O Escriba dos Deuses

O Escriba dos Deuses

Prólogo O Escriba e a Luz Silenciosa

A argila sob os dedos de Endubsar era fria, quase como a própria noite que se derramava pelas ruas de Eridu, a cidade amada do deus Enki. Lá fora, para além das paredes de tijolos cozidos ao sol de sua humilde câmara, o mundo ainda respirava com dificuldade, como um homem que acorda de um pesadelo febril e encontra os lençóis encharcados de um suor que não reconhece. Gerações tinham se esvaído desde que o Grande Dilúvio lavara a face de Ki, a Terra, mas a memória mais recente, mais pungente, era a do Vento Maligno – aquela praga invisível nascida da fúria dos próprios deuses em suas disputas por poder, uma poeira de morte que silenciara a Suméria e deixara um gosto de cinzas na boca dos sobreviventes.

Endubsar, o escriba, era um homem de poucas palavras faladas, mas de muitas palavras gravadas. Sua vida era um rio tranquilo de observação e registro: as contas do templo, os éditos dos sacerdotes, as genealogias dos reis humanos que agora governavam sob a sombra distante dos Anunnaki. Ele vira a reconstrução lenta de Eridu, o retorno hesitante da vida aos campos outrora férteis, a persistência teimosa da humanidade em face da indiferença cósmica ou da ira divina. E em seu coração, carregava o peso das histórias não contadas, dos segredos sussurrados nas noites de vigília, da verdade fragmentada que se escondia por trás dos hinos e das lendas.

Naquela noite em particular, o ar parecia mais denso, o silêncio, mais profundo. A lamparina a óleo sobre sua mesa de trabalho lançava uma luz trêmula sobre a tabuleta de argila onde ele acabara de inscrever um inventário de grãos para o templo de Enki. Um trabalho mundano, um contraponto à vastidão do céu estrelado que ele podia vislumbrar pela estreita abertura na parede – um céu que, segundo os sacerdotes mais velhos, já fora o lar de deuses que caminhavam abertamente entre os homens.

Foi então que o mundo exterior emudeceu. O coaxar dos sapos nos canais próximos, o latido distante de um cão, o murmúrio do vento nos juncos do rio – tudo cessou, como se uma mão invisível tivesse abafado a respiração de Eridu. Endubsar ergueu a cabeça, o estilo de junco ainda em sua mão, o coração subitamente alerta. Uma estranha quietude se instalou, uma quietude que precedia não a paz, mas o espanto.

E com o silêncio, veio a luz.

Não a luz familiar da lua ou das estrelas, nem o brilho avermelhado das tochas nos muros da cidade. Era uma luz que não pertencia àquele mundo. Começou como um pulsar fraco no horizonte, para além dos telhados baixos de Eridu, na direção do deserto. Depois, cresceu, expandiu-se, tornando-se um rodamoinho de cores impossíveis – verdes fosforescentes, azuis elétricos, violetas que pareciam roubados do coração de uma tempestade cósmica. Girava sobre si mesma, silenciosa, hipnótica, uma aparição de néon líquido contra o negrume da noite mesopotâmica.

Endubsar, paralisado, observava da soleira de sua porta. A luz se aproximou, majestosa e terrível, até pairar sobre o distrito dos templos, banhando as paredes de tijolo e os degraus do zigurate de Enki numa claridade espectral que não lançava sombras, apenas revelava tudo com uma nitidez dolorosa. Era uma luz que parecia perscrutar, que talvez lesse a alma da cidade adormecida.

O escriba sentiu um medo primordial subir pela espinha, um medo que seus ancestrais deviam ter sentido diante das primeiras manifestações dos Anunnaki. Aquilo não era obra de homens. Era poder divino, ou algo ainda mais estranho, vindo dos confins do céu.

Tão subitamente quanto surgira, o rodamoinho de luz se contraiu sobre si mesmo, implodindo numa piscadela silenciosa que deixou atrás de si apenas a escuridão normal da noite e a imagem residual das cores impossíveis queimando em suas retinas. Por um instante, Endubsar pensou ter sonhado, ter sido vítima de uma febre ou do cansaço.

