O CEO Cadeirante
Olá minhas belas leitoras, tudo bem? Vamos para mais uma história 😊❤️ Espero que gostem!!! Qualquer reclamação 👇 hahaha
O silêncio naquela casa luxuosa era ensurdecedor. Do lado de fora, o mundo seguia seu ritmo, apressado, barulhento. Dentro, o tempo parecia ter parado, congelado naquele exato momento em que ele deixou de ser um homem — para se tornar um peso.
Cael Ferraz, um nome que antes causava reverência, agora era apenas mais um corpo imóvel sobre rodas. CEO de um império, dono de uma fortuna invejável, hoje ele não passava de um fantasma à margem da própria história. As paredes daquela mansão que ele construiu com tanto esforço agora pareciam uma prisão de mármore, fria como o olhar da mulher que dizia ser sua esposa.
Lorena Andrade.
A mulher por quem ele havia assinado papéis, feito juras — e que agora fazia questão de lembrá-lo, todos os dias, que ele não passava de um fardo. Ela não gritava. Não precisava. Seu desprezo estava nos gestos pequenos, nos olhares disfarçados, nas palavras ditas com açúcar e veneno. Na comida excessivamente salgada. No banho com baldes de água gelada. No dia em que ela deixou uma tigela de sopa quente cair em seu colo.
Ele ainda se lembra das humilhações. Da queda. Do sangue. E do sorriso cínico dela logo depois, disfarçado de preocupação.
Mas o pior de tudo… foi quando ele acreditou. Quando aceitou que aquela era sua nova vida. Que nunca mais voltaria a andar. Que depender dela seria seu destino até o fim.
Ele desistiu.
E é por isso que ela venceu por tanto tempo.
Cael já não fazia perguntas. Já não sonhava. Apenas aceitava o que o mundo lhe dava — ou o que ela deixava cair no chão da sua dignidade. Até que alguém o fez acreditar novamente.
“Você pode andar de novo"
Foi o que o Doutor experiente disse, após checar os seus exames. A frase bateu nele como uma martelada.
Foi naquele instante que Cael Ferraz renasceu.
Ali, preso à cadeira de rodas, com o corpo fraco e a alma quase morta, nasceu um novo homem. Um homem que não queria apenas justiça. Queria vingança. Mas também algo mais raro… redenção. Paz. Recomeço.
E se para isso ele tivesse que desaparecer do mundo que conhecia, então que fosse. Morreria como Cael Ferraz… e renasceria como um homem novo.
Porque agora ele sabia: ela não o amava.
Mas em algum lugar, alguém ainda o amaria. Do jeito certo. Do jeito que cura. Do jeito que ele merecia ser amado.
...Cael Ferraz...
...Marcelo Mendes...
...Lorena Ferraz...
...Thalita Viegas...
Capítulo 1
Cael Ferraz,
Mais um dia comum. Ou, pelo menos, era o que eu pensava.
Saí da empresa por volta das seis e meia da tarde. Chovia muito naquele dia. Aquelas chuvas de fim de tarde que pareciam castigar São Paulo sem piedade. O trânsito estava um caos, e minha cabeça já latejava de cansaço depois de uma sequência de reuniões longas. Mesmo assim, eu quis fazer uma coisa diferente.
Antes de ir pra casa, parei numa floricultura que ficava no caminho. Comprei um buquê de rosas vermelhas, do tipo que Lorena dizia adorar. Também pedi que embrulhassem uma caixa de chocolates importados. Ela amava chocolate amargo. Eu me lembro porque, na primeira vez que viajamos juntos, ela entrou numa loja na Argentina e escolheu uma caixa parecida. Gravei aquela cena na memória como se fosse um detalhe importante. E era pra mim.
Meu nome é Cael Ferraz, tenho 37 anos e sou o CEO da Ferraz Group, uma das maiores holdings do país. Trabalho desde os 18, e tudo que conquistei foi com esforço, dedicação e noites sem dormir. Não herdei nada de ninguém. E talvez por isso, sempre valorizei quem caminha ao meu lado.
Estou casado com Lorena há apenas sete meses. Ela é linda, inteligente e tem uma personalidade forte. Daquelas que não se intimidam fácil. Eu gostava disso nela. Parecia firme, determinada. Mas, às vezes, era difícil de lidar. Controladora. Temperamental. Ainda assim, eu estava disposto a fazer dar certo.
No caminho pra casa, coloquei uma música leve no carro, tentando esquecer o estresse do dia. A chuva aumentava, batendo forte contra o para-brisa. Eu diminuí a velocidade. Sempre fui cuidadoso ao dirigir, principalmente em dias assim. Mas o destino, às vezes, ignora até os mais cautelosos.
Foi em uma curva, perto de um túnel, que tudo aconteceu.
Um carro veio na contramão. Rápido demais. Tentei desviar, mas a pista estava molhada. O carro girou. Tudo aconteceu em segundos. Eu lembro do som do impacto. Do estalo seco da lataria. Do vidro estilhaçado. E depois, o escuro.
Acordei uma única vez no hospital, mas não sabia onde estava. Lembro de luzes fortes, de vozes distantes. Depois, tudo ficou preto de novo.
Me disseram que fiquei desacordado por quase oito dias. Bati a cabeça com força e tive um trauma na coluna. Fraturas. Hematomas internos. Era como se meu corpo tivesse passado por uma batalha da qual eu não lembrava de ter participado.
Quando abri os olhos de verdade, a primeira coisa que vi foi o teto branco do hospital. A luz incomodava, mas não tanto quanto o silêncio.
Virei levemente a cabeça. E lá estava ela.
Lorena.
Sentada ao meu lado, usando um vestido azul claro e os cabelos presos em um coque alto. Parecia calma demais. Diferente.
— Cael? — ela sussurrou, ao perceber que eu havia acordado.
Sua voz não tinha emoção. Não havia sorriso em seus olhos. Só uma expressão vazia.
— Oi… — foi tudo o que consegui dizer. Minha garganta estava seca, meu corpo inteiro doía, e eu sentia um peso estranho no peito.
— Você sofreu um acidente. Um carro bateu em você na contramão. Os médicos disseram que… — ela parou. Respirou fundo, e completou: — Disseram que você não vai poder andar por um bom tempo. Talvez nunca mais.
Aquilo bateu como um soco. O mundo girou de novo. Mas, dessa vez, não era o carro. Era a realidade.
Eu não consegui falar nada. Apenas fechei os olhos, deixando as lágrimas escorrerem silenciosamente pelas laterais do meu rosto.
Naquele instante, percebi que minha vida havia mudado completamente.
E eu ainda nem imaginava o quanto.
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Atualizado até capítulo 42
Comments
Tânia Campos
Deve ser terrível, uma notícia dessa, dada dessa forma!!!
Credo!!!
2025-04-28
4
JULIANA
Socorroooo , mal começou e já to querendo perder meu réu primário kkkkk
2025-04-30
1
Vilma Teixeira Roquete
Começando em 28-04-25 as 24:30 o sono fugiu 🤭🤭🤭🤭🤭...então bora pra mais uma aventura...😁😁😁😁😁😁
2025-04-28
1