Eu morri. Eu morri para quem acreditei odiar, queria encontrar a pessoa, a resposta. Por quê? As lágrimas não pararam de escorrer mais não havia barulho. Não haviam soluções. Só um rosto fechado cujas bochechas escorriam lágrimas igualmente frias a face. Só seu coração parecia ser sincero tremendo, soluçando e gritando por dentro de sua fachada robótica.
Não havia esperança. Uma dor sincera, amarga e dolorosa parecia que arrancavam seu coração incontáveis vezes o espremendo entre os dedos. Doía.
14:30 da tarde.
Ela sabia mais não compreendia. Se ela tivesse dito aquilo ou isso agora não fazia mais diferença não tinham mais como escutar suas palavras. Foi ternamente solitário as pessoas não pareciam lhe ver.
— E-eu morri? — Ela perguntou embora soubesse da resposta.
Como uma completa idiota ficou cética mais algo parecia lhe doer profundamente mais ela não sabia o que era. As lágrimas continuavam sem parar.
Uma idosa a sua frente não parecia enxergar, mais um dia normal.
— E-espera! Vó! — Sua voz tremeu.
Como reflexo ela pões a mão na boca impedindo que seus soluços escapassem e tentou secar os olhos para não parecer com rosto choroso. Mesmo assim a senhora continuou seus afazeres.
— Eu disse espera! — Gritou.
Enquanto, corria até a avó acabou tropeçando em algo inexistente e caiu sobre a idosa. Sua alma atravessou o corpo da idosa.
— Hum?? — Ao abrir os olhos viu suas mãos.
Estavam enrugadas e pareciam ásperas com cicatrizes de batalhas não ditas. Esse era o corpo de sua avó.
— O-o que? — Seus olhos cresceram em espanto.
Mais uma vez quase caiu desleixadamente. Com uma mão se apoiou rapidamente na bengala tomando mais cuidado. Tudo parecia estranho. Uma dor tomou conta de suas articulações era a coluna de sua avó Dorotéia.
— Peraí! Onde está minha avó então?
Mirela superando a dor tentou procurar a alma avó ainda espantada por tais acontecimentos.
— Aack! Como a vovó aguenta isso! — As dores de idosos, e cegueiras se manifestaram.
Inesperadamente, uma voz soou.
[O que é isso! ]
Foi sua avó. Um pingo de esperança iluminou seu rosto.
— Vó?
[Meus Deus! Eu estou transparente.]
Mirela não parecia poder enxergar a alma de sua avó. Mas, conseguia escutar tudo que ela dizia.
[Oh! Minhas dores se foram!]
O velho hábito de sua avó tagarela junto a aquela voz rouca pareceram acalma o coração da menina.
[Esse e o meu corpo!]
— Vó, sou eu Mirela!
[Mirela!!! Você está viva?]
Sua avó a surpreendeu ao dizer "viva" pois, para Mirela quem estava morta era sua avó. Foi quase uma ironia que lhe tirou uma risada.
— O que?
[Oh, Meu Deus! E você mesmo?]
Sua voz parecia conter uma certa alegria e melancolia aquela pobre senhora parecia triste mais seu rosto não poderia ser visto por Mirela. Que tipo de expressão ela estava fazendo?
Nesse momento Mirela não conseguiu prender as lágrimas e sorriu feliz.
— A-achei que a Senhora tinha esquecido de mim. . ..— Ela tentou não tremer.
[Não, nunca!]
O coração vacila. Isso mesmo o coração humano era tão fácil de se levar por emoções que ela não consegui controlar a expressão. O rosto robótico desabou mais o silêncio tomou conta de novo.
Quando seus pais chegaram.
Sim, eles estavam lá. Os pais de Mirela os que ela pensou que não ligariam se ela partisse.
— M-mãe! — Sua mãe falou surpresa ao vê-la chorando.
— Um? — Mirela que estava no corpo da avó ficou desconcertada.
Mais um abraço caloroso a apertou. Ambas estavam tristes, os cabelos cacheados e ruivos de sua mãe eram macios.
E quando viu o seu pai se aproximou para cumprimenta-la havia um sorriso suave.
Tudo lhe parecia tão estranho. Seu coração ficou ainda mais pesado uma dor latente a fez sufocar.
Respirar parecia difícil olhando o rosto de seu pai. Porquê você está aqui!
— D-desculpe. ..— Ela tentou agarrar seu pai desesperadamente com as mãos enrugadas.
Ela lembrou.
Quem tinha morrido era seu pai mais quem parecia ter morrido era ela. Sua visão se tornou turva mais o seu pai não estava mais ali. Foi um delírio.
Na realidade só ela que tinha morrido para o seu pai pois, não poderiam mais criar memórias juntas. Mais ele vivia todos os dias em suas memórias.
Lá ele estava vivo nos dias bons sorrindo e brincando com ela na infância. Era amargo.
Ela nunca disse "Eu te amo" pelo contrário suas últimas palavras soavam como "Eu te odeio" mais não era verdade.