Em uma vila esquecida pelo tempo, vivia um rapaz chamado Elias, conhecido por sua timidez e seu jeito de observar o mundo sem ser notado. Trabalhava na forja do pai, martelando metal enquanto seus olhos sonhavam com horizontes distantes.
Uma noite, enquanto o vento trazia o cheiro da floresta, Elias encontrou uma pedra estranha no rio próximo. Ela brilhava com uma luz azul suave, como se pulsasse. Ao tocá-la, ouviu uma voz sussurrar dentro de sua mente:
— Quem controla a chama, controla o destino.
A pedra lhe concedeu uma habilidade: manipular pequenas faíscas de luz, tornando-as armas, ferramentas ou guias. Inicialmente, Elias usou-a apenas para acender lâmpadas ou iluminar caminhos escuros, mas logo percebeu que poderia fazer muito mais.
Na manhã seguinte, a vila foi atacada por criaturas que pareciam sombras vivas, surgidas da floresta. As pessoas corriam, desesperadas, sem saber como se defender. Elias, guiado pela pedra, transformou suas faíscas em lâminas de luz. Movia-se com precisão e coragem, protegendo aldeões e afastando as sombras.
Entre a confusão, ele encontrou uma menina, ferida, presa sob destroços. Usando suas faíscas, abriu caminho e a libertou. O brilho das chamas fez as criaturas recuarem, como se tivessem medo da luz. Ao amanhecer, o ataque cessou, e Elias tornou-se um herói improvável.
Mas a pedra ainda falava:
— A verdadeira chama não é a que brilha, mas a que acende nos outros.
Elias entendeu