No silêncio das cordas, o murmúrio do violão,
Notas dançam no ar, como folhas em outono.
A madeira ressoa, segredos sussurram baixinho,
E o coração se embala, num compasso divino.
As cordas, fiéis amantes, entrelaçam-se com paixão,
Cada dedilhado é um beijo, uma doce confissão.
O som ecoa pelas paredes, preenchendo o vazio,
E a alma se perde na melodia, num abraço tardio.
A voz se junta ao coro, suave e serena,
Letras se desprendem, como pétalas de verbena.
O cantor, um trovador moderno, conta histórias de amor,
Enquanto o violão chora, expressando sua dor.
E assim, na penumbra do quarto, sob a luz da lua,
A poesia acústica se desenha, como uma tímida rua.
Cada acorde é um verso, cada nota, um suspiro,
E o mundo se aquieta, rendido ao encanto do giro.
Que a noite nos embale, nesse dueto silencioso,
Onde o violão e a voz se encontram, amoroso.
E que a poesia acústica nos leve além do tempo,
Num compasso eterno, onde a música é nosso alento.