perda é profunda, as noites são de choros e lágrimas, sem ter mais ninguém as duas se consolam, por vezes dormem abraçadas, Grazi ainda está de férias mas já retornou as aulas, não ter Bel para conversar também é difícil, nem notícias tinha mais, ser humilhada dia após dia e cada vez as garotas ficam piores, tudo o que ela quer é que as provas finais cheguem e venha a tão sonhada formatura, embora nem ânimo para isso tenha mais, ela sabe que o seu pai se orgulharia muito.

Luigi está andando pelo campus, os últimos dias ele tentou encontrar Isabel sem sucesso, ninguém dizia nada exceto que ela andava com uma garota humilde mas não dizem o nome da garota e ele acaba desistindo, seu amigo Juan não fica mais no alojamento, os pais o obrigam a casar para assumir a empresa da família, e por falar em empresa não foi nada fácil lidar com o primo Javier e assumir de vez a direção da A. MORELLI, agora tem uma empresa para reerguer, os encontros e festas cada vez mais entendiantes, ele até conheceu uma garota que parecia ser diferente porém ela foi vista com outro e ele já descartou.

Ao chegar nos corredores ele nota um grupo de garotas zoarem alguém, como está longe não consegue ver e ao se aproximar o grupo se espalha e não vê nada mais, ele vai para a sala de aula, logo terminaria mais uma faculdade e como decidiu ia visitar seus avós na Itália, se conseguisse adiar essa ideia de casamento quem sabe longe do pai pudesse conhecer alguém sem arranjos. Depois de uma longa manhã de provas enfim ele vai para a empresa, seu tempo dividido entre estudos, trabalho e ainda longas horas para encontrar uma esposa, graças ao seu pai se sente tão cansado que nem mesmo consegue manter a rotina de exercícios.

Luigi analisa relatórios e e-mails, faz algumas ligações importantes, depois de duas reuniões ele enfim vai embora, mas como sempre tinha outro encontro às cegas então vai para casa se arruma e seu pai o acompanha até o restaurante. Mais um jantar entendiante, dessa vez era a filha de um mafioso, super mimada, pelo jeito não tinha noção do que era uma máfia de fato, quando o relógio marca 21h ele educadamente pede a conta e leva a moça até onde o pai está.

— Gracias Luigi, foi maravilhoso — A moça fala e ele apenas sorri.

— Preciso ir agora pai, tenha uma boa noite — Luigi sai rapidamente e entra num táxi.

Chegando no alojamento ele sobe para o quarto, Juan está estudando e ele estranha.

— Oi Luigi, mais um encontro? — Juan percebe o amigo tenso.

— Sim, e você o que faz aqui?

— Estava te esperando, vim conversar, meu casamento está marcado. — Juan fala rápido e Luigi senta desacreditado.

— Conta isso direito Juan.

— Não tive mais escolha, não a conheço muito bem mas parece ser uma boa moça, ela também está terminando a faculdade, depois do casamento e formatura vamos para o Brasil. — Juan levanta tenso.

— Quanta informação, casamento, França, mas por que Brasil?

— Meu pai tem negócios lá em expansão. Agora imagina casar com uma desconhecida e mudar de país.

— Seu pai ta pior que o meu, e a esposa está de acordo com tudo?

— Ela é de opinião mas quanto a isso não se opõe, exigiu que eu seja fiel e ajude na nossa nova vida. — Juan passa a mão na cabeça.

— Meu amigo eu só posso desejar boa sorte e que seja feliz, tente viver bem e construir um bom casamento.

— Eu tentei fazer um acordo mas ela recusou, disse que seremos bons um para o outro basta nos esforçarmos e vamos ser felizes juntos, cheguei a conclusão de que ela tem muito do que quero em uma esposa e vou me dedicar ao nosso casamento.

— Faça isso, vocês podem se amar, procure conhecê-la e saber os gostos. — Luigi vai dá vários conselhos para Juan e logo se despedem.

— Foi bom falar com você Luigi, até mais. — Juan fecha a porta e Luigi se joga na cama.

