Nasci do fogo, cresci no vendaval,
Com o amor marcado no corpo,
E o ódio tatuado na alma.
Fui atriz, fui máfia, fui morro,
E no fim… fui mãe.
Beijei a morte com a boca suja de sangue,
Enquanto meu coração gritava o nome dela.
Ela, que me deu paz no meio do tiroteio,
Que lambeu minhas feridas com desejo e calma.
Akira, minha arma secreta,
Meu refúgio.
Dei à luz com a guerra na janela,
Com a dor rasgando meu ventre,
E a esperança pendurada no fio da vida.
Theo chegou como raio,
Gritando alto, como quem já sabia:
Ele nasceu pra reinar.
Morri com os olhos abertos,
Mas minha lenda…
Essa nunca fechou.
Porque cada tiro que ecoa no morro
Ainda sussurra meu nome.
Cada grafite na parede
Conta nossa história:
De amor.
De sangue.
De eternidade.