Meu filho precisa de mim.

Chego em casa correndo, Marcelo não é de me chamar atoa, deve ser algo sério. O procuro pela casa e ele está deitado em seu quarto com o Yago ao lado dele.

_ O que foi meu filho? Você está bem? Já almoçou?

_ Calma mãe.... Eu vim porque estou preocupado com a senhora. Ontem eu cheguei a mesa estava posta e pai dormindo no quarto de hóspedes. Fui no seu quarto a senhora estava dormindo.

_ Cheguei em casa e a senhora não estava.

_Maria esquentou o almoço e eu almocei, não se preocupe.

Ele fala me abraçando e beijando meu rosto. E como sempre dou uma desculpa pra ele não ficar com raiva do pai.

_ Você sabe, seu pai é muito ocupado, tem várias reuniões ele se atrasou para o jantar e acabei dormindo. Não se preocupe estamos bem.

_ Quero que a senhora se cuide, faça uma viagem, visite os parentes longe, saia um pouco. Não fique presa em casa esperando o pai chegar.

_ Vou cuidar meu filho. Eu prometo!

Marcelo volta pra faculdade, Lívia me liga pra saber como estou passando e pra dizer que vai dormir novamente na casa do namorado.

Fico pensando quem pode ser a moça que vi com Arthur no estacionamento do restaurante. Eles pareciam íntimos, sinto uma pontada em meu peito e um sentimento ruim me toma. Começo a chorar e não me contenho, chego a soluçar. Dormi chorando. Acordei com a Maria me chamando, ela tinha que ir embora e Cida já tinha ido.

_ A senhora está bem?

_ Sim Maria, estou...

_ Pode ir, vou ficar bem.

Falo e ela me abraça, Maria está comigo desde que as crianças nasceram e Cida veio logo depois. Temos muito carinho por elas e elas comigo.

_ Se a senhora precisar , me chama.

_ Chamo sim....

Ela saiu e eu levantei, tomei um banho, vesti um conjunto de moletom, porque está um pouco frio. Fiquei lendo um pouco na sala. Já era quase nove da noite quando Arthur chegou. Me deu um beijo na testa e perguntou:

_ Você não fez o Jantar?

Ele olha e não vê a mesa arrumada.

_ Vou subir e tomar um banho enquanto você arruma a mesa.

_ Vai! Daqui a pouco está no jeito.

Olho pra ele e penso se não estou sendo sempre submissa demais. Ele sobe pro banho e eu vou arrumar o jantar.

Quando ele desce já está tudo pronto. Ele come e nem percebe que é o jantar de ontem.

_ Você não vai jantar?

Ele me questiona.

_ Não...estou sem fome, tomei um lanche agora a pouco.

Minto pra não dar margem pra brigar.

_ Arthur! Posso te fazer uma pergunta?

_ Faça!!!

_ Eu estava passando pelo restaurante Vinhedo e vi você saindo do estacionamento com uma garota, quem era?

Ele engasga e gela sem reação.

_ Ninguém importante, ela é médica em dois hospitais da rede estamos conversando a respeito de algumas mudanças na enfermaria.

_ Mais isso não seria a questão pra se resolver no conselho,ela faz parte do mesmo??

_ Não, não faz! E o que você estava fazendo por lá no horário do almoço?

Não posso falar que eu estava com Sérgio, ele morre de ciúmes e a guerra estaria armada.

_ Eu saí pra encontrar uma loja de artesanato lá perto.

Eu dei uma Desculpa percebendo que ele estava querendo virar o jogo como se eu fosse a errada e no lugar errado.

Ele sempre faz isso e eu acabo como ruim.

Tirei a mesa do jantar, ele pegou um vinho e bebemos. Depois fomos pro quarto e enquanto fui trocar de roupa pra dormir ele já estava dormindo.

Suspiro fundo.... mais uma noite e não tenho um marido, é só um homem deitado ao meu lado.

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