Capítulo 3: David

Quando eu conheci a Diana, estava em uma investigação policial e estava disfarçado. O que minha noiva não sabe, é que nessa investigação, eu fazia para descobrir a quadrilha que tem atormentado várias famílias que seus filhos na idade jovem acima dos 18, acabam sendo traficados para se tornarem garotos de programa ou sendo mulas (pessoas que levam drogas em saquinhos dentro do estômago ou intestino).

Claro que ela sabia que era um policial, isso eu nunca escondi, pois, sempre tive muito orgulho da profissão que exerço apesar de perigosa. Mas, ela pensa que somente sou como um patrulheiro.

Sempre tivemos uma boa sintonia e fiquei muito surpreso em ver que Diana é uma fera na cama. Quem vê aquele rosto angelical e com jeitinho de santa, mal imaginam o que aquela mulher é capaz de fazer e acho que foi por isso, que levei nossa relação ao tempo que estamos e mesmo não a amando, gosto do jeito doido dela, da companhia, do sexo e para mim é mais que suficiente para pedi-la em casamento. E foi o que fiz, já que minha anja não sei onde está.

Diana sempre falou muito da sua prima que estava em outro país, mas não entrou em detalhes do que aconteceu para que ela e sua mãe fossem embora e parecessem ter aversão a retornar para o país.

Por causa do meu trabalho, de algumas vezes desde que começamos nossa relação, Diana viajou para Paris visita-las, e infelizmente não consegui ir e pela alegria da minha noiva, sua prima virá com sua tia para o nosso casamento.

Diana estava animada e isso me deixava feliz. Desde que as duas saíram daqui, ela ficou sozinha, já que o seu pai precisou se ausentar da cidade e nem sabe aonde ele se encontra atualmente.

Acho estranho, mas não opino em nada quanto a isso, mas meu faro investigativo me diz que algo está relacionado as duas que estão chegando de viagem.

Caso eu perceba algo estranho nessa história, no caso a prima de Diana de nome Catrina, irei investigar por baixo dos panos como meu irmão Josh diz. E esse nome parece me perseguir, já que é o mesmo da minha anja de anos atrás.

Os dias foram passando e com isso, comecei a ter umas sensações estranhas. Não sei se era pelo aproximar do casamento, ou seria pela investigação que estou a fundo e quase pegando a quadrilha que tem feito mulheres e agora crianças reféns do tráfico humano.

“Trim, trim, trim”

Olhando o visor enquanto estava entretido no meu computador fazendo umas anotações de uma prisão de dois capangas de um traficante que ainda não conseguimos o pegar, mas que me trouxeram uma pista para chegar a quadrilha, vejo ser minha noiva o que me faz sorrir e recostar em minha cadeira jogando minhas botas sobre a mesa.

- Minha linda, que surpresa me ligar a essa hora. Está tudo bem?

- Sim meu amor. Estou te ligando para lembrar o que você esqueceu. – Diz com sua voz manhosa mas sinto uma ponta de raiva na voz.

Franzo o cenho, pois, não me recordo de nada até que um estalo se faz na minha mente e me lembro dando um pulo da cadeira quase caindo. Tinha que ir com minha noiva buscar sua prima e tia no aeroporto.

Sem graça e um pouco esbaforido, pegando a chave da minha Ranger e carteira, já me desculpando.

- Desculpa amor, eu já estou a caminho. – Escuto um bufar.

- Sabia que havia esquecido, mas tudo bem. Peguei um taxi e estou a caminho o aeroporto. Você pode me encontrar lá? – Sua voz parece mais suave.

- Claro Di, já estou à caminho.

Encerramos a ligação e assim que abro a porta da minha sala, em passos apressados, passo pelos olhares atentos dos meus colegas e a secretária do batalhão, Larissa. Uma mulher geniosa, mas de bom coração. A mesma que me disse para abrir o olho com a minha noiva, pois, sentiu que ela não valia nada, o que acredito ser implicância.

- Larissa, se caso alguém perguntar por mim, diga que estou numa diligência, mas volto logo.

- Sim Bronks. Eu falo.

Ao sair do batalhão cruzo com nada menos que Taylor, um dos policiais que não me desce e acredito que a reciproca é a mesma. Ao me ver, sorri ironicamente.

- Não estou para suas gracinhas agora Taylor. – Aviso entre os dentes.

Erguendo as mãos em rendição, Taylor me encara com aquele sorriso debochado e dispara.

- Calma aí David. Nem falei nada.

- Mas ia, agora saia da minha frente palerma. Estou atrasado.

Aquele sorriso presunçoso na sua cara continuava lá. Cerrei os punhos, porque dessa vez quebraria a cara desse infeliz sem ninguém para impedir. Mas, parece que o diabo tem uma sorte...

Porém, também posso pensar o mesmo de mim. Não quero uma advertência ou afastamento da corporação por causa desse animal.

