Na noite sombria, onde o vento geme,
O corvo solitário pousa em seu galho.
Seu olhar, profundo como o abismo,
Reflete as almas perdidas que vagueiam.
As árvores sussurram segredos antigos,
Enquanto a lua, pálida e triste, observa.
Seus ramos retorcidos como dedos frios,
Apontando para o túmulo onde o amor se encerra.
Nas criptas esquecidas, os amantes choram,
Seus corações aprisionados em correntes de prata.
O eco de juras quebradas ressoa nas paredes,
Enquanto o corvo canta seu lamento noturno.
"Jamais, jamais!" grita o vento agourento,
E o corvo repete, com olhos vazios:
"Jamais, jamais!" O amor é uma maldição,
Uma dança macabra entre vida e morte.
E assim, na escuridão, o corvo permanece,
Guardião dos segredos e das almas aflitas.
Seu canto ecoa pelos séculos, eternamente,
Enquanto o mundo dorme e os sonhos se desfazem.