Ao entrar no seu apartamento, Adriana verificou e percebeu que Raquel já estava dormindo, por isso fez um gesto para Diogo entrar, e sentar-se no sofá, depois sentou no outro que ficava de frente a ele, então perguntou-lhe:
— O que desejava falar comigo de tão urgente, a ponto de fazer você se expor assim seu maluco?
— Não sou maluco, mas estou quase para ficar e sabe porquê?
-Não, porquê?
— Por que você está-me deixando louco pequena, me deixando cheio de dúvidas, e... Adriana, porque foi no meu quarto depois que eu fugi do seu?
— Eu.. queria falar com você, eu queria-te explicar as coisas, eu queria experimentar o que nunca experimentei antes, eu queria fazer sexo com você!
— O quê?! Diogo julgou que não havia ouviu direito, mas ela falou novamente.
-Sim, eu queria fazer sexo com você, por que acredito que com você eu conseguiria fazer.
— Como assim Adriana, está me dizendo que já tentou fazer com outro alguém e não conseguiu é isso? Perguntou ele um tanto quanto aborrecido ao imaginar ela sendo tocada por outro homem.
— Não Diogo, nunca consegui sequer aproximar-me de ninguém, só quando lutava ‘jiu-jitsu’ e ainda assim sentia-me muito mal, tanto que todas as vezes que saí de algum treino tomava vários banhos para poder tirar o toque de outra pessoa no meu corpo, foi por isso que pedi para Alexandre conseguir um instrutor de boxe, não consigo mudar isso em mim.
— Por que Adriana você é…
Adriana abaixou a cabeça e com a voz sumida falou:
— Tenho Síndrome de Asperger!
-O que? Como assim? Quem mais sabe disso?!
-Só o meu pai e... bem minha irmã tambem sabia, no entanto a minha mãe nunca soube, pois pedi para o meu pai nunca contar, ela sempre me achou diferente, mas nunca soube.
-Como você descobriu? E quando?
-Quando eu tinha 13 anos, depois que eu quebrei o dente de um amiguinho meu, que tentou-me beijar, fiquei com tanto nojo que passei horas no banheiro tentando tirar a sensação do abraço dele, meu pai ouviu meu prato, e depois que eu contei o que aconteceu ele resolveu me levar no psicólogo, fiz alguns exames e os médicos me diagnosticaram.
Diogo juntou as mãos e encostou no rosto depois perguntou:
— Até que ponto isso atrapalha a sua vida!
-Bem pouco faço o que gosto, pois sou fascinada por armas, facas e lutas em geral, amo minha profissão e apesar de não parecer tenho bons amigos, que parecem entender-me até certo ponto.
- Eles não sabem?!
-Nunca contei a ninguém, pois achava que as pessoas poderiam me olhar exatamente assim, como você está me olhando, como uma pessoa anormal! Disse ela, abaixando a cabeça e chorando.
— Não Adriana não! Nunca jamais pense isso de mim, não a encaro como uma pessoa anormal, se estou te olhando assim é, porque estou preocupado!
-Preocupado com o que?
-Preocupado, se lhe fiz algum mal!
-Por que me faria?
-Forcei muito minha aproximação gatinha, e agora que sei que não se sente bem com o toque das pessoas, sei que posso ter te causado mal.
— Você não entende não é Diogo quando disse que poderia-te machucar, estava falando a sério, treino autodefesa desde os treze anos, e consigo derrubar homens do teu tamanho, ou até maiores que você, se me sentisse mal com seu toque, jamais deixaria você se aproximar de mim!
-Eu não duvido disso, afinal minha costa é meu peito está doendo até agora!
Disse ele rindo da situação, ela, porém, estava séria como sempre, mas Diogo notou que ela mantinha o olhar sobre ele agora de uma forma diferente, como se fosse o olhar de uma predadora, e sentando-se no mesmo sofá que ele pegou em suas mãos e falou:
— Diogo você está entendendo o que eu quero dizer?
-O que?! Perguntou ele preso aquele olhar hipnotizante dela.
-Eu percebi que com você é diferente, o seu toque nunca me fez mal algum, senti isso quando toquei sua mão pela primeira vez, lá na delegacia e não senti todas aquelas sensações ruins que costumo sentir com outros toques, e quando levo você em minha moto, e ficamos próximo, não me incomodo, ao contrário gosto da sua proximidade.
-Isso me deixa bem mais aliviado Adriana, jamais me perdoaria se te causasse algum mal estar, mesmo que fosse o mínimo!
-Entende porque eu quero fazer sexo com você? Eu nunca experimentei, por que não conseguiria com mais ninguém, no entanto sei que conseguiria com você!
Aquilo apertou o coração de Diogo:
-Então era isso?! Adriana não tinha nenhum tipo de sentimento por ele, mas queria fazer sexo com ele para saber como era?
Diogo se sentiu arrasado mais antes que pudesse falar alguma coisa, Adriana o abraçou encostando os lábios nos dele, dava para perceber que a garota não tinha nenhuma experiência realmente, no entanto, Diogo conduziu com mestria seus lábios, e aos poucos Adriana foi pegando o ritmo.
Ele envolveu-se pela doçura daqueles lábios inexperientes, nunca em toda sua vida havia sentido tantas emoções ao mesmo tempo, naquele momento Diogo sentiu que ele era bem mais inexperiente que ela, afinal podia entender da técnica, mas nada sabia sobre os sentimentos, e em apenas um beijo viajou em um mundo de sensações maravilhosas, que sequer imaginou existir.
Adriana se entregava com avidez e doçura e lentamente foi se aproximando do seu corpo, encaixando-se com perfeição, até soltar um delicioso gemido de prazer, fazendo Diogo ficar duro como pedra, ele sabia ter que parar ou acabaria fazendo amor com ela ali mesmo naquele sofá, por isso a afastou delicadamente, ela abriu olhos e sorrindo pela primeira, falou:
— Beijo é… muito bom!
Diogo estava fascinado pelo belo sorriso de Adriana e descobriu, às pequenas covinhas que se fazia quando ela sorria, ela perguntando ainda pouco envergonhada disse:
-Posso te beijar de novo?
— Por favor pequena não me tente assim, tenho os meus limites! Disse Diogo levando-se do sofá.
— Desculpe eu...
Quando ela ia falar algo ouviu o barulho de copo estilhaçando, então viu amiga de boca aberta, olhando para eles dois ali na sala, e ficou muito vermelha, a sua amiga então falou:
— Desculpe, façam de conta que não me viram aqui ok?!
E saiu deixando-os novamente a sós.
— Meu Deus que vergonha o que Raquel vai pensar de mim?
Diogo riu e aproximando-se, pegou no seu queixo e dizendo-lhe:
- A sua amiga vai pensar que você é apenas uma garota normal, como qualquer outra garota e não lhe julgará por isso, mas ouça minha raposinha deliciosa eu preciso ir, no entanto, precisamos terminar essa nossa conversa em outro lugar, sim?
Adriana apenas assentiu estava se sentindo estranha, um pouco mais humana, depois do que sentiu, agora tinha mais do que certeza que o amava, ele despediu-se dela lhe dando um beijo na testa, mas antes de sair falou:
— Adorei ver o seu sorriso pequena, você fica ainda mais linda assim!
Quando ele fechou a porta Adriana sorriu...
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Atualizado até capítulo 10
Comments
Rose Gandarillas
pensei que ela tinha sido assediada quando com menos idade.
2024-08-09
2
Giulia Pereira
gosta de usar mas não de ser usado , né lobo mal?!
2024-03-16
4
Ana Cristina
Na cama? 😇😇😇😇😇
2024-02-11
1