Em um castelo de pedras cinzentas e frias, O amor floresce entre sombras e agonias. Ela, a dama enclausurada, pálida e triste, Espera pelo amante que a morte insiste.
Seus lábios são rubros como o sangue derramado, Seus olhos, profundos como abismos congelados. Ele, o cavaleiro amaldiçoado, cavalga sem descanso, Buscando a redenção em seu último avanço.
No crepúsculo, eles se encontram na cripta escura, Seus dedos se entrelaçam, paixão que perdura. Mas o destino cruel os separa, como sempre fez, E o beijo final é dado sob a luz da lua, em paz.
Assim, o amor gótico transcende a mortalidade, Em versos sussurrados, na noite de eternidade. Entre sepulturas e névoa, seus espíritos se entrelaçam, Na dança macabra do amor, onde a morte não ameaça.