Eu permaneci sentado na beirada da cama, olhando para a minha bagagem. Depois de um tempo, me levantei e comecei a guardar minhas roupas no guarda-roupa. Após terminar, deitei na cama, peguei o celular e mandei uma mensagem para a Luana.
WhatsApp on
— Boa noite!
— Boa noite! Quem é?
— Ninguém importante, só alguém que te acha linda.
— Eu vou te bloquear.
— Nossa! Para de ser má.
WhatsApp off
Ela não me respondeu, mas também não me bloqueou.
Depois fui tomar um banho e me arrumei para ir à balada. Enquanto penteava o cabelo no espelho, vi minha irmã entrando no quarto.
— Que roupa é essa, Marrenta? — falei, fingindo choque ao vê-la no espelho.
Ela virou os olhos e continuou passando batom.
— Você também vai falar das minhas roupas? — perguntou, impaciente, mas sem tirar os olhos do espelho.
— Relaxa, tô brincando! — levantei as mãos em rendição. — É só que... tá curto, né?
— Você fala brincando, mas tô de olho. — ela riu e virou-se para mim. — E é o que eu gosto.
Eu suspirei, notando que o vestido estava curto e com decote chamativo.
— Mas, aí... quem é que fala das suas roupas? — perguntei, agora um pouco mais sério.
Antes que ela respondesse, meu celular vibrou com o som de uma notificação.
— Vamos, o Ramon já tá lá fora esperando a gente! — ela disse, empolgada.
— O Ramon é o seu "bebê", né? — fiz um biquinho, provocando.
— Para de ser besta, Gustavo! — Ela riu, me dando um leve tapa no braço.
Descemos para a sala onde nossos pais estavam.
— Estamos indo, mãe, pai. — falei, dando um beijo na bochecha de cada um.
— Até mais tarde, coroas. — acenei de longe, rindo.
— Vão com Deus, meus amores! E juízo, hein? — minha mãe nos olhou com uma mistura de carinho e preocupação.
Lá fora, o Ramon, namorado da Giulia, estava no carro com outro cara. Era o tal “esquema” da Luana, que não parecia tão atraente pessoalmente como na foto.
Giulia correu na frente e pulou nos braços do Ramon.
— Meu amor! Esse é o meu irmão, Gustavo. — Giulia disse, animada.
— Beleza, cara! Satisfação em te conhecer. — Ramon estendeu a mão para me cumprimentar, mostrando um sorriso.
— Firmeza, satisfação. — Retribui o aperto de mão.
Giulia apontou para o outro rapaz.
— E esse aqui... é o Rique, meu cunhadinho. — ela brincou, abraçando-o de lado.
— E aí, beleza? — ele respondeu, um pouco afastado.
— Tranquilo. — respondi, tentando ser educado.
— Partiu! — Giulia exclamou, animada, enquanto entrávamos no carro.
Fui no banco de trás com o "zé ruela", que usava um perfume enjoativo. Ao chegarmos na casa da Luana, Ramon buzinou, e eu e Giulia descemos. Ela fez seu tradicional escândalo ao entrar.
— Boa noite, tios! — exclamou, abraçando todo mundo com um sorriso espalhafatoso.
Fiquei na porta, observando a Luana. Ela estava linda demais. Aproximei-me da minha tia.
— Tudo bem, tia? — perguntei, dando-lhe um abraço demorado e um beijo no rosto.
— Estou bem, meu querido. E você, como está? — Ela fez carinho no meu rosto, carinhosa.
— Ah, tô levando... — respondi, meio sem jeito.
Minha tia pareceu notar algo e se preparou para perguntar, mas Giulia a interrompeu.
— Ah, não, tia! Precisamos ir agora, depois vocês conversam! — puxou meu braço, me arrastando para fora.
— Beijos, se cuidem! — minha tia gritou de dentro da casa.
Lá fora, Giulia soltou meu braço e voltou para o carro. Eu fiquei parado, esperando a Luana. Quando ela saiu, veio em minha direção.
— Não precisava me esperar. — disse ela, passando por mim e deixando no ar o cheiro delicioso do perfume.
— É que... eu não te dei “oi”. Oi, Luana. — disse, segurando sua mão.
Eu me senti um idiota logo depois de dizer isso, mas já tinha falado. Agora era torcer para minha prima gostar de idiotas, porque eu estava parecendo um.
— Oi, Gustavo. — ela sorriu e soltou minha mão.
Entramos no carro, e Giulia lançou um olhar provocador.
— Já tão se paquerando, hein? — disse, com um sorrisinho.
— Claro que não, Giulia! Não viaja! — Luana respondeu, tentando disfarçar.
Eu confesso que fiquei decepcionado com a resposta dela.
Luana narrando
Eu estava pronta, na sala ao lado dos meus pais, que estavam assistindo a um filme.
Não demorou muito para ouvir uma buzina de carro lá fora, acompanhada dos gritos do pessoal.
— Eles chegaram! — falei, me levantando.
— Por que esses jovens são tão barulhentos? — minha mãe disse, balançando a cabeça negativamente.
— Eu não sou barulhenta, mamãe! — retruquei, erguendo as mãos em defesa.
Ela me encarou, erguendo uma das sobrancelhas.
— Será mesmo que não?
— Lógico que não, mãe! — afirmei, tentando conter um sorriso.
— Para de perturbar a menina, Telma. Vem cá me dar um beijo, filha? — Meu pai me chamou, e fui até ele, dando um beijo na bochecha.
— Juízo, filha. E não beba bebida do copo de outras pessoas. — meu pai acrescentou, com um olhar sério.
— Pode deixar, paizinho. — garanti, piscando.
— E eu? Não vou ganhar um beijo? — minha mãe disse, fazendo um biquinho.
— Claro que vai! — respondi, indo em sua direção.
Enquanto eu a cobria de beijos, a porta se abriu.
— Boa noite, tios! — Giulia entrou, toda espalhafatosa, abraçando os meus pais com entusiasmo.
Logo atrás dela estava o meu primo Gustavo. Ele me olhou assim que entrou pela porta e me deu um sorriso lindo, antes de ir cumprimentar os meus pais. A minha mãe estava animada, querendo bater um papo com o meu primo, mas a Giulia, sempre apegada ao seu jeito extrovertido, os interrompeu e saiu puxando o Gustavo pelo braço.
Lá fora, a minha prima Giulia soltou o braço do primo Gustavo e foi andando em direção ao seu namorado, Ramon. Gustavo parou e ficou me esperando, então fui caminhando em sua direção. Na minha frente, vi o carro do Ramon parado na rua. Ele, o Rique e a Giulia estavam ao lado do carro conversando.
Me aproximei do Gustavo, que parecia realmente me esperar, e quando eu disse que não precisava, ele falou algumas coisas sem sentido, o que deixou a situação engraçada. Seguimos para o carro.
Minha prima, como sempre, fez suas gracinhas e perguntou se eu e o primo estávamos nos paquerando, me deixando completamente sem graça. Dei uma resposta convincente de que nada estava acontecendo, depois cumprimentei o Ramon e o Rique, que me olhava de cara fechada. Entramos no carro e seguimos para a balada. Todo o caminho foi tomado pelo silêncio; ninguém falava nada. Ainda bem que o som do carro estava ligado; se não, o silêncio seria absoluto.
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Atualizado até capítulo 50
Comments
Dulce Gama
Será que que o Rique gosta mesmo da Luana /Gift//Gift//Rose/
2024-12-10
0
Branquinha
esse Ramon não me engana
2022-03-09
11
Elaine Mendes Dos Santos
Será q a pessoa tem pressa kkkk
2022-03-08
0