Pesadelo!

Veremos um pouco do ponto do passado do Mikhael. Porém, de um ponto um pouco recente. O que aconteceu antes dele parar no Submundo.

Desejo um boa leitura!!

...Mikhael Cyrus...

Na minha vida eu nunca fui o mocinho, mas também, nunca fui o vilão. Em toda a minha vida, eu dei o meu máximo para ser neutro. Falava apenas o necessário, criava máscaras para quando estava em público. Tudo era na medida certa. Passei minha todinha nesse ritmo, até que, quando eu comecei a trabalhar. A chefe de meu departamento, ficava a todo instante querendo pular em cima de mim. Enquanto, eu, queria ficar apenas bem longe dela.

Quanto mais eu tentava ficar longe, mas ela chegava perto. E, isso me irrita a bastante. Até que um momento a minha máscara, e a dela caiu.

Eu sem pensar muito elevei a voz para ela, e disse:

"Já chega! Pare! Cansei dessas suas investidas. Eu não estou interessado em ter uma relação amorosa com ninguém!"

Quando eu percebi a burrada que eu fiz, eu tampei logo a minha boca. Abaixei minha visão por um instante, e quando levantei a mulher estava com uma expressão como se estivesse horrorizada com o meu comportamento. Ela estava com os olhos arregalados, com a testa franzida, e com a boca entreaberta.

Até mesmo eu estava surpreso com o meu comportamento, eu nunca fui muito de gritar desse modo. Minha máscara estava tão bem feita, mas em um instante, ela se desmanchou.

Haa... A vida é muito deprimente.

A pior da história ainda está por vir...

Dias após, aquele acontecimento, ela nunca mais me aborreceu como antes. Quando falávamos era apenas conversas sobre o trabalho. Nada mais, e nada menos.

Contudo, houve um dia, em que eu fiquei até tarde revisando alguns papéis. E, quando, notei o horário, já era bastante tarde.

Fui em direção a porta, e quando tentei abrir-la, não queria. Aproximei-me, e percebi que ela estava fechada. Sem ter muita escolha, eu apenas me agachei e apoiei minhas costas na porta de vidro. Fechei meus olhos por instante, apenas para descansar. No entanto, os abrir rapidamente em um curto espaço de tempo, apenas ao ouvir o tintilar de passos ressoando pelo, o lugar. Olhei para os lados, e limpei a garganta.

Pensei ser o único ainda naquele lugar, porém, logo apareceu a imagem da pessoa que eu menos desejei.

A da minha chefe de departamento.

— O que você está fazendo aqui, tão tarde? — ela pergunta com o tom dela gentil, e cínico de sempre. Sinto que ela está com más intenções.

— Eu estava terminando de revisar alguns papéis antes de entregar. E, não percebi o tempo passar. — a respondo indiferente. Cansei de dar uma de gentil para essa mulher. Ela já está me assuntando.

— Está com sede? — ela pergunta.

— Sim. — mal eu sabia, o preço que eu teria que pagar quando disse este maldito "sim". Eu devia ter dito "não!", porém, eu estava realmente com sede.

Ela se dirigiu até a máquina mais próxima que havia dela, e comprou duas bebidas. E já, as trouxe abertas. Eu achei isso muito estranho, mas infelizmente, eu bebi do mesmo jeito.

Terminei de tomar a bebida, e levantei-me para jogar fora. A minha chefe, por outro lado, não terminou de tomar a dela. Além de olhar de jeito estanho. Era como se ela estivesse ansiosa para algo. Isso não me agradou nem um pouco.

Uns dez, ou quinze minutos após isso. Eu comecei a sentir o meu corpo quente, minha respiração ficar irregular. Uma sensação bastante desagradável.

Quando olhei na direção daquela mulher, ela estava com um largo sorrindo em seu rosto.

Ah, não... Não acredito nisso... Ela colocou algo naquela bebida.

Ela começa a se aproximar de mim, e me assusto.

— O que você fez comigo? — pergunto ofegante.

— Quer realmente saber? — ela pergunta. Eu franzi o cenho, a mulher percebe a minha impaciência. E, dar um suspiro antes de continuar. — Eu te droguei. Você nunca iria ceder, então, eu tive escolha. — ela dá de ombros. Que mulher mais desprezível! Como ela ousa fazer isso comigo?!

— Você... — eu não consigo raciocinar muito bem. Minha voz está falha. — Sua louca! Como ousa fazer isso?