Mas a escuridão não estava vazia. Onde antes a luz dançara, agora erguiam-se duas formas. Imensas. Silenciosas. Suas silhuetas escuras recortadas contra o véu de estrelas, que pareciam recuar diante de sua magnitude. Eram altas como as palmeiras mais antigas do Eufrates, talvez mais. Moviam-se com uma lentidão fluida, quase como se não tocassem o chão, ou como se o próprio chão se curvasse sob seu peso invisível. Delas emanava um brilho pálido, prateado, como o da lua refletida em obsidiana, que delineava vagamente seus elmos altos, talvez adornados com chifres ou cristas, e suas vestes longas que pareciam tecidas de sombra e metal líquido.

Gigantes. Anunnaki. Deuses.

O ar estalou com uma energia palpável. Endubsar não conseguiu mais sustentar o olhar. O medo, a reverência, o terror absoluto diante do numinoso o dominaram. Seus joelhos cederam, e ele caiu, prostrando-se com o rosto contra a poeira da soleira de sua casa, o corpo tremendo como um junco na tempestade. Não ousava respirar, não ousava pensar. Esperava o toque da aniquilação, ou a palavra que selaria seu destino.

O silêncio se estendeu por um tempo que pareceu uma eternidade. Então, sentiu. Não um som, não um toque físico inicial, mas uma presença. Uma força que o envolvia, que o sondava. E então, a sensação de ser levantado.

Não por mãos rudes, não com violência. Foi como se o próprio ar ao seu redor se tornasse sólido e o erguesse do chão, gentil mas irresistivelmente. Seu corpo flutuou, deixando para trás a poeira de sua soleira, sua lamparina bruxuleante, suas tabuletas de contas. Atravessou o vão da porta, depois o teto de sua câmara, como se as paredes de tijolo fossem feitas de névoa.

O medo deu lugar a um assombro paralisante. Abaixo dele, Eridu se afastava, um emaranhado de luzes fracas e sombras na escuridão. Viu o zigurate de Enki diminuir, o traçado escuro do Eufrates serpenteando pela planície. A viagem era incrivelmente rápida, mas não havia sensação de vento ou movimento brusco. Era um transporte silencioso, suave, como se estivesse sendo carregado num sonho, ou no ventre de uma nuvem. "Erguido aos céus", a frase dos antigos textos sobre os profetas e os escolhidos ecoou em sua mente atordoada. Para onde o levavam?

A escuridão do espaço pareceu envolvê-lo por um instante, as estrelas mais próximas e mais brilhantes do que nunca. E então, tão subitamente quanto a viagem começara, ela terminou. Foi depositado com a mesma suavidade sobre um piso liso e frio ao toque, feito de um material escuro e polido que parecia beber a luz.

Piscou, tentando se acostumar ao ambiente. Estava numa câmara imensa, cujas paredes curvas se perdiam na penumbra acima. Não havia janelas, mas as próprias paredes pareciam pulsar com linhas de luz azulada e prateada, formando padrões geométricos complexos que se moviam e se reconfiguravam lentamente, como pensamentos congelados. O ar era fresco, carregado com um odor sutil de ozônio e de algum incenso metálico desconhecido. Um zumbido baixo e profundo permeava tudo, a respiração de uma máquina colossal ou de um poder ancestral. No centro da câmara, talvez, erguia-se uma coluna de luz suave, ou um arranjo de cristais multifacetados que refratavam a luz em arco-íris impossíveis. Era um lugar de poder, de conhecimento, de uma beleza alienígena e terrível.

As duas figuras gigantescas que o haviam trazido estavam ali, diante dele, suas formas agora mais nítidas sob a iluminação interna da câmara. Uma delas, a que parecia ligeiramente mais alta, a que emanava uma aura de sabedoria antiga e uma tristeza profunda como as águas do Abzu, deu um passo à frente. Seus olhos, como poços de estrelas, fixaram-se em Endubsar. E o escriba soube, com uma certeza que não vinha da razão mas da alma, que estava diante do próprio Enki, o Senhor da Terra, o Deus da Sabedoria. A outra figura, igualmente imponente mas com uma aura mais reservada, talvez mais técnica, permaneceu um passo atrás, em silêncio, observando com uma intensidade fria – seria Ningishzidda, o filho de Enki, Mestre dos Segredos Genéticos? Endubsar não ousava especular.

