Ocorreu tudo certo com a reunião. Bruno mais observava as moças deitadas à beira da piscina, do que prestava atenção no que falava o Sr. Jorge, dono da maior e mais famosa editora de fofoca, BellaRay.
Pedro não gostava desse tipo de caso, mas como era um favor para um amigo da Universidade. Resolveu pegá-lo.
-- Enviaremos o contrato agora mesmo para ela e não haverá mais problemas e respeito disso. Falou Pedro.
-- Tenho certeza que não! Muito obrigado Dr Pedro. Respondeu Jorge. Levantando-se e inclinando a mão para cumprimenta-lo.
Assim que o Sr. Jorge virou- se, Pedro acenou para a assistente de Bruno e lhe deu algumas instruções. Depois virou-se para Bruno e deu um leve tapa na cabeça.
-- Quando é que você vai crescer cara, falou ele rindo.
-- Quando você casar eu amadureço. Prometo! Respondeu ele, passando a mão na cabeça, onde o Pedro havia lhe dado um bafanão.
-- Não brinque com coisa séria. Estou indo para casa. Curta o resto do fim de semana.
-- Como assim não vai ficar? Olha só essas mulheres aqui. Tenho certeza que alguma que vai querer ficar com você. Falou ele sorrindo.
Bruno sabia que todas as mulheres caíam aos pés de Pedro , mesmo se ele não desse atenção para nenhuma.
--Irei para casa, estou sem ânimo. Verei alguns documentos e ficarei por lá mesmo.
-- Será que a noite foi longa demais meu amigo. Está perdendo o jeito? É isso mesmo? Falou Bruno sorrindo.
-- Cala a boca! Disse ele, tentando esboçar um leve sorriso. Vai caçar uma mulher para você perturbar, vai. Estou indo. Respondeu ele, dando um leve tapa no ombro de bruno. E saindo em direção ao seu carro.
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Assim que chegou em casa Pedro tomou banho e jogou-se na cama, e só queria ficar por ali por um longo tempo sem ouvir nada nem ninguém.
Mas logo a lembrança de que seu irmão estava encrencado, a ponto de o procurarem, o perturbou.
Pedro nem acabara de deitar-se e escutou o interfone tocar. Mas onde morava era totalmente isolado, apenas os seguranças e Bruno tinham acesso. Então alguma coisa havia acontecido.
Pedro levantou-se, pegou uma toalha se enrolou e saiu em direção a cozinha, pois lá ele conseguia ver pelo painel quem estava na campainha.
surpreendeu-se ao ver Bruno. sendo que a algumas horas ele estava à beira de uma piscina rodeado de mulheres. Algo acontecera para ele sair e vir até a casa dele.
-- Não tenho uma boa notícia. Seu irmão está no hospital. Bruno falou assim que abri a porta.
-- O que aconteceu? Porque ele está no hospital?
-- Não sei! Seu pai me ligou e pediu para você ir pra lá o mais rápido possível.
-- Qual o hospital? Você sabe? Falou Pedro quase em gritos. Vou me vestir e já volto.
-- No caminho te falo o endereço. Mas cadê seu telefone cara, está desligado.
-- Está aqui! Pedro volta para sala arrumado e com telefone na mão tentando ligar.
Os dois saem quase correndo de dentro de casa. Entram no carro e saem cantando pneu.
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(Bruno)
E agora? Era só o que me faltava! Agora eu tenho que avisar a ele, que aquele idiota levou uma surra e está no hospital.
Pra que esse homem tem que morar longe da cidade. E ainda não atende esse telefone.
Quero ver quanto tempo vai levar pra ele querer me esmurrar. Pensei rindo.
Desde a confusão deles há alguns anos. Sempre me ligam pra saber como tá as coisas. Por mais que ele não saiba, tenho receio de que quando ele descobrir me ache um traidor.
Sempre me pergunto quando eles vão se entender novamente. Já se passaram dois anos que ele foi deserdado. E ele nunca se importou.
Com o dinheiro que a família dele tem, não sei como ele consegue trabalhar como advogado, pegando casos que às vezes que dá vontade de você largar tudo e sumir.
Não vou negar que ele é muito bom que faz, mas se ele descobrir que o sócio anônimo é o pai, não quero nem pensar.
Odeio vir aqui, só por causa ter que passar por toda essa verificação. Nunca entendi para que tanta segurança.
Desci do carro, respirei fundo arrumei o paletó, criei coragem pra apertar o interfone.
Pela cara que ele fez quando abriu a porta. Percebi que já estava incomodando. Imagine quando eu lhe falar o que vim fazer.
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( Hospital)
Durante todo o caminho até o hospital, Pedro não disse uma palavra, apenas dirigia olhando fixamente para estrada. Nunca, ninguém nunca vira Pedro tão pensativo e aflito como aquele dia.
Assim que entrou na recepção, havia quatro seguranças e assim que ele apareceu todos os comprimentaram e um deles se aproximou e falou algo em seu ouvido e ele saiu em direção ao elevador.
