Capítulo 2 — Diego (Ele)**
Eu não sou herói. Nunca fui.
Nasci no meio do caos, me criei entre cocaína e tiro, minha escola foi o tráfico, meu diploma veio nas cicatrizes. Cresci em uma favela podre do Brasil, e só escapei do caixão porque aprendi cedo a atirar antes de perguntar. Aos 17 vim para Espanha e depois fui indo de lugar em lugar até eu achar o meu lar, roma aqui é perfeito.
Fui chamado de monstro ainda moleque. E quer saber? Eles tinham razão.
Roubo, extorsão, sequestro, tráfico — eu já fiz de tudo. Não sou o tipo de cara que hesita. Não fico de mimimi, não sou frouxo. Não existe “moral” no meu vocabulário. Quem vacila, perde. E quem chora, morre.
Mas aí apareceu **ele**: aquele velho de terno italiano, gravata de luto e sorriso gelado. Pai da princesinha loira que eu deveria sequestrar e, depois, apagar.
Isso mesmo. O plano era esse.
Me pagaria **três milhões de euros**, em três etapas:
Sequestro limpo, sem rastros.
Cativeiro por uma semana, fingindo que era por resgate.
O fim trágico: carro explodido, corpo carbonizado.
Simples. E lucrativo.
Mas quando eu vi **ela** pela primeira vez, algo coçou no meu cérebro. Uma coisa que eu achei que tava morta ali dentro.
Ela era diferente.
Não falo só da beleza — embora puta que pariu... que mulher.
**Loira, olhos azuis de gelo, corpo que parecia esculpido em luxúria.** Pernas longas, coxas que chamavam tapa, cintura fina, bunda redonda e empinada, peito na medida, tudo durinho uma delícia. Rosto de boneca cara e postura de rainha. Ela tinha algo nos olhos...
Algo que nem ela mesma sabia que existia: **dor camuflada.**
Naquele dia, observei de longe.
Ela desceu de um carro esportivo preto com o namorado banana — o tal do Ítalo. Cabelo lambido, camisa de marca, passo frouxo e olhar arrogante. Vi ele apertar a cintura dela como quem quer mostrar posse. Ela sorriu, mas não era sorriso verdadeiro. Era protocolo. Um script.
Eles entraram na mansão de vidro e aço.
Fiquei na sombra, observando. Analisando. Marcando rotas de fuga. Padrões. Horários. Mas, porra... meu olhar sempre voltava pra ela.
Nunca fui homem de se emocionar. Mas tem coisa que você sente no osso.
Aquela mina... **não sabia o que era gozar. Eu vi. Eu soube.**
Eu conheço mulher. Conheço corpo. Conheço olhar de quem só viveu pra agradar os outros. E ela era isso: uma joia enjaulada. Riquíssima. Sofisticada. Mas **vazia.**
Fiquei sabendo do passado dela.
Mãe morreu num acidente de avião há três anos. A menina desabou. Depressão forte. Tentativa de suicídio velada. Só a melhor amiga Marina segurou a barra. O testamento virou escândalo: tudo ficou pra ela.
Casas. Iates. As indústrias farmacêuticas. Jóias. A porra toda.
O pai só herdou o cargo de presidente. E mesmo assim, mantinha aquele sorriso nojento de “pai do ano”. Hipócrita do caralho. A filha fazia tudo o que ele mandava e ainda o amava como se ele fosse digno.
Nojento.
A grana que seria minha já tava certa. Mas algo me incomodava:
Por que matar a própria filha? Por que forjar essa porra toda?
Não era só por dinheiro. Era mais sujo que isso.
No fundo, eu nem me importava.
Eu era pago pra obedecer.
Mas agora... depois de vê-la, de observar ela de verdade... algo dentro de mim range. Algo que eu não gosto de sentir.
Talvez seja curiosidade. Talvez seja desejo.
Ou talvez... eu só queira ser **o primeiro homem a fazer aquela mulher tremer de verdade.**
Ver ela gemer, gozar, implorar por mais — **porque ninguém nunca ensinou isso a ela.**
Esse namorado dela?
Ítalo? Um bosta. Um covarde.
Fiquei sabendo por fontes da mansão, os empregados comentavam entre eles tudo que ouvia, eles riam se diverti com o cinema dos conflitos de rico. Dizem que ele nunca encostou na boca dela. Nunca a chupou. Só gostava de foder o cu dela e vestir calcinha de renda. Isso mesmo. Calcinha. Viado do caralho, e ela burra feito uma tola.
Não que eu tenha preconceito com fetiche, cada um na sua.
Mas porra... **ele nunca nem tentou dar prazer pra ela.**
Mandava ela calar a boca, gritava com ela, se ela perguntava alguma coisa.
Isso não é homem. Isso é lixo.
O que me deixa puto é pensar no que ela perdeu.
**Vinte e um anos, linda daquele jeito, cheia de vida e nunca teve um orgasmo.** Nunca se sentiu tomada, invadida por inteiro, com vontade de chorar de tanto prazer. Nunca teve um homem de verdade que a pegasse de jeito. Que colocasse ela de quatro e dissesse: agora você vai aprender o que é viver.
É isso que me deixa com raiva.
Não do plano. Não do pai dela.
Mas dela mesma... por ainda achar que aquilo é amor.
Por ainda acreditar que aquele Ítalo é o máximo que ela pode ter.
**Eu vou mostrar pra ela.**
Mas não agora.
O plano ainda não começou.
O sequestro só será daqui a algumas semanas. Tudo precisa ser perfeito. E até lá, eu fico observando.
**Estudando ela.**
Cada passo, cada gesto, cada olhar perdido.
Ela ainda não sabe...
Mas vai ser minha.
E quando for... não vai mais lembrar nem o nome do namorado frouxo que tem.
Vai esquecer que um dia viveu sem sentir prazer.
Porque eu sou Diego.
E quando eu pego uma mulher...
Ela nunca mais é a mesma.
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Atualizado até capítulo 36
Comments
Bianca🌹
Os funcionários da casa parece que são fofoqueiros eles sabem até o que acontece na intimidade lamentável da garota😂
2025-08-04
2
XandeLili Cáffaro
Ansiosa por este seguestro .🤭
2025-08-03
1
ana
Nossa
2025-08-09
1