💋A Presa do Predador💋
Era uma noite fria e silenciosa. A chuva fina caía sobre as ruas escuras, enquanto Suzy, com seus passos apressados, segurava a alça de sua mochila, tremendo levemente. O trajeto da escola para casa era familiar, mas aquela noite parecia diferente. A sensação de estar sendo observada fazia seus pelos se arrepiarem.
Enquanto Suzy caminhava, uma figura sombria a observava de longe, oculto nas sombras. Calebe tinha 30 anos e comandava com mãos de ferro o submundo da cidade. Ele não era um homem que se permitia fraquezas, mas algo em Suzy, com sua pureza e doçura, havia acendido uma obsessão perigosa.
Ele não podia deixá-la escapar.
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Suzy parou subitamente ao ouvir passos atrás de si. Olhou por cima do ombro, mas tudo o que viu foi a rua vazia.
— Calma, Suzy... É só sua imaginação — sussurrou para si mesma, tentando afastar o medo.
Mas, antes que pudesse dar mais um passo, uma mão forte segurou seu braço, puxando-a para um beco escuro. Ela ofegou, tentando se soltar, mas a força do homem era implacável.
— Não grite — disse uma voz grave e fria, próxima ao seu ouvido.
Ela virou o rosto, encontrando olhos cinzentos que pareciam penetrar sua alma.
— Quem... Quem é você? — Suzy perguntou, com a voz trêmula.
Calebe sorriu de lado, um sorriso perigoso.
— Alguém que não consegue mais tirar você da cabeça.
Suzy arregalou os olhos, tentando se afastar, mas ele a segurou com firmeza, pressionando-a contra a parede.
— Me solta! Por favor, eu não fiz nada! — implorou, as lágrimas escorrendo pelo rosto.
Ele inclinou a cabeça, observando-a como um predador que acaba de capturar sua presa.
— Você não precisa fazer nada, pequena. Sua existência já é o suficiente para me enlouquecer.
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Nos dias que se seguiram, Suzy percebeu que sua vida nunca mais seria a mesma. Calebe não era um homem comum. Ele aparecia em sua porta sem aviso, mandava flores para sua escola e fazia questão de mostrar que ninguém mais tinha permissão para se aproximar dela.
Certa noite, enquanto jantava sozinha em casa, ouviu uma batida na porta. Quando abriu, lá estava ele, com seu habitual terno impecável e aquele olhar intenso.
— O que você quer de mim? — perguntou, cruzando os braços, tentando demonstrar coragem.
Calebe entrou sem ser convidado, fechando a porta atrás de si.
— Quero você. Toda. Cada sorriso, cada lágrima, cada pensamento. Você é minha agora, Suzy. Aceite isso.
Ela balançou a cabeça, dando um passo para trás.
— Isso é loucura! Eu nem te conheço! Você não pode simplesmente aparecer e dizer essas coisas!
Ele se aproximou lentamente, como um lobo encurralando sua presa.
— Posso e vou. Não tento ser o mocinho, Suzy. Não tenho paciência para jogos. Eu sou quem sou, e você... — Ele segurou seu queixo, forçando-a a olhar em seus olhos. — Você é minha desde o momento em que te vi.
Ela sentiu o coração acelerar, dividida entre o medo e algo que não conseguia identificar.
— Isso não é certo... — murmurou, mas sua voz soou fraca.
Ele sorriu, satisfeito com sua hesitação.
— Certo ou errado, pequena, não importa. Você será minha, de um jeito ou de outro.
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A conexão entre eles era tão perigosa quanto irresistível. Calebe era frio e calculista, mas com Suzy, sua obsessão o consumia. Já Suzy, lutava contra os sentimentos conflitantes que cresciam dentro dela.
Certa noite, ela o confrontou, tentando entender sua fascinação.
— Por que eu? — perguntou, com a voz embargada. — Você poderia ter qualquer mulher...
Ele a puxou para si, segurando-a pela cintura.
— Nenhuma mulher seria você. Doce, inocente, tão alheia ao caos que é o mundo... Você é como uma flor crescendo em um campo de guerra. Eu nunca deixarei ninguém destruí-la.
Suzy encarou aqueles olhos frios, percebendo que havia algo perigoso e fascinante nele. Mesmo sabendo que deveria fugir, uma parte dela começava a se perder na escuridão que era Calebe.
E ela temia que talvez, só talvez, não quisesse ser encontrada.