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Ecos do Primeiro Sangue
O frio da madrugada apertava ainda mais nas entranhas da caverna. Entre suspiros cansados e corpos tentando se aquecer, Lyra Winterborne permaneceu acordada, encarando o vazio, como se pudesse arrancar respostas da escuridão.
O Primeiro Lobo.
Aquele nome pulsava como um tambor em sua mente.
Quem era ele, realmente? E por que sua maldição agora corroía todos eles?
Quando fechou os olhos mais uma vez, foi como atravessar um véu invisível.
O mundo mudou.
A visão tomou forma diante dela.
Ela estava em um campo vasto, sob um céu de estrelas douradas, muito diferente da lua minguante e do breu que conhecia. À frente, uma figura imensa emergia — um lobo maior que qualquer besta natural, o pelo prateado como aço polido, os olhos azuis flamejantes.
Fenrir.
O Primeiro Lobo.
Lyra sentiu o chão vibrar sob seus pés, e seu coração bateu em sincronia com o da criatura colossal.
Mas Fenrir não estava só. Diante dele, envolta em uma luz prateada, estava uma mulher — alta, de cabelos como o fio da lua e olhos tão antigos quanto o próprio tempo.
A Deusa da Lua.
— Você prometeu, Fenrir — disse a Deusa, sua voz soando como sinos distantes. — Prometeu lealdade. Prometeu jamais se voltar contra a Ordem.
Fenrir rosnou baixo, uma nota de dor misturada à fúria.
— Eu prometi enquanto era livre. — Sua voz era profunda, quase humana. — Agora sou acorrentado pelo destino que você me impôs.
A Deusa ergueu a mão. Seu olhar, implacável, fulminou o grande lobo.
— A liberdade que você deseja trará destruição. Para equilibrar a balança, sua linhagem será marcada...
Com a maldição do instinto. Da fome. Da traição.
Fenrir lançou um uivo que rachou o céu. E quando ele o fez, fragmentos de estrelas começaram a cair, tingindo o mundo em vermelho-sangue.
Lyra acordou com um sobressalto, o corpo encharcado de suor gelado.
Ao seu redor, os outros ainda dormiam — ou fingiam dormir — presos em seus próprios pesadelos.
Ela levou uma mão trêmula ao peito, sentindo o coração descompassado.
A linhagem de Fenrir era a dela.
Eles estavam condenados pela traição de um deus-lobo, e agora a maldição pesava sobre cada alma do clã Winterborne.
Um estalo ecoou na caverna.
Instintivamente, Lyra se ergueu.
Da sombra da entrada, uma figura solitária surgia.
Era um homem de túnica cinza, capuz baixo sobre o rosto. A própria presença dele parecia distorcer o ar ao redor, como se ele pertencesse a uma realidade diferente.
— Quem é você? — rosnou Caelum, surgindo das sombras com uma faca curta em mãos.
O estranho não respondeu imediatamente.
Ele apenas ergueu a cabeça, revelando olhos pálidos e brilhantes, como se carregassem pedaços da lua dentro deles.
Quando falou, sua voz foi um sussurro.
— Meu nome é Maeron.
— E eu sou a única chance que vocês têm a chance.......de quebrar a maldição.
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Maeron
Fenrir
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vamos juntos até o fim?
Bjs até daqui a poucoquinho
Espero vocês no próximo capítulo
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Atualizado até capítulo 72
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