POV Ayla
Os dias se transformaram em semanas muito rápido. Hoje já estou fazendo dois meses de residência, e tem sido a melhor experiencia da minha vida, o horário é super cansativo e puxado, mas a satisfação é muito maior. Eu saio de manhã e só volto para casa por volta das sete da noite, isso quando não tenho turnos noturnos, minha rotina é bem tranquila na maioria dos dias, eu auxilio em cirurgias marcadas, faço visitas para saber se os pacientes estão se recuperando bem no pós-operatório.
São onze da manhã e estou indo fazer minha rotina de visitas, já que não tenho nenhuma cirurgia por agora. Vou em direção ao quarto de um dos pacientes de pós-operatório. Esses dois meses eu conheci bastante pacientes, muitas histórias tristes e muitas milagrosas, pessoas muito abatidas e outras que ao invés de eu ter que ajudar e consolar elas me surpreenderam. Umas dessas que me surpreendem é a Senhora Velma, ela tem 70 anos, já fez outras cirurgias por conta de doenças, mas nunca se abala.
Ayla: Bom dia Senhora Velma, como está essa manhã?
Velma: Bom dia Flor, estou, está tudo ótimo. Só gostaria mesmo que a comida fosse melhor. – Ela fala e nós rimos, vou até a seu prontuário, e depois analisar as máquinas.
Ayla: Já já você terá alta, sua recuperação é ótima. – Digo enquanto confiro a região onde ocorreu a cirurgia.
Velma: Amém, vou comer melhor. – Ela diz enquanto ri depois solta um suspiro e muda sua feição, parecendo triste. – Eu sentirei falta de você minha flor.
Ayla: Oh Senhora Velma, também sentirei saudades das nossas conversas e seus conselhos. – Digo sorrindo para ela.
Velma: Você bem que poderia me visitar quando tiver tempo. Estarei sempre esperando. – Ela sorri.
Ayla: Pode deixar, sempre que possível passarei para uma visita. – Pisco para ela.
Velma: Tome aqui, esse é meu número. – Pego o papel de sua mãe e guardo no bolso da calça.
Ayla: Agora vou indo Senhora Velma, até amanhã. Fique com Deus.
Velma: Você também, minha querida. – Aperto sua mão e saio do quarto.
E assim se foi mais um dia. Sigo para casa tranquila, a cidade super iluminada a noite, os bares estão sempre cheios e as ruas movimentadas. Assim que o sinal abre e piso para acelerar, um grupo de homens e mulheres saltam na frente, eu freio assustada, ainda bem que não bati em ninguém, todos estavam aparentemente bêbados, a vontade é de xingar até o fim do mundo, mas respiro fundo. Coloca a cabeça para fora do carro e grito.
Ayla: Tomem cuidado, vocês poderiam ser atropelados.
XX: Nos desculpe senhora. – Diz um homem vindo logo depois, enquanto o grupo ri. Ele vai em direção aos outros tentando guiar o grupo para o outro lado da calçada.
Coloca minha cabeça para dentro e volto a atenção pro trânsito novamente.
Ayla: Eu tenho raiva dessas pessoas que não sabem beber. – Bufo e continuo até chegar em casa.
Assim que entro vejo meus pais no sofá, me jogo no outro lado e suspiro.
Dani: Boa Noite meu amor, como foi seu dia? está tudo bem?
Ayla: Boa noite, o meu dia foi tranquilo. Por que as pessoas bebem mesmo sabendo que vão passar vergonha e fazer besteira, meu Deus, como são irresponsáveis. – Desabafo e suspiro.
Luck: Não tem como compreender minha filha. Mas o que houve? Fizeram algo com você?
Ayla: Comigo não pai, eu estava vindo quando uns bêbados atravessaram com o sinal fechado para eles. Eu quase os atropelei, eu fico nervosa só de lembrar.
Dani: Oh minha filha, venha cá. – Minha mãe diz vindo em minha direção me abraçando. – A culpa não foi sua, e graças a Deus nada aconteceu. Vou preparar um chá pra você. – Ela me dá um beijo no topo da cabeça e se levanta indo em direção a cozinha.
Ficamos conversando mais algum tempo, me acalmo bastante, enquanto falávamos Elijah chega do trabalho e nos faz companhia. Minha mãe se levanta para preparar o jantar, enquanto isso Elijah e eu vamos cada um para seu quarto tomar banho. Jantamos juntos e depois vamos dormir. Pois amanhã ainda é dia.
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Atualizado até capítulo 56
Comments
Lena Macêdo E Silva
filha unida é uma benção 💖
2023-11-23
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