— Docinho, você, não tem muitas escolhas nesse momento. — ela começa a tirar meu casaco. Tento parar ela, mas sinto-me fraco demais. Logo, ela começa a desabotoar a minha camisa. Quando ela termina, deposita as mãos dela em meu peito e desce até mais um pouco mais embaixo do abdômen. Isso me enfurece. Com sacrifício, eu bato na mão dela.

— Não ouse tocar em mim com essas mãos imundas. — falo, e parece que eu a deixei com raiva. Ela começa a tirar apenas as roupas de baixo dela, e logo desabotoa o botão de minha calças.

Droga!

Não acredito que irei perder minha virgindade com uma mulher que nem amo. Minha vida foi para ruim, a pior em instantes. Incrível!

Já não basta crescer sem uma mãe, e ter um pai bosta que bate em você. Agora vêm uma louca psicopata, que te droga e se aproveita de você.

Muito perfeita minha vida...

Durante todo o momento, eu não senti nenhum prazer. Só nojo. O toque dela é tão desagradável, tudo nela é desagradável. Sujo.

Por sorte, tinha outro da minha equipe estava ainda no prédio. Ele me socorreu. Tirou a louca de cima de mim, e o resto eu não me lembro muito bem. Porque eu desmaiei após isso.

Acordei em um hospital, e meu amigo, Sam. Ficou o tempo todo cuidando de mim. Ele me contou, que a louca da Alice foi presa. As câmeras de seguranças, filmaram tudo. Do começo ao fim.

"Finalmente paz..."

Foi bastante ingênuo da minha parte pensar desse modo. Minha vida, após esse acidente, virou um caos. Eu comecei a apresentar os sintomas de trauma.

Não conseguir dormir direito, pois as cenas daquele dia sempre vinham. Não conseguia comer direito, pois toda vez que eu lembrava do toque dela eu vomitava.

O médico disse que seria passageiros, estes sintomas. Que logo eu ficaria bem, porém, eles persistiram por bastante tempo. Eu não conseguia apagar aquelas memórias da minha cabeça. Elas se repetiam várias, e várias vezes.

O médico, então, me recomendou sair de casa, e ficar mais em meios sociais. Não adiantou muito. Eu ficava desconfortável, e toda mulher que me tocava eu ficava enojado. Descobri então, que nunca mais iria me sentir bem com toques.

Estando de saco cheio, das memórias daquela mulher. Três anos após ela ser presa, ela foi solta. A segui até um beco escuro, e tirei a vida dela.

Mas me arrependi, logo em seguida. Eu... Eu não deveria ter feito aquilo. Foi muita idiotice minha.

Eu sabia que não conseguiria viver com este peso, então subi do alto de um prédio. E, acabei eu com a minha vida. Eu já estava morto mesmo. Minha vida já estava acabada, eu não tinha nada mais para oferecer ao mundo.

Não me arrependo de ter tirado minha vida. Foi o certo a se fazer.

Antes eu tinha o cabelo preto, e olho âmbar. Eu adorava meus olhos. Eu havia puxado da minha mãe, mas cheguei aqui no "inferno". E, tudo mudou. Até mesmo minha aparência. Agora tenho cabelos prateados, e olhos azuis. Não que eu desgostei. Eu nem ligo. São coisas totalmente chatas.

Conheci, então, a rainha desse mundo. É, uma mulher muito linda. Parece querer fazer a mesma coisa, que a Alice. Mas, a rainha, parece ser uma pessoa com mais orgulho. Não acredito que ela fará uma coisa dessas.

Só está brincando comigo. Eu não significo mais para ela. Só sou mais um brinquedo. Se ela abusar, deixará de lado.

O cheiro dela é incrível. Consegue deixar você louco, mas eu resisto. Eu não quero fazer aquilo com uma pessoa que eu não amo. É estranho.

Pode parecer estranho, mas sim, eu nunca fui muito atraído por mulheres. Tenho orgulho por isso. Sonhava em perder minha virgindade com a mulher que eu amo. Mas, como sempre, as coisas nunca saem como você planeja.

Sério, gente. Eu chorei enquanto escrevia esse capítulo.

Mikhael sofreu tanto em sua vida. E, isso, nem é tudo. Ela sofreu mais coisas em sua juventude. Mas, só irei contar depois.

Muito obrigada, por acompanhar até aqui. E, me desculpa por qualquer erro ortográfico.

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