Capítulo 03

Melissa 

Acordo sonolenta, as cobertas ainda me envolvem enquanto tateio atrás do celular para ver as mensagens. Sorrio ao ver que tenho algumas das meninas, minhas melhores amigas, Alexia e Amanda, as filhas gêmeas de Charles.

Alexia:

Suas ameaças não assustam em nada, Melzinha ;)

Amanda:

Calma aí, que????

Alexia:

Gostoso como? Gostoso tipo um coroa gostoso?

Decido não responder. Esse é o castigo por elas terem contado sobre o Marcos para o Charles. Enquanto dou um sorriso satisfeito, uma nova notificação aparece, de um número desconhecido.

Desconhecido:

Bom dia, Srta. Espero que esteja com um humor melhor do que o de ontem, ha-ha. Seria possível passar em alguma cafeteria e trazer dois cafés? Vim mais cedo para a empresa com meu irmão e não tive tempo.

Ah, só se caso não tenha notado ainda, é o Henry.

PS: Dessa vez, tente não derrubá-los em mim.

No primeiro momento, fico assustada por ele ter meu contato. Depois, sinto raiva dele ter voltado ao assunto do café, mas também quero rir, é um misto de emoções.

- Bem\, já que ele resolveu fazer piadinha\, talvez eu possa também\, não é? – penso\, mas logo me repreendo. Não\, Melissa\, o que é isso? Ele não é seu amigo\, é seu chefe!

Respondo rapidamente.

Melissa:

Bom dia, Sr. Dumont. Já estou indo com os cafés, e novamente, me desculpo pelo incidente de ontem.

- Assim está bem melhor. – suspiro aliviada.

Levanto da cama, pego minhas coisas e sigo para a empresa. Ao chegar, sou recebida por Ângela, a recepcionista.

- Bom dia\, Melissa\, como está? – ela diz empolgada.

- Bom dia\, Ângela\, estou ótima\, e você?

- Está tudo ótimo também\, só está um pouco frio\, não acha?

Olho para os cafés que comprei para os Dumont, aproveitei para pegar um para mim também.

- Aceita um café? Para esquentar do frio?

- Imagina\, Melissa.

- Tome\, pegue\, está sobrando.

Com muita insistência, Ângela aceita.

- Muito obrigada pelo café. – ela sorri. – Os senhores Dumont estão te esperando.

- Que Deus me ajude. – penso\, antes de seguir para o último andar. Quando chego em frente à porta da sala\, respiro fundo e giro a maçaneta.

- Bom dia\, senhores. Aqui está o café. – estico os braços\, segurando a bandeja.

Tento não soltar o ar, mas é quase impossível. Esse Dumont é tão bonito quanto o outro.

- Meu Deus\, a família toda é assim? – acabo dizendo mais alto do que pretendia.

- Como disse? – pergunta Henry\, com uma expressão intrigada.

Corro para corrigir.

- Bem... nada. Olá\, Sr. Dumont\, é um prazer recebê-lo aqui na Millers Finance.

Ele sorri de volta.

- Cristian. – ele responde.

- Como?

- Meu nome é Cristian\, pode me chamar assim\, sem essas formalidades\, ou se preferir pode ser Cris também. – ao dizer isso\, Cristian pisca para mim.

- Tá bom\, Cristian. Acho que já deu de apresentação. – Henry responde com leve irritação.

- Está com ciúmes\, Henry? Não seria possível\, você conheceu a moça ontem.

As bochechas de Henry ficam vermelhas, e eu também me sinto envergonhada, mas fico satisfeita ao ver Henry sem jeito.

- Dá para perceber que\, mesmo você sendo mais velho\, sua mentalidade ainda é de uma criança pirracenta. –Henry retruca.

Cristian ri.

- Nunca perde a graça te irritar... Bom\, Melissa\, não é? Posso te chamar assim?

- Claro\, o que preferir\, Sr. Du... Cristian.

Henry limpa a garganta, visivelmente incomodado.

- Melissa\, apesar de meu irmão ser um pouco ranzinza\, eu sou totalmente o oposto dele\, então não precisa ficar com receio de falar comigo...

- Ei\, eu não sou ranzinza!

Cristian olha Henry de lado.

- Continuando\, Charles falou muito bem de você e sei que o seu potencial é grande. Espero que possamos trabalhar juntos como uma equipe. O que acha?

- Para mim está perfeito!

- Ótimo\, se quiser\, pode se retirar.

Assinto e saio da sala, indo em direção à minha mesa. Sento e pego meu celular. Tenho uma mensagem.

Amanda:

Melissa Medeiros, nos responde!

Sorri e guardei o celular.

Alguns minutos depois, Henry para em frente à minha mesa.

- Posso ajudar?

- O que meu irmão disse lá dentro... só ignore ele\, ele é meio sem noção às vezes.

- Não tem problema\, sei como é.

- Tem irmãos?

- Bem\, não\, mas tenho duas amigas que são como irmãs para mim\, vivem me pirraçando.

Henry ri.

- Tenho 3 irmãos e todos me levam à loucura.

- Você não parece ser fácil também.

Ele se debruça sobre minha mesa.

- É o que acha?

- Bem... eu? É o que parece. – respondo\, tentando esconder o nervosismo pela proximidade.

- Se quer saber\, você também não parece ser uma pessoa muito amigável.

- Não pareço? Pois saiba que sou bem amigável! – digo\, ofendida.

Henry ergue uma das sobrancelhas.

- Está vendo? Já está irritada.

- Não estou não!

- Não mesmo?

- Não!

Ele ri quando percebe que realmente estou irritada.

- Desculpe\, não quis ser grosseira.

- Não precisa se desculpar\, foi eu que comecei.

Nos olhamos por um momento.

- Do que precisa?

- Como? – pergunto\, confusa.

- Veio até aqui\, não precisa que eu faça algo?

- Ah\, não\, só estava passando por aqui.

Henry vira as costas abruptamente e sai.

Após a pequena distração de mais cedo, consigo me concentrar no trabalho. Já quase no horário de almoço, ouço vozes conhecidas e o som de sapatos correndo pelo corredor.

- Alexia? Amanda? O que estão fazendo aqui?

- Você simplesmente está nos ignorando\, então viemos te buscar. – Alexia responde.

- Buscar para quê?

- Para o almoço\, ué. Vamos\, e agora você não escapa de contar tudo!

- Meninas\, vocês nem deveriam estar aqui! Se o pai de vocês descobre que estão perambulando por aqui\, e eu deixei\, ele nos mata!

- Para de bobagem\, Melzinha\, papai ama a gente\, e ele nem está aqui.

- A Amanda tem razão.

As três saem animadas, indo em direção ao shopping que fica algumas quadras da empresa.

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