Prostrou-se novamente, o rosto contra o piso frio, o medo agora tingido de um temor reverente que lhe roubava as palavras.

"Levante-se, Endubsar, escriba de Eridu." A voz de Enki preencheu a câmara, não como um trovão, mas como o ressoar profundo de um sino de bronze, cada sílaba vibrando no ar e na mente do escriba. "Não tema em demasia. Você não foi trazido aqui para sua destruição, mas para o início de um grande trabalho."

Com dificuldade, lutando contra o tremor em seus membros, Endubsar se pôs de pé, mantendo os olhos baixos.

Enki o contemplou, e em seu olhar havia o peso de éons, a tristeza das estrelas e a fagulha da curiosidade científica que nunca se apagava. "Você tem testemunhado os tempos sombrios em Ki, Endubsar. O eco do Vento Maligno ainda envenena a terra e a memória dos homens. A história de nossa vinda, da criação de sua espécie, das grandes catástrofes e das pequenas esperanças… tudo isso se perde, se fragmenta, é recontado de forma incompleta pelos sacerdotes e pelos contadores de histórias, cada um adicionando ou omitindo segundo seus próprios medos ou ambições."

O deus fez um gesto, e uma pequena mesa flutuante, feita do mesmo material escuro das paredes, surgiu ao lado de Endubsar. Sobre ela, um pão de cor escura, quase negra, e uma taça de metal que continha uma água que parecia brilhar com luz própria.

"Coma e beba," ordenou Enki, a voz agora mais suave, quase gentil. "Pois o corpo mortal precisa de sustento para a tarefa que tenho para você, e sua mente precisa da clareza que apenas o néctar dos deuses pode oferecer. Este pão é feito dos grãos de Nibiru, esta água vem das fontes primordiais. Eles o fortalecerão."

Obedientemente, Endubsar comeu um pedaço do pão. Tinha um sabor terroso, denso, e uma energia vital que ele nunca provara. Bebeu da água, que era fria como gelo estelar e desceu por sua garganta como luz líquida, clareando sua mente, afastando os últimos vestígios do medo e da confusão. Sentiu-se revigorado, alerta, como se tivesse acabado de despertar de um longo sono.

"Você é um escriba, Endubsar," continuou Enki, sua voz retomando a gravidade. "Sua vida tem sido dedicada a transformar o pensamento em registro, a memória em permanência. É uma arte nobre, e uma responsabilidade imensa. E é por isso que você foi escolhido, dentre todos os escribas de Ki."

Ele se aproximou, e Endubsar pôde sentir a aura de poder e conhecimento que emanava do deus. "A história verdadeira de nossa presença em Ki, a crônica de Nibiru, a criação do Lulu e do Adamu, as guerras entre nós, os deuses, e as catástrofes que se abateram sobre este mundo… tudo isso precisa ser registrado. Sem floreios, sem omissões, sem as interpretações dos sacerdotes ou as distorções dos medos humanos. A verdade, Endubsar. A verdade como ela foi, como eu a conheço."

Enki fez outro gesto, e sobre a mesa flutuante, ao lado do que restara do pão e da água, surgiram novas ferramentas: um estilo de um metal prateado que parecia brilhar por si mesmo, e uma pilha de tabuletas de uma argila fina, de cor marfim, cuja superfície parecia viva, quase respirando.

"Com este estilo," disse Enki, "e sobre estas tabuletas preparadas, você anotará cada palavra que eu lhe ditar. Não perca um detalhe. Não altere um significado. Seja o canal, o registrador fiel. Pois estas crônicas não são para o seu tempo apenas. Serão seladas, guardadas em um lugar onde nem o tempo nem os elementos possam destruí-las. E em um ciclo futuro, quando a humanidade estiver madura para tal conhecimento, ou talvez quando estiver novamente à beira de um grande perigo, ‘escolhidos’ virão. E encontrarão estas palavras. E talvez, apenas talvez, aprendam com elas."

A magnitude da tarefa era quase inconcebível. Ser o confidente de um deus, o registrador da história secreta dos mundos. Endubsar sentiu seus joelhos fraquejarem novamente, mas desta vez não era apenas medo. Era o peso esmagador da responsabilidade.

