Na penumbra dos séculos, onde o tempo se desfaz,
O espírito errante busca respostas no abismo.
A carne, um véu pálido, esconde segredos sombrios,
E o coração, uma cripta, abriga dores ancestrais.
As estrelas, como olhos vazios, observam a jornada,
Enquanto a lua, pálida e fria, sussurra enigmas.
Nossos passos ecoam nas ruínas da existência,
E o vento sussurra versos de melancolia.
Somos espectros em busca de significado,
Navegando entre os escombros da realidade.
A dor, nossa companheira fiel, nos consome,
E a solidão, um manto negro, nos envolve.
O pensamento, esse demônio insaciável,
Nos atormenta com perguntas sem resposta.
Por que estamos aqui? Qual o propósito?
A resposta, como névoa, escapa entre os dedos.
Mas ainda assim, persistimos na busca,
Como almas aflitas em um labirinto eterno.
Talvez a verdade esteja nas sombras,
Ou talvez seja apenas um sonho distorcido.
Na dança macabra da existência,
Encontramos beleza na decadência.
E enquanto o mundo desmorona,
Continuamos a escrever nossos versos góticos.
Sim, somos os filhos da noite,
Os amantes do mistério e da escuridão.
Em nossos olhos, brilha a chama da eternidade,
E nas nossas palavras, ecoa a melodia do abismo.
Que a morte nos encontre com dignidade,
Envolvidos em nossos mantos negros,
E que nossos versos ecoem além do tempo,
Na eterna dança da existência gótica.