Uma semana depois dos últimos acontecimentos. Por volta das cinco e quarenta e cinco da noite, estava uma noite fria e chuvosa, como nossa heroína mora somente a uns quatro quarteirões do colégio ia sozinha para casa, de cabeça baixa, encolhida, debaixo de seu pequeno guarda-chuva, ao virar o quarteirão para a sua rua, um rapaz muito bonito, por volta de seus dezesseis anos, estava encostado num portão entreaberto, ao vê-la passar lhe disse:
— Boa noite, menina!
Aquele boa noite, foi um boa noite dado de forma tão gostosa, e com um sorriso tão lindo, ela olhou seu sorriso por um segundo e voltou a baixar a cabeça, respondendo timidamente:
— Boa noite!
Seu coração disparou nesta hora, ficou sem entender o que estava acontecendo, mas seu coração se sentiu inquieto e feliz, pois naquele momento havia encontrado sua alma gêmea. Aquele simples boa noite a acompanhou por anos com aquele belo sorriso, mesmo não tendo visto o rosto de quem lhe deu, a voz ainda soa em sua cabeça. Ela olhou umas duas ou três vezes para trás antes de chegar em casa, e ele guardou seu caminho até que ela entrasse em casa. Nem sempre quando nos encontramos com nossa alma gêmea nos damos conta disso, mas nosso coração sim e foi o que aconteceu com ela.
Ela passou outras vezes durante anos em frente aquela casa, pois aquela noite um simples “Boa Noite” a deixou tão feliz que fez querer voltar naquele simples momento, mas… nunca mais voltou a vê-lo.
O tempo passou, e como nunca mais, viu aquele rapaz, aquele momento, ficou na memória, por anos, pois era muito tímida para perguntar sobre alguém que ela nem ao menos sabia o nome, e que vira apena uma única vez, mas que a inspirou a escrever poemas, pensando quem seria aquele anjo que iluminou a noite escura do seu coração. Apaixonada aos nove anos, nessa época não era normal isso, mas ela nem sabia exatamente o que sentia ainda, só sabia que queria voltar naquela noite mágica, e ter parado para saber mais, sobre aquele rapaz misterioso, … Ah! Timidez como você atrapalha, se não fosse por isso, a curiosidade teria resolvido, mas a timidez era muito maior.
Se naquela época não fosse tão tímida, talvez tivesse arrumado uma desculpa para bater na porta daquele rapaz, e esse momento pudesse ser repetido, ou desfeito, não ficasse na mente como algo distante e, simultaneamente, tão perto, um sonho tão real e irreal ao mesmo tempo, toda vez que eu me sentia sozinha, era sua voz que eu ouvia, me dando boa noite menina; parece com um dos versos que escrevi e queimei.
Vocês devem se perguntar agora você queimou seus versos, sim, queimei, pois eles me queimavam os olhos, todas às vezes que eu os lia, pois lembrava minha covardia, meu medo e minha timidez, de nunca ter tido coragem de bater aquela porta, até hoje passo lá em frente na esperança de um dia voltar a ver aquele anjo que iluminou minha noite com apenas uma única frase e incendiou meu coração com um único sorriso.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 25
Comments
Angelamaria Silva
começando ler hoje dia 20/11/2024
2024-11-20
1