Quando a porta do elevador se abriu, havia cerca de seis seguranças no corredor, e assim que viraram à esquerda, havia mais dois na porta, ao lado de seu Gustavo e Dona Júlia, que chorava sentada em uma das poltronas ao lado da porta do quarto.
Dona Júlia assim que o avistou correu e o abraçou.
-- Calma mãe, respira. O que houve?
-- Não sei, não sei o que houve. Quase mataram meu bebê. Respondeu Dona Júlia, aos prantos ainda.
-- Tudo bem, tudo bem. Não vamos pensar no pior. Respondeu Pedro. Ainda abraçado a mãe, olhou para o pai e percebeu que o pai sabia exatamente o que havia acontecido.
Pedro aproximou-se da vitrine que dava para ver dentro do quarto e não podia crer no que via.
Ele colocou a mão na boca em sinal de susto e surpresa e muita pena do irmão.
Marcos estava sedado. Havia hematomas por todo o seu rosto e braços. Apenas uma manta branca o cobria e podia se ver que a perna também estava quebrada. Ele estava com parte da mão enfaixada e também estava entubado.
-- Como informei aos seus pais. Ele precisou ser sedado para aliviar ador. Ficará assim por algum tempo. Mais no geral ele está bem. Ele tem vários hematomas pelo corpo. Uma fratura na perna, outra no punho, alguns cortes nas costas e na coxa. Quem fez isso não queria matá-lo. Apenas fazê-lo sofrer.
Pedro nem percebera que Doutor Morgan aproximaram-se dele. Ele já é íntimo da família. O conhece desde pequeno.
-- Como assim faze-lo sofrer. perguntou Pedro.
-- Quem fez isso querido Pedro. Sabia exatamente onde quebrar, onde bater e onde cortar. Nenhum órgão Vital foi afetado. Apenas a camada superficial foi afetada. Isso foi um aviso. Ele falou. Observando que dona Júlia se aproximava mudou de assunto.
-- Entendido! Muito obrigado por cuidar dele.
-- Não faço mais que minha obrigação meu filho. Fique bem. Ela precisará do seu apoio. Respondeu. Olhando em direção a dona Júlia.
Em nenhum momento seu Gustavo se aproximou ou falou com filho. Apenas conversava com Fred, seu braço direito.
-- Sinto muito meu amigo. Disse Bruno. Se aproximando e tentando consolar o amigo.
-- Eu também! Respondeu Pedro. Levantando-se abruptamente e indo em direção ao pai.
Antes que pudesse se aproximar do pai, Fred o interrompe.
Pedro lhe lança um olhar, olhando para a mão dele que se posicionou no ombro direito e o encara.
-- Desculpe Senhor! Rapidamente Fred retira as mãos, mas continua ali a sua frente.
Pedro olha para o pai que eu encara e fica ali parado sem dizer uma palavra.
-- Por que será que algo me diz que isso tem a ver com os seus negócios? O que isso tem a ver com o Marcos? Não vai me dizer que colocou ele para fazer seus negócios sujos? perguntou Pedro.
-- Você como sempre, presumindo o pior. Porque acha que eu tenho que lhe dar satisfação do que eu faço? Respondeu ele.
-- Porque eu lhe conheço o suficiente para saber que nada acontece por acaso.
-- Se me conhecesse o suficiente, saberia que não mandaria meu próprio filho para ser espancado.
-- E por que não? Não fez isso comigo? Pedro fala com raiva.
-- Você é outra história. Diferente do seu irmão você sabe sair de uma briga, e aquele idiota só sabe se meter em confusão.
-- Então eu estou certo. Você o colocou para trabalhar.
Seu Gustavo neste momento esboça uma raiva e se aproxima de Pedro.
-- Se você não estivesse indo embora como uma criança mimada, ele não estaria nessa posição.
-- Como? Está dizendo que a culpa de Marcos está assim é minha?
-- Aquele idiota só tinha um trabalho. Levar a pasta para os marroquinos. Mas não! Ele resolveu que parar em um bordel antes, era melhor. Além de ter levado uma surra ainda perdeu os documentos.
Pedro se aproxima ainda mais do pai e o encara olhando no fundo dos seus olhos erguendo a mão e apontando o dedo em seu peito.
-- Ore para que ele saia dessa sem nenhum problema. Porque senão! Você não terá mais marroquinos para negociar. Pedro o olha friamente e depois se afasta, se achegando mais a mãe.
Seu Gustavo havia aprendido há anos, que não era bom irritar Pedro. E sim! Neste momento ele se preocupara.
Pedro ficara no hospital a noite inteira. Mas logo teria que sair para uma audiência.
-- Pedro não esqueça que às 9 horas temos audiência do caso bellatos, não podemos nos atrasar. Falou Bruno. Que acabara de chegar.
-- Certo! Respondeu.
-- Mãe! Vou precisar me ausentar, pois tenho uma audiência daqui a uma hora e meia. Mas se precisar de qualquer coisa, não exite em me ligar.
-- Pode ir tranquilo meu filho! Assim que Doutor Morgan passar para revê-lo eu irei para casa.
-- Que assim seja. Qualquer notícia me avisa. Pedro deu um beijo na testa da mãe e um abraço e se despediu.
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Atualizado até capítulo 47
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