"Mas por que eu, Senhor dos Segredos?" perguntou ele, a voz ainda trêmula, mas agora com uma nota de aceitação. "Há escribas mais habilidosos nos templos, mais próximos dos segredos dos deuses..."

Os olhos de Enki pareceram suavizar por um instante. "Porque você, Endubsar, possui algo que muitos deles perderam, ou nunca tiveram: um coração que ainda busca a verdade por trás das aparências, e uma mão que não treme ao registrar o que é difícil. Você é um filho de Eridu, a cidade da sabedoria. E carrega em si a antiga centelha."

O deus fez uma pausa, e o silêncio na câmara pareceu preenchido pela própria respiração do cosmos. "A tarefa será longa, escriba. Exigirá toda a sua habilidade, toda a sua concentração, toda a sua vida. Mas seu nome será lembrado, não entre os reis, mas entre os guardiões da memória. Você está pronto para começar?"

Endubsar olhou para o estilo prateado, para as tabuletas de argila luminosa. Olhou para o rosto insondável de Enki, e para a figura silenciosa de seu companheiro. Sentiu o fio da história, vasto e terrível, esperando para ser tecido através de sua mão. Não havia como recusar. Não havia como voltar atrás. Sua vida como um simples escriba de contas terminara no momento em que a luz neon tocara o céu de Eridu.

Ele se curvou profundamente. "Estou pronto, Senhor Enki. Que suas palavras fluam através de mim."

Enki assentiu, um leve sorriso, talvez de satisfação, talvez de uma tristeza antiga, tocando seus lábios divinos. "Então prepare a primeira tabuleta, Endubsar. Pois a história é longa, e começa muito antes de Ki, muito antes do Sol que agora os aquece. Começa na escuridão fria do espaço profundo, em nosso lar errante, quando o primeiro suspiro de Nibiru já anunciava a necessidade de uma grande jornada..."

