capítulo 2

Capítulo 2 – Mudanças e Chegadas

Dei um dos meus apartamentos para minha sobrinha. Assim, posso garantir que ela está segura, sob os cuidados dos meus seguranças de confiança. Ela acha que vai ficar por aí, se arriscando, como se o mundo fosse um parquinho. Não mesmo.

Estou a um passo de mandá-la de volta pra mãe, se continuar assim.

Hoje apareceu dizendo que precisa se mudar ainda hoje, porque amanhã vai ao Brasil buscar uma amiga para morar com ela. Já vejo o caos se formando. Se uma Aline já dá dor de cabeça, imagina duas adolescentes juntas? Só me resta torcer para que essa tal Sofia não seja ainda pior.

No fim do dia, Aline apareceu com aquele sorrisão:

— Tio, obrigada! O senhor não sabe como me fez feliz!

Ela pulou no meu pescoço, animada como sempre. Aline e Sofia são amigas desde pequenas, ela sempre fala disso com brilho nos olhos.

— Mas você ainda é pequena — brinquei, fazendo cócegas nela.

— Para, tio! O senhor sabe que eu já sou uma mulher, né? — disse, rindo, toda convencida.

— Pode até ser... Mas pra mim, ainda é a minha pequena.

Fiquei sério por um instante.

— Só quero que me prometa que vai se comportar. Sem confusões. E vai aceitar os seguranças. Sem mais discussões.

— Tá bom, tio. Eu prometo.

— Também espero que essa sua amiga não me traga problemas...

— Do jeito que a Sofia é, você nem vai perceber que ela está aqui — disse, tentando me tranquilizar.

— Assim espero...

No Brasil...

Sofia, como sempre, estava ajudando Dona Clara, a vizinha que virou quase uma segunda mãe.

— Minha filha... vou sentir tanta falta de você — disse Dona Clara, com os olhos marejados. — Mas ficar aqui só vai te machucar mais...

— Ainda bem que tenho a Aline... ela sempre arruma um jeito de me tirar dos buracos. Desde pequenas ela me defendia das outras meninas... Mas chega de tristeza! Vamos aproveitar meu último dia aqui. Vamos marcar aquele exame no postinho, lembra?

— Vamos sim, minha filha. Obrigada por tudo.

No outro dia...

O carro preto parou em frente à casa de Dona Clara. Quando a porta se abriu, Sofia correu para os braços da melhor amiga.

— Amiga! Como conseguiu chegar tão rápido?

— Meu tio deixou eu usar o avião dele.

— O quê?! Nossa... ele deve gostar muito de você!

— Nem tanto! Ele só fez isso pra poder me vigiar. Assim os seguranças dele ficam de olho em mim até no ar — respondeu, rindo.

— Meu Deus, até segurança? Esse tio é muito rico, né?

— Ele diz que tem muitos inimigos. Mas depois eu te explico. Agora vamos organizar suas coisas antes que ele comece a me ligar.

— Ele que se cuide! Não sabe que somos as encrenqueiras preferidas do universo! — brincou Sofia.

— Para! O que a Dona Clara vai pensar de mim?

As duas riram enquanto Dona Clara observava com carinho.

— Amiga... você acha que devo ir me despedir da minha mãe?

Aline respirou fundo.

— Acho que não... mas sei que, mesmo com tudo, você ainda ama ela. Então... vamos lá. Eu vou com você.

Na casa da mãe de Sofia...

Sofia bateu palmas no portão. A mãe apareceu com a expressão cansada.

— Oi, mãe... só vim me despedir. Tô indo morar com a Aline.

— Vai com Deus, Sofia. Vai ser melhor assim. Te desejo tudo de bom.

— Obrigada, mãe. Fica com Deus.

— Vai logo, antes que ele chegue...

Sofia baixou a cabeça e saiu. Aline a observava em silêncio, com o coração apertado.

“Ela nem tentou impedi-la... nem abraçou a própria filha. Tadinha da minha amiga...” — pensou Aline.

De volta à casa de Dona Clara, Sofia se despediu com lágrimas nos olhos.

— Tchau, Dona Clara... se cuida, tá? Vou ligar sempre que puder pra saber da senhora.

— Vai com Deus, minha filha. Liga sim. Estarei esperando. Tchau...

No avião...

— Aline... tô com medo. Nunca andei de avião antes...

— Deixa de ser boba! Vamos logo! Mal posso esperar pra te mostrar nosso apê.

— A gente vai morar só nós duas?

— Claro! Vai ser ótimo viver com minha melhor amiga. Longe das regras do meu tio!

Sofia caiu na risada:

— Cara... você não mudou nada! Coitado do seu tio... kkkkk

— Pois é! Mas não precisa ter pena. Ele é chato mesmo! kkkkk

Enquanto isso, em Portugal...

Smith estava em uma reunião tensa com membros da máfia, quando seu segurança entrou na sala.

— Senhor, Aline e a amiga já chegaram. Estão no apartamento.

Smith assentiu, sem desviar o olhar dos documentos sobre a mesa.

— Ótimo. Fique de olho nelas. Em tempo integral.

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Comments

Keila Mar

Keila Mar

já estou vendo o tio dela, apaixonado pela amiga

2025-04-08

0

Antonia Teófilo

Antonia Teófilo

começando a ler

2025-03-16

2

Pretta

Pretta

Pior que esses casos acontecem tanto.Anos atrás tive uma aluna que tinha uns 12 anos , mas era extremamente calada, retraída,achei estranho,e fui investigar junto com a orientadora educacional.Ela era abusada pelo padrasto e pasmem a mãe sabia,e culpava a menina. Mas a vó não sabia, e graças a Deus ficou com a menina, o abusador foi preso. E a mãe da menina foi chorar na porta da delegacia pra soltarem ele.

2024-07-08

3

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