- Sargentos! – A voz grossa do nosso capitão reverbera atrás de Taylor o que o fez congelar. Seu sorriso logo se desfez e eu quem agora dou um sorriso de lado para o mesmo que me fuzila.

- Capitão! – O cumprimento.

Um suspiro pesado Taylor dá e a contragosto, abre espaço para que eu passe. Mas, sempre ele tem que falar algo. E dessa vez não seria diferente, mas sussurrou.

- Salvo pelo gongo! – O encaro de lado e meu olhar diz “Pode vir que não tenho medo”. E passo por ele.

Taylor vira-se e cumprimenta nosso chefe, mas o capitão apenas balança a cabeça consentindo e me para.

- Vai aonde sargento?

- Preciso resolver um assunto, mas não me demoro. – Ele apenas balança a cabeça, já que sabe bem que precisaria sair hoje com minha noiva, pois, o tinha avisado, mas eu é quem não me lembrava disso.

Com meus óculos escuros no lugar, sigo para meu carro e ao entrar e dar uma olhada em direção a porta, percebo que o capitão está com o ânimo alterado para Taylor e o mesmo de cabeça baixa. Alguma coisa tem ali.

Dou de ombros e sigo para o aeroporto e por sorte, o trânsito de Toronto está calmo o que me facilita chegar mais rápido.

Assim que estaciono numa vaga, corro até o interior do aeroporto passando por algumas pessoas que vem e vão, até encontrar o portão de desembarque e avistar minha noiva intercalando seu olhar para trás e para dentro do portão. Quando Diana me vê, parece se aliviar e então sorri.

- Desculpa minha linda. Eu realmente esqueci, mas o importante que estou aqui. Elas já chegaram? – Pergunto afoito e só aí me dou conta de que não dei nenhum beijo na minha noiva, quando a mesma me dá um selinho rápido e ri.

- Calma amor. Respira que vai ficar tudo bem. O avião parece estar com um pequeno atraso, mas logo estarão aqui. – Sorrio balançado a cabeça consentindo.

E parece que foi só eu chegar, para o alto-falante anunciar que o voo que vinha de Paris acabava de pousar. Diana me olha com seus olhos brilhantes e o sorriso gigante. Sorrio com a sua empolgação.

Minutos se passaram e as pessoas começaram a sair pelo portão de desembarque. Muitas pessoas estavam ali esperando seus entes ou parceiros fazendo uma festa ou saudação silenciosa. Me perdi naquelas imagens na minha frente, quando senti um tapa sobre meu abdômen me atraindo a atenção.

- Elas chegaram!

Diana começou a acenar na direção de onde seus olhos estavam fixos e quando segui-os para o mesmo lugar, meus olhos a viram.

No momento em que eu pus meus olhos sobre ela, eu percebi que estava perdido. Diana é uma mulher linda, mas aquela mulher que caminhava na nossa direção, era um espetáculo. Uma preta linda com aqueles cachos com pontas aloiradas e o sorriso que fez meu coração pulsar mais forte e meu amigo se animar. Mas algo parecia incerto no meu coração, ela parecia com ELA!

Me recriminei na hora por sentir-me excitado e atraído pela prima da minha noiva.

Eu nunca havia me sentido assim antes por mulher nenhuma com exceção da anja, nem mesmo por Diana. O coração estava tão forte batendo no peito que pensei teria um infarto a qualquer momento.

Quando ela se aproximou com a sua mãe, aquele cheiro de morango com baunilha me inebriaram. Engoli em seco e espero mesmo que Diana não perceba que a sua prima me tirou do eixo.

Mas, no momento em que as nossas mãos se tocaram, ali eu tive a certeza do que os meus pais viveram e que eu estava ferrado.

^^^Continua...^^^

...Será que a tal anja que David se refere é a Catrina no passado? Lembrando que ainda eles não tiveram o filho deles e nem a amizade de Chloe e Catrina aconteceu ainda....

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Comments

Andréa Karlla Silva Farias

Andréa Karlla Silva Farias

É um eita atrás de outro eita, Sr David vamos brincar de correr atrás da verdadeira história da tua noiva? Saber onde está o pai, o que faz, onde se enfiou, pq está tanto tempo longe da santinha da filha 💭💭💭💭

2025-03-05

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Andréa Karlla Silva Farias

Andréa Karlla Silva Farias

Eita que Bronks Jr deu logo sinal de vida kkkkkk e quem é ELA? de onde Bronks conhece a anja, da escola, da rua onde moravam, da pracinha, da sorveteria?💭💭💭💭 Agora os neurônios dele tá dando tic se perguntando: eu caso ou não caso, e agora quem poderá me salvar?💭💭💭💭💭

2025-03-05

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Andréa Karlla Silva Farias

Andréa Karlla Silva Farias

Então ela não é santa, mas não mexe com a organização que o David investiga, mas a bichota sabe dar um belo chá de pepeka 🐸🐸🐸🐸, o famoso chá de coxa kkkkkkkk

2025-03-05

1

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