Capítulos
1 Prólogo O Escriba e a Luz Silenciosa
2 Capítulo 1: O Suspiro do Planeta Vermelho
3 Capítulo 2: Carruagens Partindo na Penumbra
4 Capítulo 3: O Exílio e o Ouro Amargo
5 Capítulo 4: O Grito Através do Vazio
6 Capítulo 5: Pouso no Jardim das Águas
7 Capítulo 6: O Lar Longe de Casa
8 Capítulo 7: Elos de Um Trono Distante
9 Capítulo 8: A Promessa das Pedras
10 Capítulo 9: O Chamado do Abzu
11 Capítulo 10: Veias Abertas na Terra Negra
12 Capítulo 11: A Sombra da Rebelião
13 Capítulo 12: A Face que Contempla as Estrelas
14 Capítulo 13: Faróis na Poeira Vermelha
15 Capítulo 14: A Solidão dos Igigi
16 Capítulo 15: A Rebelião dos Anunnaki - Parte I
17 Capítulo 16: A Rebelião dos Anunnaki - Parte II
18 Capítulo 17: A Solução - Parte I
19 Capítulo 18: A Solução - Parte II
20 Capítulo 19: A Criação de Adamu - Parte I
21 Capítulo 20: A Criação de Adamu - Parte II
22 Capítulo 21: Paraíso Perdido - Parte I (A Chama de Esperança)
23 Capítulo 22: Paraíso Perdido - Parte II (A Queda)
24 Capítulo 23: Viagem à Lua - Parte I (O Convite e a Jornada)
25 Capítulo 24: Viagem à Lua - Parte II (Olhando para Casa)
26 Capítulo 25: A Experiência Humana - Parte I (O Crescimento e a Dispersão)
27 Capítulo 26: Humana Experiência - Parte II (Marcas Divinas, Escolhas Humanas)
28 Capítulo 27: Ka-in e Abael - Parte I (A Semente da Inveja)
29 Capítulo 28: Ka-in e Abael - Parte II (O Primeiro Sangue na Terra)
30 Capítulo 29: A Era dos Gigantes - Parte I (O Sangue se Mistura)
31 Capítulo 30: A Era dos Gigantes - Parte II (Heróis e Desordem)
32 Capítulo 31: Algo Terrível está por Vir - Parte I (Os Sinais e o Conselho)
33 Capítulo 32: Algo Terrível está por Vir - Parte II (O Juramento e o Segredo)
34 Capítulo 33: O Mensageiro do Criador - Parte I (A Intervenção de Galzu)
35 Capítulo 34: O Mensageiro do Criador - Parte II (A Arca e a Tempestade)
36 Capítulo 35: O Grande Dilúvio - Parte I (A Fúria das Águas)
37 Capítulo 36: O Grande Dilúvio - Parte II (A Nova Margem)
38 Capítulo 37: A Difícil Arte de Recomeçar - Parte I (A Nova Margem e a Velha Ira)
39 Capítulo 38: A Difícil Arte de Recomeçar - Parte II (Novas Cidades, Velhas Divis
40 Capítulo 39: Inanna e Dumuzi - Parte I (A Primeira Geração Terrestre)
41 Capítulo 40: Inanna e Dumuzi - Parte II (A Descida e a Traição)
42 Capítulo 41: O Retorno de Anu - Parte I (A Vinda do Rei Celestial e a Nova Esper
43 Capítulo 42: O Retorno de Anu - Parte II (Decretos na Terra Lavada)
44 Capítulo 43: As quatro Regiões - Parte I (A Partilha do Mundo Devastado)
45 Capítulo 44: As quatro Regiões - Parte II (As Terras de Enki e os Reinos de Inan
46 Capítulo 45: As quatro Regiões - Parte III (O Mundo Dividido e o Olhar de Nibiru
47 Capítulo 46: Babel - Parte I (O Novo Tempo em Ki)
48 Capítulo 47: Babel - Parte II (A Ira dos Deuses e a Confusão)
49 Capítulo 48: Babel - Parte III (A Dispersão e o Medo)
50 Capítulo 49: A Ira de Marduk - Parte I (A Ascensão em Babilim)
51 Capítulo 50: A Ira de Marduk - Parte II (O Desafio a Nibiru e a Guerra na Terra)
52 Capítulo 51: A Ira de Marduk - Parte III (O Amargo Sabor do Poder)
53 Capítulo 52: É o Fim - Parte I (A Sombra das Armas de Terror)
54 Capítulo 53: É o Fim - Parte II (O Decreto da Aniquilação Seletiva)
55 Capítulo 54: É o Fim - Parte III (O Fogo dos Deuses e a Poeira da Morte)
56 Capítulo 55: O Vento Maligno - Parte I (A Nuvem da Morte e a Fuga dos Deuses)
57 Capítulo 56: O Vento Maligno - Parte II (A Desolação da Suméria)
58 Capítulo 57: O Vento Maligno - Parte III (Cinzas e Novos Começos)
59 Capítulo 58: Enuma Elish: O Princípio Celestial - Parte I (A Ascensão de Babilim
60 Capítulo 59: Enuma Elish: O Princípio Celestial - Parte II (A Nova Ordem e o Dis
61 Capítulo 60: Enuma Elish: O Princípio Celestial - Parte III (O Legado das Estrel
Capítulos

