Entre Decisões e Conflitos

Acordar naquela manhã foi uma experiência diferente para Breno. Os eventos dos últimos dias começaram a se acumular em sua mente, e ele sentiu como se cada passo em seu cotidiano fosse mais pesado do que o anterior. A escolha que ele teria de fazer – entre as três garotas que estavam ocupando um pedaço significativo de seu coração – parecia estar se tornando mais difícil a cada momento. Mas ao mesmo tempo, Breno sabia que não poderia simplesmente ignorar o que estava acontecendo. Ele precisava tomar uma decisão, não apenas para o bem delas, mas também para si mesmo. Seu próprio coração clamava por uma resposta.

O Peso da Escolha

Era sexta-feira, e como de costume, Breno estava indo para a escola, mas hoje o ar parecia mais denso, como se o universo estivesse tentando lhe passar uma mensagem. A cada passo que ele dava, as dúvidas continuavam a martelar sua mente. Ele sentia uma pressão constante, e, por mais que tentasse se concentrar nas coisas simples do dia, como a caminhada até o ponto de ônibus, a sensação de ser arrastado por algo maior não o deixava em paz.

Ao entrar na escola, a primeira coisa que viu foi Hana. Ela estava correndo pelo corredor, parecendo sempre tão cheia de energia, sua risada ecoando e afastando qualquer sombra de tristeza ou incerteza. Mesmo assim, Breno sentiu uma pontada de angústia no peito ao vê-la. Ela sempre estava por perto, oferecendo um refúgio de risos e palavras leves, mas ele sabia que, por trás disso, havia algo mais. Hana gostava dele, de uma maneira única e, talvez, mais apaixonada do que ele mesmo era capaz de compreender.

"Oi, Breno!" ela exclamou, parando bruscamente à sua frente. "Você já pensou sobre o que vamos fazer no fim de semana?"

Breno forçou um sorriso. "Eu... ainda não pensei, Hana. Na verdade, estou meio ocupado com algumas coisas."

Hana imediatamente percebeu a tensão em sua voz, mas não questionou. Em vez disso, deu-lhe um sorriso acolhedor e um aceno de cabeça. "Tudo bem. Quando estiver pronto, me avise. Eu sei que você está passando por muita coisa. Só não se esqueça de que estamos todos aqui para você."

Breno sentiu um alívio por não ter que se aprofundar mais na conversa. Hana parecia querer deixá-lo em paz, mas, ao mesmo tempo, ele sabia que ela estava esperando por mais. Ele seguiu pelo corredor, mas a visão de seus olhos brilhantes ficou gravada em sua mente, como uma promessa silenciosa de algo que estava por vir.

O Encontro com So-Young

Breno passou a manhã indo de uma sala para outra, tentando se manter distraído. Mas tudo parecia ter um gosto amargo, como se ele estivesse apenas cumprindo uma rotina sem realmente viver. Quando o intervalo chegou, Breno saiu da sala e foi até o jardim da escola, buscando um pouco de ar fresco. Ao entrar no jardim, ele deu de cara com So-Young. Ela estava sentada sob uma árvore, lendo um livro, como sempre fazia quando queria se isolar um pouco dos outros.

So-Young o olhou sem surpresa, como se soubesse que ele viria até ela mais cedo ou mais tarde.

"Eu sabia que você apareceria", ela disse calmamente, não levantando os olhos do livro.

"Eu não sabia onde mais ir", Breno respondeu, se sentando ao seu lado, mas mantendo uma certa distância. "Eu... preciso de um tempo."

"Eu sei", So-Young murmurou, fechando o livro e finalmente olhando para ele. "Às vezes, a vida nos exige respostas que não sabemos como dar. E, ainda assim, precisamos encontrá-las."

Breno olhou para ela, sentindo um peso em suas palavras. So-Young sempre tinha uma maneira de expressar as coisas que o deixava em silêncio. Ela não fazia perguntas, mas seu olhar parecia penetrar fundo em sua alma, vendo algo que ele ainda não conseguia compreender.

"Eu gosto de você, So-Young", Breno disse, mais por impulso do que por uma decisão consciente. "Mas eu não sei se é suficiente."

Ela sorriu suavemente, mas não disse nada. Em vez disso, ela levantou-se e caminhou até uma pequena fonte no centro do jardim, onde os sons da água fluindo suavemente preenchiam o silêncio entre eles.

"Você não precisa saber tudo agora", ela disse, sem olhar para ele. "O que você sente por mim é uma parte da sua jornada. Você vai entender mais com o tempo."

Breno não soube como responder. A forma como So-Young falava parecia ter uma sabedoria além de sua idade. Ela entendia que a confusão de sentimentos era algo natural, algo que ele teria de explorar por si mesmo.

