Capítulo 6_ Meu ramo de negócios.
Meu nome, como já disse é Paulo Moraes, tenho 32 anos, minha mãe me chamava de Paulinho, infelizmente não a tenho mais junto a mim, uma mulher de garra, trabalhava em escolas de zonas rurais, tinha que ir a pé da cidade até as escolas, mais ela não trocava essas escolinhas carentes por nenhuma outra, professora,"Dona Nita" como seus alunos a chamavam. Foi dela que herdei a garra para o trabalho e a vontade de melhorar sempre, sem pisar em ninguém ou utilizar meios ilícitos. Uma mulher carinhosa, forte. Viúva muito nova, lutou muito para criar seus filhos, minha irmã Júlia e eu.
Minha irmã ainda me chama de Paulinho, o que não combina mais comigo, tenho mais de um e oitenta, me cuido fazendo academia sempre que sobra um tempinho, não dispenso uma corrida de manhã, uma boa transa e não posso reclamar, sempre tenho mulheres a meus pés que ficam encantadas com meus olhos azuis e modéstia a parte, sei como conquistar.
Júlia mora no exterior há mais de cinco anos, se casou e mudou-se para os Estados Unidos, não há vejo a quase um ano. Me sinto solitário as vezes.
Tenho uma paixão por carros antigos, desde muito novo invisto neles, compro, reformo e os vendo quando não os coloco em minha coleção particular.
Mais meu trabalho é com turismo, viajo muito a procura de lugares que são chamariz para turistas cheios de dinheiro que pagam qualquer coisa por diversão, sossego, novidades, mais que não abrem mão de conforto, segurança ,facilidade e de serem bem tratados. A muito tempo queria vir a Campos do Jordão, mesmo sendo sócio de um clube aqui a um bom tempo através de um amigo que insistiu muito para que eu entrasse de sócio com o dinheiro que ele entraria com o local e sua mão de obra não conheço bem a cidade, o que ela tem a mais a oferecer em matéria de turismo inovador, preciso ver como são os hotéis, o que a cidade tem a oferecer além do já conhecido pela maioria, pois tenho um grupo de franceses loucos por uma estadia no Brasil mas não querem o calor do Rio nem a agitação de São Paulo.
Eles gastam o que for preciso para terem o que querem e eu ganho com isso e modéstia a parte, tenho feito um bom trabalho, cansativo, viajo muito mais nunca deixei nenhum turista estrangeiro descontente.
Já sou reconhecido pelo que faço em muitos países e tenho sido bem requisitado o que elevou o nome de minha empresa de turismo "Viajar é viver".
Não abro mão de verificar eu mesmo os locais, restaurantes, hotéis, pontos turísticos, festas,o conforto que proporcionam,o tratamento, a segurança, enfim deixo para meus funcionários a parte de elaborar contratos, horários, agenda de show, excursão....
Apesar de exaustivo amo o que faço, não suporto erros, atrasos e coisas mal feitas, quem trabalha comigo sabe disso, não queiram me passar pra trás.
Justamente por isso fui ao clube, além de querer me divertir, descobrir se me fazem de bobo.
Novamente me vem a cabeça a menina de cabelos negros e longos, de olhar triste, rosto delicado.
Meu celular toca e vejo que é o detetive que Rosa me indicou, Leandro Alves, marco um horário com ele em um restaurante próximo ao clube que descobri de excelente culinária. Quero resolver isso o mais rápido possível enquanto estou em Campos para o congresso e voltar para São Paulo.
_ Boa tarde, sou Leandro Alves, detetive a seu dispor !
Me apertou as mãos um rapaz ainda muito jovem em minha opinião, olhos negros, quase da minha altura, cabelos cortados estilo soldado, ar inexperiente para fazer o que eu queria.
_Sei que o senhor está me achando muito jovem! -disse ele cortando meus pensamentos- mais garanto que se me der uma chance de mostrar meu trabalho não se arrependerá, vou falar a verdade, teoricamente sei tudo de minha profissão mais justamente por ser novo ainda não consegui por em prática, preciso trabalhar se me der essa oportunidade eu serei grato.
Refletindo o que ele me disse, é a pura verdade, é difícil conseguir o primeiro serviço em qualquer área pois exigem sempre experiência e como vai ter se ninguém dá uma chance ? Pareceu-me honesto o jovem detetive e com muita força de vontade.
_Inicialmente já gostei de você, vou contrata-lo e se fizer um bom serviço serei generoso, preciso de alguém de confiança, discreto e que faça bem feito o que tiver que fazer, se isso acontecer quem sabe não passa a trabalhar definitivamente pra minha empresa ?
Expliquei o que queria descobrir sobre meu sócio do clube, se era ele que estava me enganando ou se era algum outro diretor ou gerente de lá , quero provas reais do que ouvi dizer que ocorre lá e pedi também que tentasse descobrir algo sobre a menina que não saía de meus pensamentos, se ela realmente trabalhava lá, passei suas características e o dia em que a encontrei lá.
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Atualizado até capítulo 34
Comments
Ana Maria Rodrigues
ou morava pertinho dele
2024-11-05
1
Maria Alves
A mãe dele deve ter sido professora dela.
2024-03-27
3
Marileiva Rocha
*não a vejo ha quase um ano
2024-02-20
0