Luigi percebe que os conselhos que deu ao amigo servem para ele mesmo, precisa tentar enxergar mais em sua volta, nas colegas de faculdade e poderia encontrar alguém de boaíndole e bom coração, quem sabe se apaixonar como seus pais e avós, sorrindo ele vira pro lado e adormece.

Do outro lado da cidade, Grazi está preparando o jantar, sua mãe anda tão fraca e quieta, vive deitada e por vezes Grazi a pega abraçada ao travesseiro olhando a foto do marido, era de cortar o coração, e mesmo que quisesse fazer algo ela não tem sequer uma ideia de como animar a mãe, pois por dentro se sente devastada ao vê-la assim, a casa parecia sempre triste, como se nada mais as alegrasse, uma lágrima rola e Grazi enxuga, termina de cozinhar e faz um pratinho para a mãe.

Ao chegar no quarto Grazi sente o coração em pedaços ao ver a mãe desolada alisar o retrato de Miguel, ela se aproxima e com calma faz a mãe sentar e comer um pouco.

— Mamá, por favor come mais, está tão fraquinha.

— Me desculpa filha, eu não consigo mais ser forte, eu queria ser melhor para você. — Teresa fala com a voz embargada.

— Você é a melhor mãe do mundo e eu te amo, não fique mal por isso, eu também estou sofrendo pelo papai, ele faz falta, mas vamos conseguir mamá. — Grazi segura firme a mão da mãe.

— Venha dormir comigo, quero cuidar um pouco de você minha pequena. — Teresa sorri carinhosamente e Grazi beija sua testa.

— Não precisa nem pedir mamá, vou só arrumar tudo e já volto. — Grazi sai mais alegre ao ver que a mãe comeu tudo.

Teresa sorri ao ver que a filha é mais forte e está lidando com a morte do pai melhor do que esperava, ao contrário dela que resiste a cada dia e já não sente mais vontade de viver, está suportando por Grazi, sua filha é o bem mais precioso que tem no mundo, como ela e o marido sonharam em ver a filha se formando, casando e sendo uma mulher feliz.

Grazi organiza tudo toma um banho e vai até o quarto da mãe, deita ao lado de Teresa que a puxa para seu colo.

— Venha minha pequena, a mamá vai cantar e te fazer ninar. — Teresa fala carinhosa e Grazi se aconchega no colo da mãe.

Teresa canta uma canção de ninar que fez para a filha quando pequena, lágrimas silenciosas vão rolando e as duas emocionadas cantam juntas, ao terminar se abraçam.

— Te amo mamá.

— Te amo hija, que Deus te abençoe e seja muito feliz. — Teresa beija a testa da filha e as duas deitam abraçadas.

Grazi sente o coração aquecer, pela primeira vez desde que seu pai se foi ela está feliz, uma nova fase da vida inicia e faria de tudo para ver sua mãe sempre sorrir, seria as duas contra o mundo.

O dia amanhece e Grazi olha para o lado da cama vazio, ela se assusta mas logo vê a mãe entrar sorrindo.

— Minha filha vá se arrumar, o café está quase pronto. — Teresa avisa e sai.

Grazi levanta sorridente, toma um banho se troca e encontra a mãe na cozinha. As duas desfrutam de uma deliciosa e alegre refeição e ela vai para a universidade.

Teresa sorri ao ver a filha mais alegre, ela prepara tudo para terem um dia como seu amado Miguel gostava, muitas histórias, risos e alegria.

Na universidade Grazi mais uma vez é humilhada mas não se importa, hoje ninguém ia estragar seu dia, depois de tanta tristeza ver sua mãe sorrir e terem um café da manhã como seu amado pai gostava, ela se sente cheia de energia, entra na sala de aula e sente falta de Bel, manda uma mensagem e senta ao ouvir o professor entrar. Mais uma longa manhã de testes e provas e enfim hora de ir para casa, ela sai correndo e pega um táxi, queria levar a mãe no parque.