O Encontro de Todos no Festival de Cultura

O sábado chegou mais rápido do que Breno imaginava. Ele sabia que o festival de cultura seria o grande evento da escola, e todos estavam animados com as apresentações, os estandes de comida, e as competições. Mas, para Breno, era uma oportunidade perfeita para escapar das decisões que precisavam ser feitas. Ele sabia que não poderia simplesmente esconder seus sentimentos para sempre, mas naquele momento, o festival era a chance de se distrair e se conectar com as pessoas ao seu redor, sem a pressão de precisar fazer escolhas imediatas.

Ao chegar ao festival, Breno viu Hana imediatamente. Ela estava em uma barraca de jogos, com um grande sorriso no rosto, organizando as atividades para os alunos. Ela acenou para ele e, rapidamente, o puxou para o grupo.

"Ei! Você está demorando demais! Está tudo pronto para a competição de dança!" Hana estava entusiasmada, e Breno se deixou envolver por sua energia contagiante.

Enquanto estavam na barraca, Breno também avistou So-Young, que estava de longe, sentada em um canto, observando a movimentação. Ela parecia calma e serena, como sempre, mas algo em sua postura indicava que ela estava esperando algo.

"Vai participar da competição de dança, Breno?" Hana perguntou, puxando-o de volta à realidade.

Breno riu nervosamente. "Eu? Dançar? Eu sou um desastre."

"Não se preocupe, todo mundo vai adorar!" Hana disse, dando-lhe um empurrão gentil.

Breno, apesar de sua timidez, se sentiu tentado a se envolver mais com Hana. Ela sempre sabia como animá-lo, como tirá-lo de sua zona de conforto. Mas, enquanto a música começava a tocar e todos se preparavam para a dança, sua mente não podia deixar de voltar a So-Young. Ele olhou para ela novamente, e percebeu que ela não estava mais sozinha. Min-Ji estava ao seu lado, sorrindo e conversando com ela.

O que isso significava? Breno não sabia. Ele se sentiu perdido no meio daquela confusão de sentimentos. No entanto, a oportunidade de observar as duas garotas ao lado de So-Young o fez perceber uma coisa: ele não estava pronto para tomar uma decisão. Talvez, mais do que nunca, ele precisava de tempo para entender o que realmente sentia. E, mais importante ainda, ele precisava de tempo para decidir o que seria melhor para ele, sem sentir que estava sendo pressionado a fazer uma escolha.

Enquanto as horas passavam e o festival se desenrolava, Breno continuava a ser arrastado pelos sentimentos e pelos olhares das garotas, mas ele sabia que não poderia fugir deles para sempre. Ele teria de encarar suas próprias emoções e, talvez, finalmente entender o que significava o amor para ele. Mas, por enquanto, ele se permitiu viver aquele dia sem pressa de resolver nada. O mundo ao seu redor estava acontecendo, e ele estava finalmente começando a perceber que, embora as escolhas fossem difíceis, ele também era parte do espetáculo.

O Conflito Interior de Breno

Ao cair da noite, o festival foi se encerrando, e as luzes da escola começaram a se apagar. Breno estava cansado, mas sua mente ainda estava agitada, como um mar revolto sem fim. Ele se despediu de Hana, que estava animada com o sucesso do evento, e seguiu para casa. Mas no caminho de volta, seus pensamentos estavam em total disarray.

Ele sabia que precisava decidir. Não era justo com nenhuma das três garotas que ele continuasse a deixá-las à margem, sem realmente se posicionar. Mas como fazer isso sem magoar ninguém? Como dizer a Hana que ele talvez não compartilhasse o mesmo entusiasmo? Ou a So-Young, que parecia entender mais do que ele mesmo? E Min-Ji... com seus olhos brilhantes e sua confiança, ela parecia estar esperando algo que ele ainda não sabia como dar.

Aquela noite, ao entrar em seu quarto, Breno se sentou à beira da cama. Ele olhou para o teto, tentando organizar seus pensamentos, mas tudo parecia em caos. Ele precisava de uma resposta, mas sabia que, talvez, a resposta fosse mais simples do que ele pensava: "Eu preciso ser honesto comigo mesmo."

Aquele foi o começo de uma jornada que ele sabia que seria longa. Mas Breno estava começando a entender que, para tomar a decisão certa, ele precisaria primeiro se conhecer mais profundamente. Ele não sabia o que o futuro reservava, mas agora sabia que, para encontrar seu caminho, ele precisava dar o primeiro passo.

E assim, com o coração pesado, mas a mente um pouco mais clara, Breno fech

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