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O meu nome é Gael. Gael Mendes, tenho vinte e nove anos, sou formado em medicina e há quatro anos fui nomeado como CEO e médico responsável pelo Mendes Group, uma rede laboratorial de clínicas e hospitais especializados em diversos tipos de tratamentos, fundada pelo meu avô, e passada para o meu pai Carlos Mendes anos atrás.
Assim como eles, também me formei em médico cirurgião, atuando também em outras áreas, como: Cardiologia, angiologia, clínica médica e administração. O meu pai foi a minha maior inspiração, desde pequeno eu já sabia que seguiria os seus passos no mundo da medicina. Além de ser o meu melhor amigo, e a minha maior fonte de inspiração, o Dr Carlos também foi o meu professor e mentor na minha época da faculdade.
…
E mesmo diante de uma vida corrida e agitada como a minha, encontrei espaço para o amor, namoro há cerca de dois anos com Angélica, uma modelo internacional. Angélica é o sonho de qualquer homem, é linda, atraente, espontânea e doce.
Hoje abri espaço na minha agenda e consegui sair um pouco mais cedo do que o normal, posso ser o meu próprio chefe, mas infelizmente não posso fugir das minhas obrigações. Mas hoje é um dia especial, Angélica finalmente chegou de viagem, após mais de dois meses desfilando pelas passarelas da Europa. Ela ainda não sabe, mas hoje mesmo irei pedi-la em casamento, pretendo surpreende-la hoje a noite no nosso apartamento. Já estou com ela tempo suficiente para saber que é isso que eu quero para minha vida. Eu a amo, e acho que já está mais do que na hora de dar o próximo passo.
(…)
Saí do hospital direto para o nosso apartamento, que na verdade era meu, mas é como se fosse nosso, já que ela sempre fica comigo quando não está viajando. Parei numa floricultura no caminho e comprei um belo buquê de rosas vermelhas, as favoritas dela.
Assim que estacionei no subsolo do prédio, desci com o buquê de flores nas mãos, a caixinha de veludo já estava comigo há semanas, só esperando o momento certo de fazer o pedido. Confesso que estou bastante ansioso pela reação dela, Angélica é muito sensível, já consigo ver o rio de lágrimas que ela vai chorar.
O elevador subiu lentamente, fazendo com que o trajeto de minutos, parecesse uma eternidade. Mas quando finalmente parou no andar indicado, o tempo pareceu parar. Abri a porta da frente vasculhando a sala com os olhos, a casa estava silenciosa, mergulhada numa penumbra reconfortante.
Gael — Amor? — Chamei, mas não obtive resposta imediata.
Procurei por todo o andar de baixo, já que o apartamento era estilo flete. Subi as escadas, imaginando que ela pudesse estar tomando banho no nosso quarto. A possibilidade de tê-la nos meus braços após longos dois meses de saudade pareceu tentadora.
Mas então, algo estranho aconteceu, ou melhor, um som estranho, ecoou assim que alcancei o andar superior, e depois outro som, como gemidos, risadas. Franzi o cenho, ao notar peças íntimas e roupas masculinas espalhadas pelo chão do corredor.
Minha mandíbula travou.
Aproximei-me do quarto, do nosso quarto, lentamente, atento a cada movimento, a respiração acelerada, irregular. A porta entreaberta, revelou as minhas suspeitas, havia mais de uma pessoa no quarto.
O choque foi instantâneo, um golpe certeiro no meu peito. A cena que jamais imaginei presenciar algum dia, estava se desenrolando bem ali, diante dos meus olhos, como um filme de terror.
A mulher por quem estava loucamente apaixonado, aquela que sonhei em me casar e formar uma família, agora se entregava a outro homem, bem diante de mim, no mesmo lugar onde tantas outras vezes já havia sido minha.
Um nó se formou na minha garganta, engoli em seco a fúria crescente dentro de mim. E sem nenhum aviso breve, empurrei a porta com o pé, causando um ruído estrondoso na madeira, revelando completamente, a cena grotesca de Angélica no meio de um ato sexual com um homem que não era eu.
Gael — Então é isso que você faz quando está sozinha em casa, sua maldita? — Berrei entredentes.
Ela deu um pulo de onde estava, os olhos esbugalhados, com o susto, a expressão incrédula, como se aquilo não fosse real.
Angélica — Gael? Meu amor, não é isso que você está pensando, eu posso explicar.... — Tentou se aproximar, ainda nua, sem um pingo de vergonha na cara.
O maldito infeliz não soube nem onde enfiar a cara.
Gael — Explicar o que exatamente? Que você é uma sem vergonha sem escrúpulos? Uma maldita traidora!
Angélica — Não, amor… eu não queria fazer isso, esse homem me obrigou! — Disse, na maior cara de p*u, como se eu fosse tão idiota de acreditar.
Dei uma risada, amarga, seca. O homem não moveu sequer um dedo para se defender, idiota.
Gael — Pega todas as tuas tralhas e some da minha casa, maldita!
Ela tentou se aproximar, mas eu impedi, dando um último aviso.
Gael — Quando eu voltar, não quero ver nenhum sinal seu aqui, entendeu? — Falei e sem esperar por sua resposta, saí em direção as escadas, peguei a chave do carro de volta e saí de casa, atordoado, sem rumo.
Dirigi por horas, completamente sem rumo, atordoado com aquela imagem indo e vindo o tempo todo. Eu tinha que esquecer, precisava tirar aquela maldita cena da minha cabeça ou ia acabar enlouquecendo. Enquanto dirigia, o volante se tornou o meu saco de pancadas, o ódio e a raiva me consumiam como um câncer.
Eu sabia que não devia estar dirigindo desse jeito, poderia causar um acidente, e perder a vida ou acabar atropelando algum inocente com essa loucura. Esse comportamento ia contra toda a minha ética como pessoa e profissional da saúde.
Resolvi então parar o carro em algum lugar qualquer da cidade, numa rua isolada, onde eu pudesse recolocar as ideias no lugar, e acalmar os ânimos, Angélica não merecia a minha dor, muito menos as minhas lágrimas. Eu não sabia onde estava, mas também não me importava, eu só queria ficar sozinho, desacelerar a minha mente. Poder acordar desse pesadelo.
— Socorooooo... — Ouvi gritos desesperados vindos de algum lugar, que pareciam ser de uma mulher.
Fiquei em alerta, atento a qualquer sinal de perigo, eu tinha uma arma de fogo no porta luvas do meu carro, resolvi pegar, e sair do carro para vasculhar a área. Andei alguns metros de distância do carro, olhando em todas as direções possíveis.
Foi então que ouvi gritos novamente, mas dessa vez quase inaudíveis, pois quem quer que fosse, já estava quase sem forças. Eu precisava agir rápido.
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Atualizado até capítulo 123
Comments
Janet Almeida
Eu amo esse ator. Acho que vou gostar da história.
2025-01-24
0
Angel Caldas
Acho ele muito lindinho, amo histórias com ele❤️
2024-09-11
2
Angel Caldas
Sinceramente, não estendo a frase, amor não é o que você está pensando, a criatura tá transando com outro e solta essa frase, affff
2024-09-11
4