Grazi chega em casa e sente o cheirinho da comida, entra sorrindo na cozinha e abraça a mãe, as duas almoçam e logo Teresa começa a fazer o que planejou, assistem vídeos da família, se emocionam, choram, ela conta histórias e as duas se abraçam felizes, a vida continua, Grazi então leva a mãe para passear. No parque as duas caminham, brincam com algumas crianças, comem pipoca, algodão doce e voltam ao anoitecer.

— Mamá o dia foi perfeito, te amo. — Grazi a abraça e Teresa sorri.

— Te amo muito minha pequena, você é nosso maior tesouro, nunca esqueça do quanto eu e seu pai te amamos, e somos orgulhosos da filha maravilhosa que você é, que todos os seus sonhos possam se realizar e encontre um amor tão belo e puro como o nosso. — Teresa beija a testa da filha.

Grazi olha emocionada, nesse momento sente o coração aquecer e ao mesmo tempo gelar pela falta do pai, como é difícil viver sem ele, mas juntas iam conseguir.

Depois de tomarem banho as duas preparam o jantar, cantam alegremente e depois saboream a comida, arrumam tudo e vão para o quarto de Teresa, assim como na noite anterior a mãe dá colo para a filha.

— Minha menina, minha preciosa, te amo.

— Mamá te amo.

— Prometa para sua mamá. — Teresa fala e Grazi se ergue.

— O que você quiser mamá.

— Prometa que nunca vai desistir dos seus sonhos minha filha, eu prometi ao seu pai que você se tornaria uma Arquiteta, que se casaria e seria feliz. Prometa minha pequena, que vai estar na formatura seguindo seus sonhos, e quando conhecer um bom homem vai se permitir o amor. — Teresa fala com a voz melosa.

— Eu prometo mamá, quando estiver lá em cima recebendo meu diploma você vai ver e o papá estará lá comigo em meu coração, você vai ter muito orgulho de mim mamá, vou fazer de tudo para ser a melhor e te dar o que você quiser. — Grazi se emociona e uma lágrima rola.

— Você já faz isso e sempre nos deu muito orgulho, e tudo o que mais quero e era o desejo de seu pai também, é que seja muito feliz, que siga seus sonhos e jamais desista. — Teresa enxuga o rosto da filha e beija sua testa.

Um momento singelo, carinhoso, de amor fraternal, mãe e filha se abraçam com ternura, compartilham a dor e a alegria, um misto de sentimentos e emoção, se abraçam e Grazi adormece nos braços da mãe.

Teresa sorri e beija a filha, seu coração sente paz, só lamenta as lágrimas de sua filha, a dor é imensa mas sua filha vai superar e ser uma mulher incrível.

— Dios mio, que mi preciosa hija sea feliz. — Teresa sussurra beija a testa da filha e adormece ao seu lado.

Na universidade Luigi começa a observar mais as garotas, ele precisa encontrar uma esposa antes de ser obrigado por seu pai a aceitar uma arranjada como aconteceu com seu amigo, ele vê um grupo de meninas nerds, se aproxima mas elas fogem, percebe que algumas tem namorado então continua andando, um bando de patricinhas se aproxima e ele se desvia delas, vai até a árvore onde as duas garotas fugiram dele e Juan mas não encontra ninguém, de repente ele olha na direção do portão e vê uma moça descer correndo a escadaria e atravessar o pátio até o portão, acenar e logo sair num táxi, ele tem uma leve impressão de já tê-la visto e então lembra que uma das fujonas usava aquele vestido.

Luigi tenta descobrir quem ela é mas sem sucesso, ele decide ir logo para a empresa, depois de longas reuniões volta para a universidade e passa longas horas estudando, pede algo para comer, toma banho e fica pensando na moça, depois de comer ele vai até a janela, não ter o amigo para conversar é ruim, apesar de ter outros colegas, ele e Juan se conhecem desde a infância, e sempre podiam contar um com o outro. Ele se joga na cama e a cena da moça correndo vem em sua mente, ele ainda vai saber quem é ela, sorrindo ele fecha os olhos e acaba dormindo.

** Olá meus amores\, demorei pois não estava em casa\, comecei escrever ontem e acabei dormindo no meio do capítulo\, mas aqui está para vocês\, um capítulo cheio de emoções\, até o próximo\, bjs **

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***