Atualizado até capítulo 61

1
Prólogo O Escriba e a Luz Silenciosa
2
Capítulo 1: O Suspiro do Planeta Vermelho
3
Capítulo 2: Carruagens Partindo na Penumbra
4
Capítulo 3: O Exílio e o Ouro Amargo
5
Capítulo 4: O Grito Através do Vazio
6
Capítulo 5: Pouso no Jardim das Águas
7
Capítulo 6: O Lar Longe de Casa
8
Capítulo 7: Elos de Um Trono Distante
9
Capítulo 8: A Promessa das Pedras
10
Capítulo 9: O Chamado do Abzu
11
Capítulo 10: Veias Abertas na Terra Negra
12
Capítulo 11: A Sombra da Rebelião
13
Capítulo 12: A Face que Contempla as Estrelas
14
Capítulo 13: Faróis na Poeira Vermelha
15
Capítulo 14: A Solidão dos Igigi
16
Capítulo 15: A Rebelião dos Anunnaki - Parte I
17
Capítulo 16: A Rebelião dos Anunnaki - Parte II
18
Capítulo 17: A Solução - Parte I
19
Capítulo 18: A Solução - Parte II
20
Capítulo 19: A Criação de Adamu - Parte I
21
Capítulo 20: A Criação de Adamu - Parte II
22
Capítulo 21: Paraíso Perdido - Parte I (A Chama de Esperança)
23
Capítulo 22: Paraíso Perdido - Parte II (A Queda)
24
Capítulo 23: Viagem à Lua - Parte I (O Convite e a Jornada)
25
Capítulo 24: Viagem à Lua - Parte II (Olhando para Casa)
26
Capítulo 25: A Experiência Humana - Parte I (O Crescimento e a Dispersão)
27
Capítulo 26: Humana Experiência - Parte II (Marcas Divinas, Escolhas Humanas)
28
Capítulo 27: Ka-in e Abael - Parte I (A Semente da Inveja)
29
Capítulo 28: Ka-in e Abael - Parte II (O Primeiro Sangue na Terra)
30
Capítulo 29: A Era dos Gigantes - Parte I (O Sangue se Mistura)
31
Capítulo 30: A Era dos Gigantes - Parte II (Heróis e Desordem)
32
Capítulo 31: Algo Terrível está por Vir - Parte I (Os Sinais e o Conselho)
33
Capítulo 32: Algo Terrível está por Vir - Parte II (O Juramento e o Segredo)
34
Capítulo 33: O Mensageiro do Criador - Parte I (A Intervenção de Galzu)
35
Capítulo 34: O Mensageiro do Criador - Parte II (A Arca e a Tempestade)
36
Capítulo 35: O Grande Dilúvio - Parte I (A Fúria das Águas)
37
Capítulo 36: O Grande Dilúvio - Parte II (A Nova Margem)
38
Capítulo 37: A Difícil Arte de Recomeçar - Parte I (A Nova Margem e a Velha Ira)
39
Capítulo 38: A Difícil Arte de Recomeçar - Parte II (Novas Cidades, Velhas Divis
40
Capítulo 39: Inanna e Dumuzi - Parte I (A Primeira Geração Terrestre)
41
Capítulo 40: Inanna e Dumuzi - Parte II (A Descida e a Traição)
42
Capítulo 41: O Retorno de Anu - Parte I (A Vinda do Rei Celestial e a Nova Esper
43
Capítulo 42: O Retorno de Anu - Parte II (Decretos na Terra Lavada)
44
Capítulo 43: As quatro Regiões - Parte I (A Partilha do Mundo Devastado)
45
Capítulo 44: As quatro Regiões - Parte II (As Terras de Enki e os Reinos de Inan
46
Capítulo 45: As quatro Regiões - Parte III (O Mundo Dividido e o Olhar de Nibiru
47
Capítulo 46: Babel - Parte I (O Novo Tempo em Ki)
48
Capítulo 47: Babel - Parte II (A Ira dos Deuses e a Confusão)
49
Capítulo 48: Babel - Parte III (A Dispersão e o Medo)
50
Capítulo 49: A Ira de Marduk - Parte I (A Ascensão em Babilim)
51
Capítulo 50: A Ira de Marduk - Parte II (O Desafio a Nibiru e a Guerra na Terra)
52
Capítulo 51: A Ira de Marduk - Parte III (O Amargo Sabor do Poder)
53
Capítulo 52: É o Fim - Parte I (A Sombra das Armas de Terror)
54
Capítulo 53: É o Fim - Parte II (O Decreto da Aniquilação Seletiva)
55
Capítulo 54: É o Fim - Parte III (O Fogo dos Deuses e a Poeira da Morte)
56
Capítulo 55: O Vento Maligno - Parte I (A Nuvem da Morte e a Fuga dos Deuses)
57
Capítulo 56: O Vento Maligno - Parte II (A Desolação da Suméria)
58
Capítulo 57: O Vento Maligno - Parte III (Cinzas e Novos Começos)
59
Capítulo 58: Enuma Elish: O Princípio Celestial - Parte I (A Ascensão de Babilim
60
Capítulo 59: Enuma Elish: O Princípio Celestial - Parte II (A Nova Ordem e o Dis
61
Capítulo 60: Enuma Elish: O Princípio Celestial - Parte III (O Legado das Estrel

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